sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Relatório de visita à UBS (Atenção Primária)

Este é o espaço para postagem dos relatório de visita à UBS Francisco Fonseca.

IMPORTANTE: Assinem os relatórios pois, frequentemente, não é possivel identificar o aluno pelo login.

Abraço,
Ana Débora

93 comentários:

  1. Foi feita a visita interna a UBS Francisco Fonseca situado na rua Álvaro Maciel, bairro 18 do Forte a fim de conhecer a estrutura física e entender a gestão dessa unidade. Como qualquer unidade básica, esta oferece consultas médicas, inalações, injeções, curativos, vacinas, coleta de exames laboratoriais, tratamento odontológico, encaminhamentos para especialidades e fornecimento de medicação básica.

    Quanto a estrutura física, percebe-se os cuidados quanto ao material usado nos pisos e nas paredes e o planejamento infra-estrutural afim de separar as salas de consulta das salas de procedimento, evitando contaminação. Assim em um corredor fica as salas de consulta em que há maca, balanças para adulto e pediátrica, tensiômetro. Já no outro corredor, ficam as salas de procedimentos que possui sua própria ordem. As salas iniciais ficam as salas ditas "limpas" como a sala de vacinação, enquanto as "sujas" ficam ao final do corredor como a de curativos.

    Quanto a gestão, existem quatro equipes da saúde (4 médicos, 4 enfermeiros, 4 auxiliares em enfermagem, 32 agentes da saúde) que, segundo o Sistema de Informação da atenção básica - SIAB, é responsável por atender 22 mil pessoas, entretanto nem toda região foi alcançada. Deve-se isso a região coberta - dividida por 6 áreas - ser também uma zona de expansão imobiliária (novos prédio). De acordo com a gerente Jennifer Gomes, a unidade necessita de uma ampliação da infra-estrutura para que haja salas para o atendimento, além disso da cooperação profissional quanto a disponibilidade de horários.

    A UBSF Francisco Fonseca é referência em saúde da mulher e em saúde mental, sendo assim além da zona coberta, esta recebe encaminhamento de outras cinco unidades básicas. No caso da saúde da mulher, há atualmente três ginecologistas, sendo um referência em procedimentos. Na saúde mental, ganha-se destaque a equipe de psicólogos e psiquiatra no acompanhamento de casos psiquiátricos leves. O acolhimento é feito na unidades da região natal e encaminhado a UBS Francisco Fonseca para acompanhamento e tratamento. Além disso, grupos de pacientes que são bem visados no atendimento e acompanhamento, estes são os hipertensos, diabéticos, gestantes e crianças.

    Sra. Gomes citou a importância de haver médicos seja pela manhã seja pela tarde tanto por causa das consultas marcadas, quanto a necessidade de atendimento em casos agudos - emergência e urgência. Pode se dizer ainda sobre a importância das unidades básicas na organização do Sistema Único de Saúde - SUS, integrando com o níveis de média e alta complexidade (feita nos hospitais).

    Uma mensagem importante foi dada na visita, de acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde no programa nacional de humanização - HumanizaSUS , todo usuário do serviços de saúde merece uma escuta qualificada a fim de garantir que todos sejam atendidos conforme as prioridades a partir da avaliação de vulnerabilidade, gravidade e risco*.

    * DIRETRIZES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO HUMANIZASUS, Ministério da saúde. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/visualizar_texto.cfm?idtxt=28345http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/visualizar_texto.cfm?idtxt=28345. Acesso em: 1 de março de 2013 às 12:36.

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  2. Arnaldo Alves Lima Junior,
    Visita à unidade básica de saúde
    A visita à UBS Dr. Francisco Fonseca foi muito esclarecedora e ajudou a quebra velhos preconceitos em relação ao SUS. “O SUS é o caos, ele não funciona, o SUS é desorganizado” Ideias repetidas e sem fundamento foram abaixo ao entendemos a logica de funcionamento e a estrutura de uma UBS, parece ser verdade que aqueles que mais criticam são os que menos conhece.
    A estrutura física da Unidade visitada segue os critérios do SUS, o que evita contaminação, melhorar o fluxo de pessoas, racionaliza o atendimento e dá o mínimo de conforto ao usuário. Exemplo disso é a disposição das salas de curativo e limpeza de material que visa diminuir o fluxo e consequentemente a contaminação, o piso totalmente liso, as paredes com 1 metro de revestimento de piso, local de espera amplo com varias cadeiras e uma TV, recepção, sala de reuniões, sala de vacinas, consultórios médicos e odontológicos.
    A estrutura humana conta com quatro equipes básicas compostas por 1médicos, 1enfermeiros, 1auxiliares de enfermagem e 8agentes comunitários por equipe. A Unidade é UBS estendido, ou seja, é referencia em atendimento e ginecologistas e realiza procedimentos de média complexidade nessas áreas.
    Afinal de contas o que de reponsabilidade da UBS?
    A UBS faz parte de um conjunto de ações da Atenção Básica em Saúde do SUS e mais que isso, é onde de maneira descentraliza são condenadas ações em saúde de uma região e suas microrregiões. A na UBS que a população, coordenação e profissionais de saúde discutem medidas que visa promover a saúde, prevenção de doenças no âmbito coletivo. No individual, as equipes de saúde da família atendem cada individuo na sua microrregião, o que fortalece o vinculo medico- paciente e enche o medico com informações da microrregião e conferi um tratamento mais acertado ao cidadão.
    Concluo afirmado que esse primeiro atendimento na UBS não mais ou menos importante que o atendimento em unidades de alta complexidade como HUSE, apenas eles são complementares. Sem a UBS os grandes hospitais ficam lotados, pois casos simples que a UBS resolveria vão para no hospital e se misturam a casos graves. Sem o grandes hospitais pessoas em estado grave não teria com atendimento adequado, pois UBS conta com uma estrutura mais simples que resolve a maioria dos caos, mas não todos.
    Referências:
    http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2488_21_10_2011.html acesso 2/3/13
    http://dab.saude.gov.br/atencaobasica.php acesso 2/3/13

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  4. Visita a Unidade Básica de Saúde Francisco Fonseca - Mônica Rodrigues
    A Unidade de Saúde da Família Francisco Fonseca localiza-se no bairro 18 do forte, Aracaju. A mesma possui quatro equipes de saúde da família, cada equipe com oito agentes comunitários de saúde. O programa é ampliado possuindo três ginecologistas, um obstetra, um psiquiatra, dois pediatras, dois psicólogos e um assistente social. Além de ser referência em saúde mental e ginecológica.
    O espaço físico é constituído pela recepção e salas de arquivo, administração, depósito, expurgo, farmácia, copa, nebulização, curativo, observação, imunização, esterilização e consultórios divididos entre consultórios médicos, de enfermagem e Odontológico. A estrutura física da unidade está de acordo com o manual de estrutura física das Unidades Básicas de Saúde do Ministério da Saúde. Foi observada a divisão dos consultórios em um corredor e as salas de procedimentos em outro corredor objetivando evitar a contaminação e facilitar o fluxo de funcionários e usuários.
    Com a edição das três Normas Operacionais Básicas (NOBs, 1991,1993 e 1996) e das Normas de Assistência à Saúde (NOAS 2001, 2002) na última década, tem sido possível observar um salto quantitativo e qualitativo na oferta e na utilização dos serviços municipais de saúde.
    As Unidades Básicas de Saúde (UBS) são a porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo desses postos é atender até 80% dos problemas de saúde da população, sem que haja a necessidade de encaminhamento para hospitais. Essa não é a realidade observada na Unidade de saúde supracitada, uma das possíveis causas discutida com a gerente é a falta de médicos na unidade em todos os turnos de atendimento o que impossibilita o atendimento a totalidade das queixas da população.
    É realizado o acolhimento na unidade, uma postura ética que implica na escuta do usuário em suas queixas, no reconhecimento do seu protagonismo no processo de saúde e adoecimento, e na responsabilização pela resolução, com ativação de redes de compartilhamento de saberes. Acolher é um compromisso de resposta às necessidades dos cidadãos que procuram os serviços de saúde. A partir da Política Nacional de Humanização, é possível a classificação de risco, os usuários que precisam mais são atendidos com prioridade e não por ordem de chegada.

    Referências
    Brasil. Ministério da Saúde. Datasus [acessado em 06/03/2013]. Disponível em http://www.datasus.gov.br

    Ministério da Saúde. Gestão Municipal: textos básicos, Rio de Janeiro (Brasil): Ministério da Saúde; 2002.

    Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual de estrutura física das unidades básicas de saúde : saúde da família / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica Brasília : Ministério da Saúde, 2006. 72p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos)

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  5. Pedro Teles de Mendonça Neto

    Concordo com o colega Arnaldo Alves Lima Junior no momento em que ele se posiciona a falar que a visita a UBS Dr. Francisco Fonseca serviu para quebrar o paradigma do SUS, assim como as aulas expositivas em sala também foram bastante esclarecedoras sobre como funciona a teia do SUS.
    Assim como os colegas citaram na visita pudemos notar a organização da UBS. Assim que se chega na entrada observa-se a sala de espera e a recepção que além de agendar consultas também marca os exames e as consultas para outras especialidades de maior complexidade. Visitamos um dos consultórios médicos da unidade que também conta com serviço odontológico, a sala de imunização, a de nebulização,a de curativo. Sendo estas últimas salas localizadas no final do corredor já próximas a área suja da UBS.
    Na visita nos foi explicada toda a sistemática do centro de saúde e foi mostrado como é feito o cadastramento das famílias residentes na região circunvizinha e como é feito o processo do acolhimento no posto.
    A unidade possui quatro equipes de saúde, cada uma contando com um médico, um enfermeiro, auxiliares de enfermagem e 8 agentes comunitários de saúde (ACS) cada. Esses últimos percorrem diariamente as suas respectiva áreas em busca dos usuários do SUS portadores de doenças crônicas (como hipertensão e diabetes), as gestantes, as crianças e também vão em busca ativa das famílias que não têm acesso à saúde. Nota-se que a atuação da unidade encontra-se de acordo com o que prega os princípios do SUS, segundo o qual o sistema deve ter pelo menos um médico, um enfermeiro, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde para que os mesmos através de ações individuais ou coletivas realizem a prevenção de doenças e a promoção da saúde¹.
    Nota-se o entanto que a UBS em questão encontra-se com um excesso de pacientes em relação ao número de equipes de saúde, uma vez que segundo os preceitos do SUS uma equipe deve atender no mínimo a 2400 pessoas e no máximo a 4500 pessoas¹,e na unidade em questão tem-se uma média aproximada de 5500 pessoas por equipe de saúde.
    Além de atender a comunidade do 18 do forte a UBS Francisco Fonseca também é centro de referência da mulher e da psiquiatria sendo responsável pelos atendimentos ginecológicos e psiquiátricos de outras UBS's que a ela são encaminhados.
    Pode-se notar que a dinâmica do SUS é bastante complexa e que para o funcionamento da sua teia depende de diversos fatores complexos. Como por exemplo, o financiamento tripartite, em que Nação, Estado e Município se organizam e cada qual arca com uma parte dos gastos.
    Diante do exposto vê-se que se cada um fizer a sua parte o sistema funcionará de uma maneira adequada e de acordo com o que era esperado desde a 8º Conferência Nacional de Saúde que funda o SUS. O ideário de que o atendimento primário seja realizado ainda na Unidade Básica de Saúde ainda permanece vivo, pois só assim será possível diminuir ainda que um pouco o caos da saúde em nosso País.

    Referências:
    1- http://www.clinicas-curitiba.com/sus.htm. Acesso em 05 de março às 17:36
    2- http://www.cordeiropolis.sp.gov.br/saude/index_arquivos/Page1283.htm. Acesso em 06 de março às 19:23
    3- http://www.saude.se.gov.br/cidadao/index.php?act=interna&secao=114. Acesso em 06 de março às 20:13

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  6. Antes de entrarmos na unidade de saúde Dr. Francisco Fonseca professora explicou que há um padrão em relação à estrutura: As paredes possuem azulejos até a sua metade para facilitar a limpeza, o piso é o mesmo em todas as unidades, todas devem ter logo na entrada uma recepção para atender os pacientes, o consultório ginecológico deve ter banheiro próprio, e a sala de expurgo deve ficar localizado no final, pois é o local onde são encaminhados os materiais sujos. Ao entrarmos na unidade constatamos a presença dessa estrutura citada acima.
    A conversa que tivemos com a diretora da unidade foi importante para esclarecer o funcionamento desta unidade. A Unidade básica Dr. Francisco Fonseca é considerada como PSF ampliado. Isso significa que além de possuir a equipe básica formada por médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem, agente de saúde, dentista e auxiliar de consultório dentário, possui também alguns especialistas: três pediatras, três ginecologistas (sendo um o de referência), um psiquiatra e dois psicólogos. Além desses profissionais essa unidade incluiu o assistente social. Essa unidade também é referencia em saúde mental (atendendo 10 unidades) e ginecológica (atendendo cinco unidades).
    A unidade conta com quatro equipes, sendo classificada em cores para melhorar a organização. Cada cor corresponde a uma equipe e a sua área de atuação. É as cores rosa, cinza, azul e verde. A marcação da consulta para o clinico geral é semanal e o paciente é atendido dentro daquela semana. Mas quando o clinico geral marca uma consulta com o especialista, o atendimento pode durar até no Maximo 15 dias. Geralmente, são marcados dez pacientes adultos pela manhã e cinco pela tarde. Além disso, atende dois pacientes agudos que são avaliados primeiramente pelo enfermeiro que depois encaminha para o médico. Por isso a quantidade de atendimento pode variar de acordo com o numero de pacientes agudos. No caso da pediatria a marcação ocorre na segunda ou na quinta, independente da cor do cartão. Já para o ginecologista a marcação ocorre na segunda ou na quarta. Além disso, a unidade possui programas onde diabéticos, hipertensos e gestantes têm prioridade no atendimento. No caso dos diabéticos e hipertensos, as equipes já marcam retorno. Assim melhora a prevenção e esses pacientes não precisam ficar na fila para marcar consulta. Quando um paciente precisa de uma consulta com um especialista que não tem na unidade, a marcação é feita no sistema para encaminhar para redes especializadas como, por exemplo, o HU.
    A unidade também é referencia farmacêutica para toda a cidade de Aracaju. Assim, qualquer pessoa (até mesmo paciente atendido na rede particular) que precisa de um remédio, esse remédio é fornecido pela unidade desde que seja morador de Aracaju. Por isso está ocorrendo problemas devido a grande procura, pois existem mais cartões SUS do que a população de Aracaju, já que muitas pessoas que são do interior tem moradia em Aracaju aumentando assim a demanda.
    A visita a essa unidade foi importante para esclarecer de forma pratica o funcionamento do SUS nas unidades básicas de saúde. Fiquei bastante satisfeito com a forma de marcação de consulta e a rapidez no atendimento. Outra coisa que gostei foi o fato de algumas equipes fazerem a atenção preventiva e o trabalho educacional na comunidade diminuindo assim os números de pacientes agudos. É claro que precisamos melhorar muito, como a própria diretora informou e que a atenção preventiva foi deixada um pouco de lado.
    Anderson Ullisses Santana Soares

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  7. A UBS Francisco Fonseca é composta por: sala de reunião, sala da gerente, farmácia, odontologia, corredor de consultórios, corredores dos procedimentos (salas de vacinação, curativos, higienização e expurgo) e ala de espera. A semelhança já percebida entre os Postos de Saúde visitados foi esclarecida ao saber que as UBS atendem a normas. Essas normas são estabelecidas pela Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA) por meio da Resolução-RDC 50. A RDC-50 é um regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos dos estabelecimentos assistenciais de saúde. A RDC-50 exige uma estrutura que favorece o atendimento na UBS como piso de alta resistência e fácil higienização, azulejos até a metade da parede, banheiros pelo menos nos consultórios ginecológicos, entre outros. Para a padronização dos postos de saúde, há também o Manual de Estrutura Física das Unidades Básicas de Saúde oferecido pelo Ministério da Saúde. Nele encontram-se informações sobre a arquitetura ideal para um Posto, as atividades desenvolvidas pelas equipes de saúde da família (como busca ativa, acolhimento, consultas médicas e/ou de enfermagem, imunizações, encaminhamentos e etc) e ainda sugestões de estruturas de uma UBS de acordo com o número de equipes implantadas e a cobertura populacional. Claro que nesses modelos estão estruturas ideais de trabalho para uma UBS, na realidade, essa estrutura pode sofrer alterações a depender dos recursos disponíveis, da infraestrutura do prédio, das necessidades da população. No entanto, só o fato de tentar se fazer uma padronização e exigir o cumprimento de normas da RDC-50 já me parecem uma ótima iniciativa – e que funciona - em direção à organização desse serviço de saúde e à assistência à população.
    As UBS funcionam com equipes de saúde da família, sendo que cada uma é responsável por uma área e cada agente comunitário cobre sua microárea. Na UBS Francisco Fonseca, há 4 equipes. Esse Posto atende uma grande população e está sobrecarregado. Parece-me complicado encontrar um “culpado” para a sobrecarga de um Posto e o não atendimento de toda a necessidade da população. Má organização do atendimento do posto, má gestão, médicos que burlam o horário do trabalho, pequeno repasse de recursos para os postos? Sim e não para todas as opções. Penso que nenhum desses fatores seja unicamente responsável pelas falhas na atenção primária à saúde nesse ou nos demais Postos.
    (Mayza Souza Costa)

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  8. Continuação...
    Apesar dessas e outras dificuldades, a Atenção Primária em Saúde é uma tendência que vem dando certo. O Posto visitado, por exemplo, é referência para algumas áreas (como em psicotrópicos), oferece atendimento de especialistas (pediatra, ginecologista e psiquiatra), realiza alguns procedimentos como cauterizações de NIC, oferece medicamentos gratuitos à população. Tudo isso no próprio bairro do paciente. Ou seja, as UBS levam a atenção à saúde o mais próximo possível do local onde as pessoas vivem e trabalham, constituindo o primeiro elemento de um processo de atenção continuada à saúde, com preconizou a Declaração de Alma-Ata na Conferência de Internacional sobre Cuidados Primários à Saúde em 1978. Nesse ponto, concordo plenamente com os colegas, Arnaldo e Pedro Teles. Perceber o quão a população é assistida pelo Posto visitado me fez perceber que o SUS está longe do caos anunciado com sensacionalismo nas mídias.
    Um grande destaque dos Postos de Aracaju foi a adoção do acolhimento, em que se escuta a necessidade da população para melhor atendê-la. Dessa forma a população sente-se ouvida. O bom funcionamento é de fundamental importância para a integralidade da saúde. Atenção primária funcionando bem tira a sobrecarga de hospitais (como o HUSE em Aracaju), diminui a ansiedade da população e organiza o serviço. Os percalços são muitos, mas a saúde e a população só têm a ganhar com o bom funcionamento das UBS.
    Além de entender melhor a dinâmica do SUS e da atenção primária à saúde, a visita me fez refletir sobre o papel do médico no posto. Sabemos que provavelmente, trabalhar numa UBS será o futuro de alguns de nós, por opção ou não. Entender o nosso papel de prestar um bom serviço independente das facilidades (de burlar a carga horária ou de atender menos que a demanda) é fundamental para a nossa formação.
    Referências:
    http://www.fiocruz.br/redeblh/media/50_02rdc.pdf
    http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_estrutura_ubs.pdf
    http://cmdss2011.org/site/wp-content/uploads/2011/07/Declara%C3%A7%C3%A3o-Alma-Ata.pdf

    Mayza Souza Costa

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  9. Manuela Sena de Freitas
    A visita realizada a Unidade de Saúde Dr. Francisco Fonseca foi muito importante, pois nos possibilitou conhecer na prática o funcionamento da USF algo que somente havíamos estudado em sala de aula.
    Logo no início da visita, a professora Ana Débora nos explicou a respeito da estrutura, do padrão arquitetônico que as Unidades em Aracaju seguiam, das estratégias de limpeza do ambiente com a colocação de azulejos até metade da parede, bem como do conceito de Unidade 'Portas Abertas', onde o usuário tem livre acesso aos serviços ofertados e pode usá-lo quando necessitar.
    Na recepção havia muitas pessoas e um intenso fluxo de pacientes. No entanto, pôde-se notar um ambiente organizado e sem queixas de falta de atendimento por parte dos pacientes. O alto movimento demonstra a dinamicidade da Unidade, que trabalha com o conceito de PSF ampliado, tendo em seu corpo assistentes sociais, 3 pediatras, 3 ginecologistas, 1 obstetra,1 psiquiatra, 2 psicólogos, 2 dentistas e agentes de saúde, garantindo aos usuários uma boa gama de profissionais e um atendimento em múltiplas áreas, gratuito e de qualidade.
    Recebidos no posto, com muita atenção, passamos a entender a importância que o mesmo representa não somente para aquela comunidade, mas para a saúde de Aracaju, sendo referência em vários pontos, entre eles a farmácia (distribuição de psicotrópicos), saúde mental (atendimento em psiquiatria) e ginecológico. A gerente nos explicou ainda das estratégias locais para melhora no atendimento, nas marcações e na determinação das áreas atendidas pelo Programa Saúde Família. A comunidade é divida em cores e por meio dessa divisão a população se beneficia na hora das marcações e das visitas dos agentes, tornando o trabalho mais eficaz.
    A gerente frisou pontos que foram além da simples descrição da Unidade e de seu funcionamento. A atenção básica tem seu foco voltado às necessidades de saúde de uma população, tendo o dever de integrar as ações preventivas e curativas, bem como proporcionar a atenção a indivíduos e a comunidades. Para isso, trabalhos de conscientização, educação, palestras e eventos são realizados pela equipe, e cabe aqui frisar a importância que o médico tem em aderir a essa visão do programa, conhecendo seus pacientes, suas necessidades e contribuindo para o estabelecimento de uma atenção completa e integrada.

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  10. Podemos notar que a Saúde da Família é bem entendida nesse posto, assim como se observam nas diretrizes que constam no departamento de atenção básica (DAB): como uma estratégia de reorientação do modelo assistencial, operacionalizada mediante a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Estas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada. As equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais frequentes, e na manutenção da saúde desta comunidade. A responsabilidade pelo acompanhamento das famílias coloca para as equipes saúde da família a necessidade de ultrapassar os limites classicamente definidos para a atenção básica no Brasil, especialmente no contexto do SUS.
    Após a explanação da gerente, fizemos um passeio pela Unidade, onde se puderam ver os consultórios, a farmácia, o expurgo, uma horta com plantas medicinais, sala de recuperação, imunização, recepção e arquivo.
    A visita à unidade de saúde pode despertar profundas reflexões sobre este serviço de atenção primária dentre eles o que a elite e a imprensa que tanto criticam esse serviço sequer o conhecem, é imprescindível que essa classe, que não usa o serviço, e se considera tão conhecedora e politizada conheça o programa, seus ideais e seu funcionamento, para não somente criticá-lo e desmerecê-lo O SUS como um todo necessita de profundas modificações, ainda trilha seu caminho, ainda está se estruturando, depende do cuidado de terceiros e fica à mercê do interesse de governantes. O que cabe a nós, futuros médicos, é lutar pelo serviço, e lembrarmos que os problemas não ocorrem somente pela falta de ação do governo, mas principalmente pela omissão daqueles que se acomodam e se conformam em continuar no mesmo lugar onde estão.
    Referências
    http://dab.saude.gov.br/portaldab/
    http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/

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  11. Susana Cendón Porto

    Na manhã da quinta-feira do dia 14 de fevereiro foi realizada a visita à Unidade Básica de Saúde, Francisco Fonseca, localizada no bairro Santo Antônio. No local a turma foi recepcionada pela auxiliar de enfermagem Dona Gomes a qual fez uma breve explanação sobre o funcionamento do Programa de Saúde da Família (PSF) e sanou algumas dúvidas dos presentes além de explicar que a UBS na qual trabalha é referencial, pois além da tradicional equipe do PSF ainda conta com três especialidades médicas: psiquiatria, ginecologia e pediatria que abrangem não só a comunidade do bairro 18 do forte como de outras vizinhas que recebem o encaminhamento de suas respectivas UBSs.

    A mesma informou que a unidade possui quatro equipes de saúde da família cada uma contando com um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e 8 agentes comunitários de saúde. Assim como o colega Pedro Teles falou no texto acima nota-se a sobrecarga que sofre a unidade, sendo que para o próximo ao ideal seria necessária a inserção de pelo menos mais uma equipe de saúde da família.

    Como bem colocou a colega Mônica Rodrigues, a UBS é a porta de entrada para o SUS, o ideal seria que todos os atendimentos da atenção primária a saúde e os eventos de promoção de saúde fossem todos realizados na atenção básica, no entanto não é o que se observa na prática, uma vez que as urgências e emergências não só do nosso estado mas como de todo o País estão abarrotados de pessoas que poderiam muito bem ser atendidas na UBS, tal fato foi muito bem expresso pelo colega Arnaldo Alves Lima Junior.

    Ao conhecer a estrutura da unidade pudemos melhor conhecer como funciona a UBS. A princípio conhecemos os consultórios médicos, o odontológico, a sala de imunização, de nebulização, a de curativo e a de esterilização. Estas 4 últimas salas encontram-se na área "suja" d UBS como já foi exposto pelos colegas acima.

    Apesar de ainda haver um preconceito em relação ao SUS, principalmente pelas classes dominantes, nota-se que apesar de complexa a cadeia do SUS consegue funcionar bem! Consegue uma boa abrangência junto a população que segundo a Lei 8142/90 deve haver uma ativa participação da comunidade junto aos debates do SUS. Dessa maneira é possível que haja uma melhor troca de informações entre usuários e "fornecedores" do sistema (Nação, Estado e Município) com o objetivo de que o SUS se aproxime cada vez mais do modelo ideal de saúde a que se propõe.

    Deve-se combater cada vez mais o senso comum de que o Programa de Saúde da Família é um fracasso e sim divulgar os resultados positivos que a atenção básica da saúde alcança: abrangência e cuidado com as gestantes e crianças, com os hipertensos, diabéticos dentre outras mais doenças crônicas.

    O sistema é falho devemos admitir, mas talvez a sua principal falha seja o anseio da criação de um Sistema ÚNICO de Saúde que almeje abranger a toda a população brasileira de maneira universalizada.

    Referências

    *http://www.saude.se.gov.br/cidadao/index.php?act=interna&secao=114 Acesso em 06/03 às 22:17
    *http://www.mp.rs.gov.br/dirhum/doutrina/id387.htm Acesso em 06/03 às 23:05

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  12. Bruno do Amor Divino Pereira

    Os princípios norteadores da Atenção Básica à Saúde incluem, basicamente, regionalização, participação social na gestão da saúde, contato primário do usuário com o sistema de saúde, integralidade e universalidade, todos esses e outros mais, concorrendo para a articulação de um sistema que atenda a um princípio ético fundamental: o direito do homem à saúde.
    Pois bem. Munidos desse conhecimento, fomos a uma excursão à Unidade Básica de Saúde Francisco Fonseca – uma homenagem ao médico maruinense Francisco Quintiliano da Fonseca. A equipe de profissionais é composta por auxiliares de enfermagem, agentes comunitários de saúde, psicólogo, ginecologista, pediatra, psiquiatra, clínico geral, enfermeira e odontólogo. A estrutura física é composta por uma ampla sala de espera, consultórios médico, inclusive ginecológico, e odontológico, sala de curativo, sala de expurgo, paredes e chão dentro do padrão de qualidade para diminuir a chance de infecção. Quanto ao funcionamento? Apesar de toda a boa vontade, o que saltou aos olhos foi mesmo o vislumbre do abismo entre o que pregam os tão louvados manuais e o que de fato vai à prática. Mas devagar, pois não é tão simples.
    Levando em conta que a maioria dos usuários das UBS faz parte da fatia economicamente desprovida da população e que, em decorrência dessa circunstância, trata-se de um conjunto de pessoas educacionalmente deficientes e, portanto, muitas vezes incapazes de uma análise crítica das instituições, o que esperar de assembleias de participação popular? Como atestado pela guia da nossa excursão, sob a responsabilidade daquela UBS há um considerável excedente de potenciais usuários. Isso nos informa dois fatos sobre a regionalização: primeiro, trata-se de um mecanismo operacional e não um reflexo de dinâmicas particulares de agrupamentos sociais específicos, como pretende o texto da PNAB; segundo, decorrência óbvia do primeiro, é falho. No caso da comunidade atendida pela UBS Francisco Fonseca e forçosamente de muitas outras do estado de Sergipe, as particularidades residem no saneamento básico precário, violência urbana exacerbada, deterioração do espaço urbano, dificuldades de locomoção, fatores que concorrem para o insucesso de políticas de prevenção em saúde, demasiado importante no sistema de ABS, comprometendo os aspectos da integralidade e da universalidade. Outro ponto importante diz respeito à equipe profissional. Como foi relatado pela funcionária da UBS que nos atendeu, é comum médicos reduzirem, por conta própria, suas jornadas de trabalho. Hipóteses há várias para explicar tal conduta, mas o que se destaca é a falta de comunicação e cooperação entre as partes do sistema – há que se falar em sistema político – pois o que é a UBS senão uma relação hierarquizada que se materializa, em última instância, na relação Estado-Povo, sendo esta desmembrável em tantas outras relações interdependentes, numa extensão do pensamento de Norbert Elias. Muitas outras falhas poderiam ser citadas: falta de medicamentos, de materiais de trabalho, dificuldade para marcação e realização de exames, todas injustificáveis diante de uma suposta escassez de recursos. Certamente, há pontos positivos, mas numa situação em que sabidamente tudo poderia funcionar bem e só não funciona por prevaricação, pontos positivos não consolam.
    Enfim, a escamoteada ausência do Estado faz, às vezes, a política de ABS e outras mais semelharem embustes direcionados para uma população à mercê de uma “história que engendra muitos e ardilosos labirintos, estratégicos corredores e saídas, que ela seduz com sussurrantes ambições, aliciando-nos com vaidades”, como escreveu Eliot.

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    2. Bruno,
      "...o que esperar de assembléias de participação popular?"
      Você atribui a falta de análise crítica das instituições´-tais como as que prestam serviços de Atenção Básica-por parte de seus usuários,a sua deficiência educacional.Muitos que fazem parte dessas comunidades podem até não saber ler,mas sabem quantos dias o médico do posto anda faltando;podem não conhecer o artigo "x" da lei "tal",mas reclamam seus direitos quando são atendidos com despropósito;inúmeros deles não tiveram acesso a livros de Biologia mas já sabem que diarréias podem matar seus filhos e que para difteria,tétano e coqueluche tem vacina.
      Foi dos movimentos populares,meu caro Bruno do Amor Divino,que a inspiração do SUS se fez realidade.
      Claro que desejamos Educação de qualidade para todos,mas Assembléia Popular só com letrados... acho que nem Bakunin havia pensado nisso.

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    3. Sérgio, é preciso ler o que eu escrevi acima em um contexto social de mercantilização do processo eleitoral, participação maciça da população em festas levadas a cabo com o dinheiro público (o qual poderia ter sido investido em áreas como saúde, saneamento básico, segurança pública, educação), entre outras situações semelhantes... enfim, não se trata de subestimar tampouco ofender determinado grupo social - como traiu o seu comentário - em virtude da ignorância de conceitos "intelectualizados" (capciosamente confundidos com "elitizados"), mas de um esforço algo audaz de fazer ver que a maioria das pessoas estão presas a um esquema parcial da realidade, que as torna marionetes, as quais as vezes reclamam alguns ajustes, mas sem se desvencilharem dos habilidosos dedos titereiros... Portanto, Sérgio, o que você propõe são migalhas, uma luta por migalhas, ou seja, para aquela determinada parte da população basta que meia dúzia de almas preocupadas se encarreguem de coletar, apreciar e tentar resolver suas queixas mais imediatas precariamente. Não, Sérgio, essas pessoas têm o direito de ver a si mesmas em suas diversas inter-relações (geralmente de exploração) - foi tal o que eu sugeri em meu texto, talvez não tenha sido assaz claro, o que ensejou distorções interpretativas, mas nada imprevisível, basta lembrarmos daquele famoso trocadilho italiano : traduttore, tradittore. Como toda tradução exige uma prévia interpretação o caminho entre uma língua/escritor e outra/leitor é demasiado perigoso, surgem as versões... Claro que não se trata aqui de dizer quem está certo ou quem está errado, todavia o tom irônico do seu comentário deixa transparecer que você estar certo (pelos motivos errados) e eu, errado (pelos motivos certos)...

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    4. Não fiz proposta por migalhas em momento algum e não imagino que,verdadeiramente,você creia que seja essa a minha posição, em relação ao que foi alcançado pela luta do povo desse país.Foram mais de 20 anos de Ditadura Militar,foram mais tantos outros pra tentar colocar o Estado a serviço dos interesses da maioria da população;muitos amigos e companheiros presos,torturados e mortos;muita juventude atirada a causas que pareciam inatingíveis para tantos... e vem você,meu caro Bruno do Amor Divino,publicar que me contento com migalhas?Você precisa conhecer a História do nosso povo.Você precisa conhecer a minha História.O Brasil está mudando,rapaz,e é para melhor.Você mesmo estuda em uma instituição pública,gratuíta e de qualidade - bandeira de luta de muitas gerações - e não vejo nenhum contrangimento em você por isso,"por essa migalha",pela qual também lutei.Veja a sua definição para o Programa de Saúde da Família :"...meia dúzia de almas preocupadas se encarreguem de coletar,apreciar e tentar resolver suas queixas mais imediatas precariamente".Esse modelo é reconhecido mundialmente como uma das tentativas mais exitosas de compreensão e resolução das questões de Saúde,em grandes populações.Depende de envolvimento multidisciplinar(o médico deixa de ser único no saber e na responsabilidade);de compromisso histórico,pois surgiu como idéia de uma reforma sanitária de atores engajados com a transformação sócio-política;mergulha fundo nas origens dessas mazelas e compartilha soluções, pois pertence à mesma realidade;vai além do atendimento burocrático e torna-se participativo, apontando perspectivas para saneamento básico,educação,distribuição de medicamentos e prevenção.
      "Traduttore,tradittore".Traduzir a luta dos movimentos sociais, que tornaram o SUS realidade, em joguete de "marionetes" ,é trair os ideais legítimos de um povo por vida digna com liberdade.
      Aliás,você cita Eliot em seu primeiro texto.Talvez não por acaso identifique nele meandros da sua retórica.Parabéns!

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    5. Sérgio, você está se deixando levar pela paixão. Seja racional: em momento algum eu disse que a idéia de ABS não é boa, muito pelo contrário, foi uma das atitudes mais inteligentes em saúde. Agora só não vê quem não quer o abismo entre a teoria e a prática. O SUS, tal qual existe no nosso país, é um caos, quem usa sabe. Quanto à origem popular do SUS, tão visceralmente defendida por você, é preciso lembrar que se trata também de uma necessidade macroeconômica. Por que o movimento social da Reforma Agrária, por exemplo, não se materializou ainda? Ou não há pessoas lutando por isso? Sérgio, eu realmente não conheço a sua história de vida, mas o fato de eu não ter vivenciado o período da ditadura ou não ter tido amigos presos ou torturados, não me torna necessariamente um ignorante. Temos opiniões diferentes - isso é óbvio - mas devemos ter em comum o respeito mútuo por esse direito, afinal a ditadura já acabou, não é? Reitero, acho que a idéia da ABS e do SUS é primorosa, mas é entristecedor ver no que se transformou na mão dos nossos mandatários... Com relação à minha expressão "luta de migalhas" devo dizer que talvez tenha soado como um excesso, reconheço. Todavia, quando você diz que não me sinto constrangido por estudar em uma universidade pública, trata-se de uma acusação improcedente. Mais uma vez, erro seu de interpretação, aliás, erro de paixão. Uma discussão acadêmica deve seguir linhas racionais para não se transformar em mera altercação. O mundo é diverso também em idéias, Sérgio! Sejamos racionais.

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    6. A Universidade pública e de qualidade que nós estudamos é hoje uma realidade tal qual o SUS precisa ser.É isso que quero que você entenda.Entenda que essa realidade foi conquistada e construída com muita luta e que tem que ser dinâmica,avançando sempre para o bem comum.Quando falei em "constrangimento" foi de forma irônica sim.Claro que todos hoje gostariam de estudar medicina na UFS,temos esse privilégio.Só pra lembrar, há alguns anos existiam cabeças inteligentes(como a sua)pensando em privatizar o ensino público,utilizando o mesmo discurso de que "ele estava um caos".Claro que temos opiniões diferentes,isso é bom.Lutei e luto por esse direito.Apenas fico triste quando vejo um expoente intelectual do seu nível, engrossando as fileiras de comentaristas das reportagens de final de domingo, da grande mídia.
      Em relação à paixão pode deixar comigo.Tenho pena dos que não conseguem se envolver nas grandes causas apaixonadamente.Terminam maximinizando obstáculos e minimizando o fazer.De paixão posso falar.Estou vivo pra falar sobre isso.E é justamente por ser apaixonado que voltei,e acredito que teremos oportunidade(em outro forum)de discutir as suas idéias e talvez descubramos que não somos tão diferentes assim.Um fraterno abraço.

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    7. O Brasil precisa de duas coisas para ser um país bom para todo o seu povo: muito tempo e educação. Eu entendo e concordo com você que houve avanços, a universidade pública é um deles, mas você há de concordar comigo que o serviço público no Brasil de um modo geral é muito deficiente. Sérgio Buarque de Holanda dá uma introdução muito boa sobre o assunto, que deve nos servir como ponto de partida para reflexão. O povo brasileiro - falo de todas as classes - não tem arraigada a noção de bem comum - o velho jeitinho brasileiro. Furar a fila quando encontra algum conhecido, sonegar o imposto, mentir para faltar ao trabalho, jogar lixo na rua, dar aquela roubadinha no trânsito porque está atrasado, a velha intimidação "você sabe com quem está falando?" etc. Sem educação, sem mudanças de paradigmas, sem uma reforma radical das condutas, creio muito difícil que um dia tenhamos motivos para nos orgulharmos do serviço público brasileiro. Educação. Quanto a engrossar certas fileiras... não. Eu apenas não aceito mais ilusões. O que um pobre tem a oferecer para seus filhos? Uma escola sem recursos, violenta e despreparada; uma fila no pronto-socorro; a perspectiva de um subemprego... enfim, o conhecimento do inferno. Há exceções, claro, mas é isso que o Brasil tem para oferecer: uma loteria social? Truísmos.
      Sérgio, a teoria da ABS/SUS é a estratégia mais adequada em saúde, não resta dúvida. Mas enquanto não houver uma mudança de pensamento em prol do bem comum, não existe a menor possibilidade de um SUS em sintonia com a teoria. Certamente há pessoas honestas que lutam, mas não é suficiente, em vista da rigidez da grande estrutura... Infelizmente.

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  13. Maria Augusta Costa Trindade de Almeida

    Assim como foi bem colocado por Pedro e Arnaldo, entre outros colegas, a visita a UBS Francisco Fonseca serviu para compreender melhor o funcionamento e a estrutura de uma unidade básica e para mais uma vez quebrar paradigmas e velhos preconceitos sobre o SUS. Já tive contatos anteriores com unidades de atenção primária, principalmente através do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) – e, com mais esta visita, reforcei minha opinião: a despeito das falhas existentes, o que ocorre não é nem de perto o caos preconizado tão insistentemente pelos meios de informação. Pelo contrário, a meu ver, caos mesmo seria se os mais de 190 milhões de brasileiros, sendo a maioria de classes econômicas menos favorecidas, não tivessem um sistema universal de saúde para lhes dar auxílio e ficassem a mercê dos planos de saúde.

    No que tange à estrutura da UBS, nos foi esclarecido pela professora que a semelhança física entre os postos de saúde não se dá por acaso e sim atendendo as normas da Resolução RDC-50, estabelecida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). A RDC-50 exige, entre outros fatores, que o piso seja de cimento de alta resistência e de fácil higiene para diminuir a contaminação; que as paredes sejam revestidas até a metade (cerca de 1,10m) por azulejo para facilitar a limpeza; e que haja banheiro pelo menos nos consultórios ginecológicos. Concordo com Mayza no momento em que ela diz que esses modelos podem sofrer alterações na prática, mas que só o fato de existir tal padronização e ser exigido o cumprimento da mesma já é um fator positivo para organização do serviço de saúde e para a melhor assistência à população.

    Quanto ao funcionamento, as unidades básicas de saúde funcionam com equipes de saúde da família. O Ministério da Saúde criou, em 1994, o Programa Saúde da Família (PSF) cujo principal propósito era reorganizar a prática da atenção à saúde, levando a saúde para mais perto da família. Essa organização foi primeiramente elaborada pelo governo inglês em 1920 através do Relatório Dawnson, o qual dizia que “os serviços domiciliares de um dado distrito devem estar baseados num Centro de Saúde Primária - uma instituição equipada para serviços de medicina curativa e preventiva para ser conduzida por clínicos gerais daquele distrito, em conjunto com um serviço de enfermagem eficiente e com o apoio de consultores e especialistas visitantes. Os Centros de Saúde Primários variam em seu tamanho e complexidade de acordo com as necessidades locais”. A UBS visitada conta com 4 equipes de saúde da família, mas o atendimento das necessidades locais encontra-se atualmente prejudicado, entre outros fatores, pelo aumento populacional recente (construção de novos prédios). Além disso, por contar com contar com algumas especialidades médicas, essa unidade constitui-se como referência em saúde mental e saúde da mulher para outras unidades, o que aumenta ainda mais a demanda.

    Por fim, acredito que esta visita, mais do que apenas conhecer a estrutura de uma unidade básica de saúde, despertou em nós um sentimento especial e uma visão diferente a cerca do SUS. De fato não podemos negar que existem falhas e dificuldades na atenção primária, mas é importante reconhecer que a estrutura e a organização funcionam e enxergar os pontos positivos e os de possíveis melhoras nesses locais que serão ambientes de trabalho de muitos entre nós. É importante ainda, principalmente partindo de nós – fatia esclarecida da população, não corroborar com o sensacionalismo da mídia, conhecer para saber criticar construtivamente sem denegrir.

    Referências:

    1-http://www.fiocruz.br/redeblh/media/50_02rdc.pdf
    2-http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0050_13_09_2012.html
    3-http://www.mp.rs.gov.br/infancia/pgn/id101.htm.
    4-http://dab.saude.gov.br/atencaobasica.php
    5-http://www.epsjv.fiocruz.br/upload/d/Atencao_Primaria_a_Saude_-_recortado.pdf

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    1. Maria Augusta,
      Que esse sentimento especial que você refere em relação ao SUS e essa visão diferenciada,seja compartilhada por todos nós.Além de formadores de opinião somos também atores em todo o processo de viabilização das ações de saúde.Precisamos defender o SUS e participar do seu aprimoramento,pois os interesses contrários têm armas de muito poder,e uma delas você ressalta em "não corroborar com o sensacionalismo da mídia".Gostei.

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  15. Freed Melo

    A unidade Básica de Saúde (UBS) Francisco Fonseca é uma das unidades que fazem parte da estratégia do Ministério da Saúde para oferecer uma melhor atenção básica no Brasil. A Atenção básica é um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. É a porta de entrada do sistema de saúde e se articula com os outros níveis de atenção. O problema é que a população ainda não está “educada” para esse sistema que ajudaria a desafogar os hospitais de maior complexidade. Há uma forte tendência de melhoria desse quadro, porém acredito que a desinformação e a falta de conhecimento de todos os procedimentos realizados nas UBS são umas das causas da ida da população para centros de saúde de alta complexidade. Atualmente, a literatura em administração hospitalar e o Sistema Único de Saúde (SUS) defende o atendimento seguindo a política da humanização, que preconiza a atenção, o esclarecimento de dúvidas quanto ao estado de saúde, a agilidade no atendimento, com a consequente redução de filas, adequando-se às necessidades de cada população. No entanto, não somente funcionários de recepção são responsáveis pela qualidade no atendimento, o papel de dirigentes de instituições e dos usuários é relevante para que a procura por estes serviços seja bem sucedida. O bom funcionamento depende do trabalho de cada um dos envolvidos, eles são como uma engrenagem onde uma peça que está com problema pode por a perder todo um trabalho.
    A estrutura das UBS apresentam um padrão determinado. Basicamente composta por sala de reunião, sala da gerente, ala de espera, farmácia, odontologia, corredor de consultórios, corredores dos procedimentos. Os materiais que são utilizados na construção da unidade são escolhidos com cuidado a fim de aperfeiçoar a qualidade e manutenção higiênica como piso de alta resistência e fácil higienização, azulejos até a metade da parede. A estrutura das UBS não é um problema, pois são muito bem planejadas, com uma boa distribuição onde todos os serviços prestados estão bem acomodados. Talvez, o problema de aglomeração de pessoas é devido há um alto crescimento populacional da região, o qual não é acompanhado pela unidade e muitas vezes não dá para acompanhar tal crescimento, por falta de um planejamento adequado.
    A UBS Francisco Fonseca apresenta quatro equipes de saúde, cada equipe faz a cobertura de uma micro-área e é basicamente composta por um médico, um enfermeiro, dois auxiliares de enfermagem e seis agentes comunitários de saúde. As equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais frequentes, e na manutenção da saúde desta comunidade. A responsabilidade pelo acompanhamento das famílias coloca para as equipes saúde da família a necessidade de ultrapassar os limites classicamente definidos para a atenção básica no Brasil, especialmente no contexto do SUS. Cada equipe deve cuidar de um número determinado de pessoas (no máximo 4000), porém com o crescimento populacional e sem planejamento correto(mais uma vez), as equipes e a própria UBS acabam sobrecarregadas resultando em diminuição da qualidade do serviço. Muitos dos transtornos que passamos nos dias atuais são devidos a planejamentos de curto prazo, na saúde não é diferente. Faz-se o planejamento olhando o número atual, sem cuidar com crescimento de demanda, o que torna o serviço transtornado em poucos anos. “Na verdade a gente carece muito de retaguarda de chefia, então isso te deixa um pouco insatisfeita (...) bom seria ter um amparo naquilo que tu planejas e desejas fazer, é uma pena que aqui na UBS o suporte do município é meio 'capenga'[deficiente] e não favorece o nosso trabalho”¹.

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    1. Ressalto a sua preocupação em relação ao aumento da demanda sem o devido acompanhamento da oferta de agentes de saúde e do serviço prestado.Haveria uma tendência à queda da qualidade.Como a UBS Francisco Fonseca é uma unidade também de referência em Saúde da Mulher e em Saúde Mental,pelo menos sua estrutura física deveria dispor de área que comportasse o atendimento mais confortável e disponível.A questão do aumento no número de equipes de saúde é um desafio a ser atingido acompanhando o aumento da verticalização das moradias que já começa a ficar evidente no bairro.

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  16. As UBS são uma forma de melhorar a atenção à saúde da população e são de fundamental importância para o SUS. Com elas o acesso à saúde e prevenção estão mais próximos da população. Sua ideia e sua estrutura, não são grandes problemas, pois são ideais (claro mantendo um baixo custo de manutenção). Um planejamento adequado de longo prazo se faz necessário para manter a qualidade do serviço mesmo com o crescimento populacional.
    http://dab.saude.gov.br/atencaobasica.php
    http://www.fen.ufg.br/fen_revista/v10/n2/pdf/v10n2a06.pdf
    ¹(retirado de http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-71672012000200004&script=sci_arttext)

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  17. Nossa primeira visita foi à Unidade Básica de Saúde UBS Dr. Francisco Fonseca que teve como finalidade conhecer o funcionamento, arquitetura e logística de uma Unidade Básica, componente da Atenção Primária, foco de aulas teóricas anteriormente ministradas. Lá, percebemos que o aparato profissional era formado por técnicas de enfermagem, agentes comunitários de saúde, psicólogo, ginecologista, pediatra, psiquiatra, clínico geral, enfermeira e odontólogo, depreendendo que a UBS Dr. Francisco Fonseca é uma USF ampliada, já que a população que é atendida pela Unidade tem acesso algumas especialidades médicas que comumente não estão na gradde de uma Unidade Básica de Saúde comum, como exempolo, Psiquiatria. A estrutura da UBS é formada por uma ampla sala de espera, consultórios médicos sala de curativo, sala de expurgo, paredes e chão dentro dos padrões pré-estabelecidos pelo Ministério da Saúde paar diminuir os riscos de infecção.
    Quanto à arquitetura da UBS , ela segue os padrões preconizados pelo Ministério da Saúde que segundo o Manual de estrutura física de Unidade Básica de Saúde, Os espaços e salas propostos prevêem seu compartilhamento por todos os profissionais da Equipe Saúdeda Família.
    Destacou-se para cada um destes espaços ou salas,
    equipamentos e mobiliários comuns aos ambientes específicos,com o intuito de orientar os projetos arquitetônicos quanto às dimensões necessárias ao desenvolvimento das ações de atenção básica Saúde da Família previstas para cada um deles. Vale salientar que a estrutura das Unidades Básicas de Saúde deve enfocar as
    instalações elétricas e hidráulicas,ventilação,luminosidade,
    fluxo de usuários e facilidade na limpeza e desinfecção.
    A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e
    a manutenção da saúde. É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e participativas, sob forma de trabalho
    em equipe, dirigidas a populações de territórios bem delimitados, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente
    no território em que vivem essas populações. Utiliza tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade, que devem resolver os problemas de saúde de maior freqüência e relevância em seu território. É o contato preferencial dos usuários com os sistemas de saúde. Orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e
    continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, daequidade e da participação social.
    Para finalizar, ressalto que a visita de grande engrandecimento para meu conhecimento médico já que irei trabalhar em algum momento da minha vida na Atenção Primária e que a visita foi de grande valia também para desistigmatizar a Atenção Primária como um vilão e não, ela tem seus problemas como vimos mas resolve com certeza, os problemas de grande parte da população.

    Referências:
    1. Cartilha: Política Nacional de Atenção básica retirada do site : http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/volume_4_completo.pdf
    2. Cartilha: Manual de Estrutura Física das Unidades Básicas de Saúde reirada do site: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_estrutura_ubs.pdf
    3. Pesuisado também no site: http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/ateprisau.html

    Carlos Aurélio Santos Aragão

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  18. As Unidades Básicas de saúde são a porta de entrada preferencial do SUS.O objetivo desses postos é atender os problemas de saúde da população,sem que haja a necessidade de encaminhamento para hospitais. A expansão das Unidades básicas tem o objetivo de descentralizar o atendimento,dar proximidade à população ao acesso aos serviços de saúde e desafogaroshospitais. No dia 22 de Fevereiro de 2013foi realizada uma visita à Unidade de Atenção Primária Dr. Francisco Fonseca que fica próxima ao Hospital Universitário, no bairro Santo Antônio. Nessa Unidade Básica de Saúde foi realizada uma apresentação sobre diversas de suas características, com informações a respeito de disposição de salas e suas finalidades, sobre a estrutura de forma geral, equipe atuante, material, funcionamento e modo de agir na região em que atua. Também fora explicado quais eram os seus pontos fortes e os fracos, além de esclarecer muitas dúvidas e pensamentos equivocados que muitos tinham a respeito não só das Unidades Básicas de Saúde, como também do Sistema Público de Saúde. Com relação à estrutura, essa Unidade atende as exigências do SUS contando com salas de entrada, de espera, de reuniões, de observação e longos corredores nos quais os consultórios ficam dispostos (mais próximos à sala em que ocorre a observação do paciente) e as salas de curativo e expurgo que ficam mais distantes (em direção à área externa), sendo que esta última necessita de um horário bem definido de funcionamento para evitar o fluxo de materiais contaminados nas outras áreas que necessitam de adequada higienização. Lá também possuía uma recepção, salas de não ebulização, esterilização, imunização e de acolhimento. O posto tem piso de cerâmica com rodapé curvo para facilitar limpeza,. A marcação da consulta para o clinico geral é semanal e o paciente é atendido dentro daquela semana. Mas quando o clinico geral marca uma consulta com o especialista, o atendimento pode durar até no Maximo 15 dias. A unidade conta com quatro equipes, sendo classificada em cores para melhorar a organização. Cada cor corresponde a uma equipe e a sua área de atuação. É as cores verderosa, cinza,azul O Posto visitado, é referência para algumas áreas (como em psicotrópicos), oferece atendimento de especialistas (pediatra, ginecologista e psiquiatra). A unidade também é referencia farmacêutica para toda a cidade de Aracaju. Assim, qualquer pessoa (inclusive as que possuem plano de saúde)que precise de uma medicação, essamedicação é fornecida pela unidade desde que seja morador de Aracaju. Além de entender melhor a funcionalidade da atenção primária à saúde, me chamou atenção o papel do médico no posto. A UBS será campo de trabalho para muitos de nós,por isso se faz necessário uma humanização do seu trabalho,entender que para aquela população carente as orientações corretas dos profissionais médicos são fundamentais para preservação ou restabelecimento de sua saúde.S e faz necessário um maior comprometimento dos médicos que atuam nas UBS.


    http://www.brasil.gov.br/sobre/saude/atendimento/unidades-basicas-de-saude
    http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_estrutura_ubs.pdf

    clécio santos




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  19. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) são a porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo desses postos é atender até 80% dos problemas de saúde da população, sem que haja a necessidade de encaminhamento para hospitais. Até setembro de 2011, o país contava com 38 mil UBSs. Nelas, os usuários do SUS podem realizar consultas médicas, curativos, tratamento odontológico, tomar vacinas e coletar exames laboratoriais. Além disso, há fornecimento de medicação básica e também encaminhamentos para especialidades dependendo do que o paciente apresentar. Em vistas dessas afirmações podemos compreender o funcionamento da UBS Francisco Fonseca, localizada no bairro 18 do Forte em Aracaju-SE.
    Esta UBS conta com quatro equipes da saúde (4 médicos, 4 enfermeiros, 4 auxiliares em enfermagem, 32 agentes da saúde) que, segundo o Sistema de Informação da Atenção Básica - SIAB, é responsável por atender 22 mil pessoas, entretanto nem toda região foi alcançada. Conta ainda com três ginecologistas, sendo um referência em procedimentos. A UBS Francisco Fonseca é referência em saúde da mulher e em saúde mental, sendo assim além da zona coberta, recebe encaminhamento de outras cinco unidades básicas, e oferece serviços em saúde mental com uma equipe de psicólogos e psiquiatra no acompanhamento de casos psiquiátricos leves.
    Há uma classificação em cores para as quatro equipes de saúde, para uma melhor organização do fluxo de pacientes. Cada cor (rosa, cinza, azul e verde) corresponde a uma equipe e a sua área de atuação. A marcação da consulta para o clinico geral é semanal e o paciente é atendido dentro daquela semana, porém quando o clinico geral marca uma consulta com o especialista, o atendimento pode durar até no máximo 15 dias. São marcados dez pacientes adultos pela manhã e cinco pela tarde o que, já de antemão, nos mostra que há situações em que o número de senhas é insuficiente, porém há dias em que nem todas as senhas são usadas. Aqui podemos entender o motivo de encontrarmos superlotação na maior parte dos Hospitais de Alta e Média Complexidade no Brasil. Atendimentos que deveriam ser feitos em UBS são realizados nestes hospitais, seja por ineficiência parcial do sistema, seja por desinformação por parte do paciente.
    A UBS Francisco Fonseca oferece também a distribuição de forma gratuita de alguns medicamentos e de preservativos masculinos. Segundo a gerente o posto vem enfrentando problemas na distribuição de medicamentos, visto que há pacientes que são residentes em cidades do interior do estado, mas que tem alguma moradia na Capital, seja de familiar ou própria, e que teoricamente não poderiam usufruir desse benefício oferecido pela UBS em questão. A distribuição de medicamentos é reservada à população de Aracaju, tão somente.
    Esta UBS, assim como outras espalhadas pelo Brasil devem atender normas que são estabelecidas pela Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA) por meio da Resolução-RDC 50. A RDC-50 é um regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos dos estabelecimentos assistenciais de saúde. A RDC-50 exige uma estrutura que favorece o atendimento na UBS como piso de alta resistência e fácil higienização, azulejos até a metade da parede, banheiros pelo menos nos consultórios ginecológicos, entre outros. Para a padronização dos postos de saúde, há também o Manual de Estrutura Física das Unidades Básicas de Saúde oferecido pelo Ministério da Saúde. Nele encontram-se informações sobre a arquitetura ideal para um Posto, as atividades desenvolvidas pelas equipes de saúde da família (como busca ativa, acolhimento, consultas médicas e/ou de enfermagem, imunizações, encaminhamentos e etc) e ainda sugestões de estruturas de uma UBS de acordo com o número de equipes implantadas e a cobertura populacional. A UBS Francisco Fonseca, na medida do possível, atende as solicitações da ANVISA.

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  20. (CONTINUAÇÃO) Sem idealismos ou romantismo, pode-se entender que uma UBS é no momento a melhor solução para se desafogar hospitais e levar para a população em geral um atendimento de qualidade. Ainda não se conseguiu, na sua plenitude, estabelecer tal situação, porém estamos caminhando para tal. Levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indica que boa parte da população ainda desconhece a amplitude do SUS: 34,3% afirmaram nunca ter usado o sistema — o que é pouco provável. Publicado em fevereiro, o Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips/Ipea) — que tem como finalidade construir indicadores sociais para verificar como a população avalia os serviços de utilidade pública e seu grau de importância para a sociedade — indicou que o SUS recebeu melhor avaliação de quem declarou tê-lo utilizado (68,9%) do que daqueles que afirmaram não fazê-lo (http://www.ensp.fiocruz.br/radis/revista-radis/104/reportagens/o-sus-que-nao-se-ve). Isto corrobora para a afirmação de nosso colega Arnaldo Alves “...ajudou a quebrar velhos preconceitos em relação ao SUS. “O SUS é o caos, ele não funciona, o SUS é desorganizado” Ideias repetidas e sem fundamento foram abaixo ao entendemos a logica de funcionamento e a estrutura de uma UBS, parece ser verdade que aqueles que mais criticam são os que menos conhecem”.
    Não se pode, porém, colocar a culpa pelo desconhecimento do funcionamento apenas na população que se declara não usuária do SUS, vejamos isso: “Entre os que declararam ter tido alguma experiência com o SUS, 30,4% consideram os serviços bons ou muito bons...”.(http://www.ensp.fiocruz.br/radis/revista-radis/104/reportagens/o-sus-que-nao-se-ve). Percebemos, com ajuda da estatística, que 69,6% dos que se declararam ter tido algum experiência com o SUS consideram os serviços inferiores ao conceito de muito bons ou bons, portanto temos algo a melhorar neste sistema de saúde.
    A discussão aqui deve ser norteada pela questão: o que faz o Sistema Único de Saúde, em toda a sua extensão, desaparecer aos olhos dos brasileiros? Devemos buscar localizar como e por que as limitações do sistema se sobressaem, ao mesmo tempo em que o SUS não recebe o devido crédito no que diz respeito às ações de saúde bem sucedidas no país, visto que elas existem.
    Não é necessário se conhecer o funcionamento de complexos hospitalares como Incor, Hospital Israelita Albert Einstein, se apenas uma simples visita à uma UBS é capaz de nos mostrar a real situação em que se encontra boa parte da população brasileira no que tange ao atendimento público em saúde. Cabe, então, a nós como futuros profissionais da saúde darmos prova de que é possível implementar a política do SUS em sua plenitude funcional.

    www.brasil.gov.br › Sobre › Saúde › Atendimento

    http://www.ensp.fiocruz.br/radis/revista-radis/104/reportagens/o-sus-que-nao-se-ve (Adriano De Lavor, Bruno Dominguez e Katia Machado)

    Manual Estrutura UBS - BVS Ministério da Saúde
    bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_estrutura_ubs.pdf

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  21. A aula prática do dia 22 de Fevereiro de 2013 foi composta pela visita à Unidade Ampliada de Saúde Francisco Fonseca, localizada no Bairro Santo Antônio. Essa visita permitiu-nos conhecer melhor como é o funcionamento de uma Unidade Básica de Saúde.

    A arquitetura da UBS obedece aos critérios do SUS, como: O piso é de fácil limpeza e difícil proliferação de microorganismos; as paredes são revestidas até a metade com azulejos para facilitar a limpeza.

    Nessa UBS há dois corredores: o corredor dos consultórios e o dos procedimentos. Este último obedece a um mapa de fluxo, onde as primeiras salas são limpas, e as últimas são sujas, sendo a última sala, o expurgo. A unidade de saúde Francisco Fonseca possui sala de imunização, enfermaria, sala de observação, sala de curativos, consultórios médicos, pediátrico e odontológico.

    São quatro unidades ampliadas de saúde em Aracaju, entre elas inclui-se a Unidade Francisco Fonseca. A unidade ampliada é aquela que inclui a saúde mental em seus atendimentos. Ela pode fornecer psicotrópicos à população. Além disso, a Unidade Francisco Fonseca oferece atendimento em ginecologia e pediatria. Essa unidade é referência em saúde mental e em ginecologia. Sua farmácia é referência em medicação controlada e ginecológica.

    Para o melhor funcionamento do Programa de Saúde da Família, em cada unidade há programas de cadastramento de usuários daquele posto de saúde. Esses usuários consistem na população do local ao qual o posto de saúde foi encarregado de atender. O cadastramento é feito por agentes de saúde que visitam as residências da área. Porém, o número de cadastrados nem sempre corresponde ao número real de pacientes daquele posto. Isso ocorre principalmente porque muitos moradores se mudam e não transferem o seu cadastro para o posto de saúde responsável pela área da sua nova residência. A unidade Francisco Fonseca possui quatro equipes de PSF completas que atendem a aproximadamente 22 mil pessoas, porém está necessitando de mais uma, visto eu a população local está aumentando significativamente nos últimos anos (construção de prédios no bairro). Além de uma nova equipe, segundo a gerente Jennifer Gomes, a unidade necessita de uma reforma para sua ampliação, com novos consultórios e salas. Já há um projeto de ampliação à espera.

    Essa sistematização do atendimento é bastante eficaz. Ela permite que o posto de saúde seja suprido por uma quantidade ideal de trabalhadores da saúde e medicamentos, evitando o desperdício ou a falta dessas necessidades.

    Os agentes de saúde são divididos em equipes denominadas por cores (ex.: equipe cinza). Cada equipe é responsável por uma parte da população local. Essa divisão facilita a organização do trabalho dos agentes.

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  22. CONTINUAÇÃO...
    O agendamento de consultas é feito semanalmente. Hipertensos e diabéticos têm preferência. Duas vagas por dia são reservadas para urgência básica. Toda pessoa que entra na UBS é acolhida, ou seja, seus problemas são escutados para que haja uma melhor sistematização do atendimento.

    “O acolhimento como postura e prática nas ações de atenção e gestão nas unidades de saúde favorece a construção de uma relação de confiança e compromisso dos usuários com as equipes e os serviços, contribuindo para a promoção da cultura de solidariedade e para a legitimação do sistema público de saúde. Favorece, também, a possibilidade de avanços na aliança entre usuários, trabalhadores e gestores da saúde em defesa do SUS como uma política pública essencial da e para a população brasileira.” (Série B; Textos básicos de saúde, Acolhimento nas Práticas de Saúde, 2ª Ed., Editora MS, Brasília-DF, 2006)

    O SIAB é um banco de dados criado pelo DATASUS. Ele foi desenvolvido como instrumento gerencial dos Sistemas Locais de Saúde. O SIAB incorpora as informações obtidas pelos agentes de saúde locais. São através dessas informações que são repassados os incentivos financeiros aos municípios pelo Ministério da Saúde.

    ”Dessa forma, todos os profissionais das equipes da Saúde da Família devem conhecer e utilizar os dados do SIAB a fim de traçar estratégias, definir metas e identificar intervenções que se fizerem necessárias na atenção da população das suas respectivas áreas de cobertura, bem como avaliar o resultado do trabalho desenvolvido pela equipe.” (CARTILHA SIAB, Santa Catarina, 2005).

    As UBS são a porta de entrada preferencial do SUS, elas são a aplicação do princípio de descentralização do SUS. Sem elas, os hospitais de maior complexidade estariam superlotados, com casos simples. Apesar de a teoria ser bela, na prática ainda há superlotação dos hospitais públicos com atendimentos básicos. Isso se deve, entre outras causas pelo desconhecimento dos princípios da saúde descentralizada pela população em geral, que acha que “o melhor atendimento é no hospital”.

    Nós, como futuros médicos, devemos nos esforçar ao máximo para garantir a atenção primária à população.

    Links:
    http://www.brasil.gov.br/sobre/saude/atendimento/unidades-basicas-de-saude
    http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/APPS_PNH.pdf

    Arthur Santana de Menezes.

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    1. Parabéns, Arthur.
      A visita à UBS Dr.Francisco Fonseca,como outra qualquer da rede,sempre nos mostrará que o caminho para a consolidação de um sistema de saúde eficiente e democrático,passa pela Atenção Básica.

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  24. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) são a porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde(SUS). Através delas a população pode receber atendimentos básicos e gratuitos que garantam a assistência universal, igualitária e integral à saúde. Foram esses preceitos que busquei identificar na visita a unidade Francisco Fonseca. O objetivo desses postos é atender até 80% dos problemas de saúde da população, sem que haja a necessidade de encaminhamento para hospitais. A unidade conta com 4 equipes. Cada equipe formada por médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem e agentes comunitários de saúde. Porém no posto ainda tem 2 dentistas (e um de apoio), psicólogos, psiquiatras, pediatras e ginecologistas. A unidade atende cerca de 22.000 pessoas daquela localidade, além dos encaminhamentos de outras unidades para os especialistas desta, feito através do SISREG. Esse número elevado de pacientes acaba gerando uma certa sobrecarga no atendimento dessa unidade. As consultas são marcadas semanalmente e o prazo máximo de espera para uma consulta é de duas semanas, exceto para consultas de retorno. A estrutura física, a unidade de Saúde dispõe de sala de espera, sala de reunião, de curativos, sala de observação e nebulização, além das salas de acolhimento e imunização. Com relação à estrutura a unidade tem revestimento lavável e azulejo até metade da parede, piso resistente e com pouco espaçamento , sala de espera ampla e arejada, consultório ginecológico com banheiro, sala de curativo( por ser muito contaminada fica na parte mais posterior da unidade), nebulização e imunização separadas; além do expurgo que fica na porção mais interna da unidade. Essa organização espacial gera um fluxo na unidade: parte anterior com recepção e parte posterior com regiões mais sujas e contaminadas. O Posto contém ainda uma farmácia com grande gama de remédios que atende a população de forma até bem satisfatória. Essa farmácia é referência em psicotrópicos, sendo que qualquer pessoa de Aracaju pode usufruir da mesma. O controle dessa farmácia se dá através do farmacêutico que libera semanalmente uma lista de remédios que estão em falta e presentes e desse modo pedidos são feitos. O grande problema da farmácia é grande procura, pois hoje em Aracaju existem mais cartões SUS do que os registrados nas UBS, devido à grande quantidade de pacientes do interior. O PSF Dr. Francisco Fonseca é um modelo de atendimento assistencial, de educação preventiva realizando consultas, tratamento, vacinação, pré-natal e outras atenções que visem a manutenção da saúde das famílias cobertas pelo programa, aproximando as equipes que atendem as famílias cadastradas e acompanhadas por profissionais com atendimento no próprio domicílio. Ou seja, busca atender os usuários diretamente na comunidade, prestando um atendimento multidisciplinar, analisando o paciente não só como um ser biológico, mas também como fruto de suas relações sociais. Por fim, deixei a unidade refletindo se encontrei os princípios supracitados no texto. Estava lá todo o baldrame para a construção de um atendimento de qualidade, mas como Arthur citou acima, ainda não é perfeito, infelizmente, muito preconceito ainda tem que ser vencido, tanto por parte da comunidade, como dos médicos. O médico antes trancado no consultório, ganha caminhos rumo ao ambiente onde vive o indivíduo, prevenindo-o contra doenças graves que afetam a comunidade. Dessa forma, reduz-se o aparecimento de casos agudos, permitindo uma melhor qualidade de vida para a população.

    Referencia:http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/APPS_PNH.pdf

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  25. Tércio Ferreira Oliveira

    A visita a UBS Francisco Fonseca foi realizada dia 14 de fevereiro, no turno da manhã pela turma prática da matéria de Saúde Coletiva 3 sob orientação da professora Ana Débora. A atividade foi dividida em dois momentos, sendo o primeiro apresentação da unidade, em termos de estrutura física e funcional e o segundo uma conversa com a gerente da unidade sobre vários aspectos relacionados ao serviço lá prestado.
    No primeiro momento posso destacar como interessante a visão (que vendo o comentário de outros colegas parece ter sido generalizada) já diferenciada para o aspecto estrutural da construção. Havia frequentado UBSs antes e de fato era curioso como elas tinham o mesmo padrão, mas só munido do conhecimento e das justificativas para o estabelecimento de cada item é que fica possível ter uma visão crítica em relação ao espaço físico desta e de futuras UBSs que poderão fazer parte da vida profissional. Foi possível avaliar que a unidade estava dentro dos padrões estabelecidos na RDC-50 que foram citados por Maria Augusta anteriormente. É claro que nesta assim como em outras unidades há problemas físicos como a falta de ar condicionados citada pela gestora e que acaba ocasionando a perda de salas de atendimento pela impossibilidade de funcionamento para consultas. Porém numa avaliação geral a unidade Francisco Fonseca possui condições de atendimento até certo ponto boas, dispondo de salas em condições adequadas para atendimentos ambulatoriais, inalações, pequenos procedimentos, consultadas da enfermagem e farmácia. Falar em "é claro que há problemas na unidade" pode ser de certo modo conformista, admitindo que sempre haverá problemas, mas a ideia que a busca pela perfeição é constante nos faz extrair uma melhor concepção sobre essa afirmação, olhar no sentido de sempre tentar melhorar.
    Em relação ao segundo tempo da visita a unidade funciona atendendo com 4 equipes de saude da família, que são separadas por cores, em termos de atendimentos pude perceber que a unidade é de certa forma privilegiada. Além da presença em tempo integral de médicos na unidade, realidade que em outras unidades é difícil se obter seja por falta de profissionais ou por falta de interesse dos profissionais, a unidade ainda conta com atendimentos especializados em ginecologia, pediatria e psiquiatria. Serve de referência destas especialidades para outras unidades, fato que aumenta o número de atendimentos e aumenta a resolutividade da atenção primária na região atendida por esta unidade, levando a menor sobrecarga das outras atenções oferecidas pelo governo. O "privilégio" de que se dispõe na unidade Francisco Fonseca parece ser resultado de trabalho conjunto de gestores, funcionarios e usuários da unidade, já que o governo calcula as verbas para gastos a serem enviadas baseadas em programas de informação sobre as atividades realizadas na unidade, como o SIAB. Além do feedback da gerencia é também de extrema importância a participação popular para a melhoria da qualidade do atendimento à população.
    A unidade Francisco Fonseca é mais uma UBS que atende aos padrões preconizados pelo SUS e na RDC-50, é de acesso universal, conta com uma estrutura mínima e organizada para atendimentos além de ser referência para outras UBSs da região. É mais um posto de acolhimento e atendimento na atenção primária, reflexo da construção do SUS e da política de investimento na atenção básica que visa promover a melhoria do sistema de saúde diminuindo os gastos com procedimentos caros evitáveis e aumentando a resolutividade dos casos com menor morbidade dos pacientes.

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  26. Walber Santana de Souza
    No dia 22 de Fevereiro de 2013 foi realizada uma visita a Unidade Básica de Saúde (UBS) Francisco Fonseca. Mas antes da visita, em aulas teóricas vimos quais os objetivos do Sistema Única de Saúde (SUS), entre eles esta a: Assistência Universal, igualitária e integral a saúde para toda a população. Vimos também que pela norma RDC-50, estabelecida pela Vigilância Sanitária, são definidas as normas estruturais que a UBS deve ter, os consultórios devem estar localizados em um corredor, enquanto as salas para procedimentos devem estar localizadas em outro corredor obedecendo a uma sequencia, onde as salas “limpas” como as de vacinação ficam no inicio e as mais sujas como expurgo ficam no final. O piso deve ser de cimento liso e as paredes com azulejos com cerca de 1 metro de altura, tudo isso para facilitar a limpeza e diminuir o risco de contaminações.
    Tendo como base as aulas teóricas, a UBS Francisco Fonseca segue todos os padrões estabelecidos pela RDC-50. Apresentando todos os componentes básicos para um bom funcionamento. Possui 4 equipes de atenção básica(1 médico, 1 enfermeiro, 1 auxiliar de enfermagem e 8 agentes sanitários), além disso possui dentista e auxiliar de consultório dentário. A unidade é referência em ginecologia e psiquiatria, por isso cobre uma área maior nesses serviços. No geral a UBS atende bem a população, com a marcação de consultas semanais para os médicos ou dentistas, com um limite máximo de 30 pacientes por dia e deixando espaço para os casos de emergência aguda, mas principal ponto é que mesmo os pacientes que não são atendidos no dia, pelo menos são ouvidos, respeitando assim pelo menos alguns princípios básicos do SUS. Mas como sempre, existem problemas, como o que foi dito pela gerente da UBS Jennifer Gomes; com o aumento da população na região por causa da expansão imobiliária a demanda passou a ser maior e a unidade por causa do espaço físico limitado não tem condições de atender a todos, muitas vezes os médicos não ficam durante todo o expediente, pois não tem consultórios para atender ao paciente, além do numero de equipes que não tem como suprir mais toda a população. Acredito que as reformas (físicas e na equipe) que estão planejadas para acontecer devem ajudar nesses problemas. Um ultimo ponto levantando pela coordenadora da unidade foi a dificuldade em conseguir equipamentos e resolver problemas relativamente simples na unidade, outras unidades são postas como prioridade, pois estão em condições piores. Isso mostra que o governo ainda não tem dado o suporte necessário para a atenção primaria de saúde, lembrando que cerca dos 80% dos casos podem ser resolvidos nas UBS.

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  27. Tacianne Rolemberg Braga

    Pela Política Nacional de Atenção Básica, 2006, fica estabelecido que a Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios bem delimitados, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas populações. Utiliza tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade, que devem resolver os problemas de saúde de maior frequência e relevância em seu território. É o contato preferencial dos usuários com os sistemas de saúde. Orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social.
    Através da visita na UBS Francisco Fonseca, podemos observar que a estruturação do nosso Sistema de Saúde baseia-se na tentativa de seguir os moldes acima propostos. Há uma organização desde estrutura física até a via final de atendimento. Quanto a estrutura física, constatamos que a Unidade possui um amplo espaço, com áreas específicas para o atendimento da população e seguindo as normas propostas, com corredores de consultórios e procedimentos, seguindo o mapa de fluxo. No tocante ao atendimento à população, a unidade possui 4 Equipes de Saúde da Família, com PSF ampliado, fornecendo além do atendimento clínico e odontológico, também atendimento pediátrico, ginecológico e psiquiátrico, sendo referência nestes 2 últimos em 5 unidades. A unidade tenta fornecer atendimento a toda população de forma igualitária, através do sistema de marcação por territórios. Fornece à população os medicamentos que estão na RENAME, medicações controladas e ginecológicas.
    Apesar disso, o sistema não é capaz de suprir a necessidade da população da área. Falta estrutura física para comportar todos os atendimentos necessários, além da falta de manutenção nos equipamentos. As 4 equipes estão supercarregadas, para suprir o crescimento populacional provocado pelas áreas de expansão e pelos prédios. Há também a falta de compromisso de alguns profissionais que acabam por não cumprirem os horários que são de sua responsabilidade.
    Sejamos justos, a todo momento somos bombardeados por críticas ao SUS, a maioria delas parte de pessoas que não têm conhecimento da estruturação do sistema, do financiamento e das dificuldades na sua aplicabilidade. É certo que existem pontos falhos, porém temos que admitir que a Atenção Básica é imprescindível, sendo a primeira porta no atendimento dos usuários do sistema e direcionando-os para um possível atendimento mais complexo.
    Política Nacional de Atenção Básica http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_atencao_basica_2006.pdf

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  28. (Lucas Oliveira Carvalho Almeida)
    A visita foi realizada na unidade básica de saúde Francisco Fonseca como uma atividade incluída na aula prática. Esta unidade atende em média 22000 pessoas e atualmente é uma referência sendo uma Unidade básica de saúde ampliada, incluindo ginecologia, psiquiatria, psicologia e assistência social. A apresentação da Unidade foi feita pela professora Ana Débora que explicou de forma bastante coerente sobre estrutura e as funções desenvolvidas nessa unidade.
    Logo no inicio foi apresentado a estrutura da UBS que me surpreendeu bastante, pois é bem diferente do que pensava. Achei a Unidade bastante organizada e bem estruturada e de acordo com as normas. Essas normas são estabelecidas pela Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA) por meio da Resolução-RDC 50. A RDC-50 é um regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos dos estabelecimentos assistenciais de saúde. A professora nos explicou alguns detalhes sobre a estrutura que são essenciais para o bom funcionamento desta UBS e para melhor higienização: o piso tem que ser de cimento de alta resistência e fácil de higienizar; os azulejos tem que ser colocados ate a metade também para facilitar a higienização;a presença de banheiro em consultório ginecológico para garantir a intimidade da paciente e que a distribuição das salas obedecem um critério de fluxo,ou seja, primeiro os consultórios e as salas de observação e a de curativo por último mais próxima do expurgo, onde são eliminados os dejetos.Logo na entrada observamos a sala de espera com uma boa quantidade de cadeiras e a parte da recepção onde os pacientes e também os visitantes podem obter informações dentre outras atribuições. Esta unidade inclui salas como a de imunização, de observação, de curativos, de nebulização, de esterilização, ginecologia, clínica médica e pediatria. Nas salas havia aparelhos básicos para cada tipo de consulta. A unidade ainda inclui sala de expurgo, almoxarifado e copa.
    Outro ponto que me chamou a atenção nesta UBS foi que ela é referência na farmácia para medicamentos psicotrópicos, e na farmácia em geral. Entretanto, esse atendimento não é só para 22 mil pessoas, esse número é muito maior porque o atendimento é feito para qualquer pessoa que tenha o cartão do SUS e muitas vezes não ocorre a verificação do endereço para saber se aquele paciente pertence mesmo à comunidade.Acredito que isso seja um dos grandes erros desta UBS já que devido a isso acaba que a demanda é muito maior do que a oferta prejudicando aqueles moradores que de fato são cadastrados para esta UBS



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  29. (continuação) Lucas Oliveira Carvalho Almeida
    O Programa Saúde da Família pode ser entendido como uma estratégia para reverter a forma atual de prestação de assistência à saúde e também uma proposta de reorganização da atenção básica como eixo de reorientação do modelo assistencial, respondendo a uma nova concepção de saúde não mais centrada somente na assistência à doença mas, sobretudo, na promoção da qualidade de vida. A unidade Francisco Fonseca consta de 4 equipes de PSF e cada equipe é composta por: médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, dentistas, auxiliar de dentista, assistente social e agentes de saúde. Os 4 médicos estão todas as manhãs,o que geralmente não ocorre no período da tarde. No período da tarde, 2 médicos estão atendendo na unidade e 2 realizando visita domiciliar ou realizando atividades educativas fora da unidade(escolas,creches...).Nesta unidade, as consultas são agendadas semanalmente. Na segunda-feira ocorre a marcação das consultas que deverão ocorrer na semana subseqüente. No entanto, o atendimento nem sempre é feito dentro de uma semana devido à alta demanda e também porque alguns pacientes têm prioridade no atendimento como no caso dos idosos, deficientes e pacientes com doenças crônicas. Os pacientes acamados, ou seja, que estão impossibilitados de irem à unidade, têm visita em casa feita por médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem, assistente social e agente de saúde.
    Conforme apresentado em sala de aula, a UBS faz parte da atenção primária à saúde sendo, portanto, a porta de entrada ao Sistema Único de Saúde(SUS). Essas instituições tem como objetivo principal oferecer os serviços de medicina preventiva e curativa à comunidade local. Acredito que o PSF implantado nesta UBS segue coerentemente com o modelo de atendimento assistencial, de educação preventiva realizando consultas, tratamento, vacinação, pré-natal e outras atenções que visem a manutenção da saúde das famílias cobertas pelo programa, aproximando as equipes que atendem as famílias cadastradas e acompanhadas por profissionais com atendimento no próprio domicílio.
    A visita foi realmente enriquecedora para mim já que me mostrou um outro olhar sobre o SUS que desconhecia. Pensava que alguns conceitos só existiam na teoria. Observamos de fato como funciona uma Unidade básica de saúde e a importância de profissionais capacitados para planejar, organizar, desenvolver e avaliar ações que respondam às reais necessidades da comunidade, articulando os diversos setores envolvidos na promoção da saúde.

    Referencias:
    http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_humanizasus_atencao_basica.pdf
    http://bvsms.saude.gov.br/bvs/public

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  30. Natally Leite de Castro

    Em nossa primeira aula prática da disciplina tivemos acesso a uma Unidade Básica de Saúde (UBS); a principal porta de entrada ao Sistema Único de Saúde (SUS); um centro em que é desenvolvida a Estratégia de Saúde da Família (ESF).

    Do diálogo com a professora Ana Débora e com uma das auxiliares de enfermagem que trabalha na UBS Francisco Fonseca, obtivemos informações sobre as atividades desenvolvidas pelos membros desse centro de saúde e sobre sua estrutura física.

    Localizada no bairro 18 do Forte, a UBS em questão é uma unidade básica de saúde ampliada, sendo referência em Psiquiatria, Ginecologia e Psicologia, e recebendo, portanto, encaminhamentos de outras unidades. São quatro as equipes de saúde do Programa de Saúde da Família (PSF) dessa unidade. Cada equipe contendo: um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e oito agentes de saúde. A UBS oferece cobertura para cerca de vinte e duas mil pessoas, segundo o SIAB, mas tal quantidade é maior não só por conta dos encaminhamentos para os serviços de referência, mas também devido à chegada de pessoas portadoras do cartão do SUS, que não têm seus endereços devidamente verificados, e que estão em busca de remédios.

    Sobre a estrutura física do local, pudemos constatar a aplicação das normas estabelecidas pela Resolução RDC 50 da Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA): os azulejos de cada parede precisam ocupar sua metade, a partir do piso; este último é de cimento de alta resistência; o consultório ginecológico se diferencia dos demais pela presença de banheiro; a distribuição das salas segue o critério de fluxo da contaminação (consultórios, salas de observação, sala de curativo, expurgo; necessariamente nessa ordem). Tanto o material utilizado nas paredes, quanto aquele utilizado no piso foram escolhidos por serem de mais fácil higienização.

    Quantos aos ambientes presentes na UBS, observamos: recepção, sala de espera, sala de reuniões, sala de procedimentos odontológicos, farmácia, consultórios, sala de imunização, sala de acolhimento, sala de observação, sala de coleta, sala de nebulização, sala de curativo, sala de esterilização e expurgo.

    Aprendemos sobre a importância da interação entre uma unidade básica de saúde e os níveis de média e alta complexidade; de um acolhimento bem feito, através do qual o paciente será ouvido e uma boa triagem será realizada; de pacientes que frequentem a UBS de sua região, ao invés de sobrecarregar uma Unidade de Pronto Antendimento (UPA) ou um hospital, como o Hospital de Urgências de Sergipe (HUSE); de médicos com postura ética, que cumpram os horários de atendimento aos pacientes e que solicitem exames complementares se os mesmos forem, de fato necessários (já que a demanda diária de exames pelo SUS costuma ser bem maior que sua oferta, o que sobrecarrega o trabalho do Núcleo de Controle de Auditoria, Avaliação e Regulação- NUCAAR- e gera esperas longas, até para os casos mais graves, para os quais a realização de certo exame pode mudar completamente seu prognóstico).

    A ida à UBS foi bastante proveitosa no sentido em que expôs o que há de bom e de deficitário na porta de entrada ao SUS. Através do reconhecimento das deficiências presentes em um centro de saúde como esse, poderemos atuar no sentido de reduzi-las, caso, em um futuro próximo, trabalhemos como médicos em umas das vias de acesso ao SUS.

    Referência: http://www.sbmfc.org.br/media/file/documentos/relatoriofinal_portugues.pdf
    Acesso em 05 de Março de 2013, às 21 h.



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  31. RELATÓRIO DA VISITA AO POSTO DE SAÚDE FRANCISCO FONSECA
    Na visita ao posto podemos observar vários aspectos relacionados à atenção básica de saúde,desde a composição da estrutura física até a estrutura organizacional ,podendo assim, aprender um pouco mais do funcionamento da atenção primária.
    A unidade de saúde é composta por uma recepção,uma sala de reuniões,uma sala de espera, o corredor dos consultórios e o corredor dos procedimentos,onde são feitos curativos , nebulização e imunização. Temos ainda nessa unidade uma farmácia,na qual podem ser encontrados medicamentos como os que tratam hipertensão e diabetes. Essa unidade é uma das 4 em Aracaju que é referência para distribuição de medicamentos controlados .Quanto à estrutura física a unidade segue as normas,visto que o piso é de alta resistência,as paredes são revestidas e o consultório padrão que possui maca, balança de adulto e de criança,tensiômetro, estetoscópio, fitas métricas. Porém observamos que a espaço físico é pequeno para o contingente populacional que ela cobre e por isso, por exemplo, o acolhimento em saúde mental é feito apenas 3 vezes por semana.
    Quanto a estrutura organizacional, a gerente Jenifer descreveu que existem 4 equipes de PSF, cada uma composta por um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e oito agentes de saúde. Além disso, esse posto funciona como um PSF ampliado,pois possui algumas especialidades: 4 ginecologistas,psiquiatras e pediatras,tendo também psicólogos. Por causa dessa ampliação ele é referência em psiquiatria para 5 outras unidades de saúde,que são o Cândida Alves, o José Mirtiliano, o Maria do Céu, o Osvaldo de Souza e o próprio Francisco Fonseca,na unidade são atendidos os casos leves de saúde mental,porque os graves são encaminhados para os CAPS. A unidade também é referência em saúde da mulher para 5 unidades: o Eunice Barbosa, o José Mirtiliano, o José Augusto Barreto, a unidade do Porto Dantas e o Francisco Fonseca.
    O cadastramento de pessoas que moram na região é feito no SIAB,no qual aparecem aproximadamente 22.300 pessoas, porém não entram nessa conta as pessoas que fazem parte dos outros postos para os quais esse é referência. Cada agente de saúde é responsável por 300 famílias,quando a teoria diz que cada equipe de saúde da família tem que ficar no máximo com 4000 pessoas.
    O agendamento de consultas é feito semanalmente,sendo um dia para cada equipe(rosa , verde, cinza e azul),para isso todos que chegam ao posto são ouvidos,passam por uma triagem,que se baseia no princípio da equidade e será atendido primeiro quem tem mais urgência. O trabalho com hipertensos e diabéticos é diferenciado pois a pessoa já sai da consulta com a seguinte marcada, de 2 em 2 meses ou ele vai para o médico ou para o enfermeiro. Dentre as vagas disponibilizadas diariamente tem-se aquelas reservadas para a demanda imediata,duas vagas destinadas a casos que não podem esperar.
    Pudemos observar alguns problemas no funcionamento das atividades do posto como o pequeno espaço físico,o que contribui para o não cumprimento da carga horária do médico e a grande demanda,que às vezes retarda as consultas e os pacientes acabam procurando grandes hospitais,para resolver problemas simples,sobrecarregando assim, o sistema.
    EVERLYN B G LIMA

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  33. Primeiramente, antes de qualquer comentário à respeito da nossa visita à Unidade Básica de Sáude Francisco Barbosa cabe avaliarmos o que se diz sobre o SUS. De acordo com suas propostas de fornecer o primeiro contato, o apoio preventivo de forma humanizada e igualitária, tal sistema se faz presente seja quem for O usuário(rico ou pobre, branco ou negro, independente de quem seja). Daí ja se pode ver o tamanho do desafio que é a sua contemplação e os desafios que ele passa. Além disso, o tamanho do nosso páis, o fato de ainda existir desinformação à respeito de qual UBS procurar e quando procurar contribuem para sua consolidação. Mesmo com esse panorama tão desfavorável, tal sistema vêm através de tantos desafios sendo implementado e agrada muitos daqueles que perecem desse serviço, mesmo existindo alguns entraves como pudemos observar (por exemplo, falta de infra-estrutura e horários de médicos). Antes de criticar, é preciso conhecer. Assim, comecemos a visita.
    O que foi visto e nos passado inicialmente, foi como era a organização e o porquê de certas cores de alas ou azulejos. Nada é por acaso. A forma como se apresenta está baseada, por exemplo, em aconselhamentos da Vigilância Sanitária como o fato de existirem azulejos até metade da parede para facilitar a limpeza dos mesmos.
    Além disso, foram vistas algumas salas como a de curativos, nebulização, vacinação, expurgo, etc. Tais salas são organizadas baseadas em serem "limpas" ou "sujas", essas ultimas tem como exemplos a de curativo e a de expurgo que se localizam nos finais dos corredores.
    Há 4 equipes constituidas por médicos, auxiliares de enfermegem, enfermeiros , dentistas, auxiliares de dentista, assistentes sociais e agentes de saúde. O UBS que visitamos abrange cerca de 22mil pessoas, sendo que esse valor é subestimado. Tal serviço é referência para 6 áreas da região e ainda para outras cinco unidades por se tratar de um serviço que é exemplo de atenção à saúde da mulher e à psiquiatria, principalmente casos mais leves. Isso se deve pois há no posto o que se chama de PSF ampliado que nada mais é que além de englobar os serviços de clínica geral e odontológica, fornece ainda serviços pediátricos, psiquiátricos e ginecológicos.
    Há dois turnos de funcionamento (manhã e tarde), mas que na verdade é mais ativo pela manhã devido a menos horários fornecidos pelos médicos e o fato de ocorrerem turnos em creches, escolas e visitas às casas exatamente feita pelas equipes nesse turno. Isso pode contribuir para situações prejudiciais para aqueles que necessitem de quadros agudos nesse turno, como por exemplo, pacientes hipertensos eou diabéticos. As equipes são divididas de acordo com quatro cores: rosa, cinza, azul e verde. Tal modelo facilita a disponibilização da marcação das consultas que têm uma característica que deve ser sempre objetivada por todos nós, a rapidez com que se marcam consultas sejam elas de primeira vez ou retorno. No máximo, espera-se 15 dias por uma consulta. E pacientes mais frágeis têm maior importância como se vê no tratamento ministrado às gestantes, crianças, idosos, pacientes com crises agudas e outros.
    Eduardo comentou anteriormente, sem romantismos ou ufanismos, o modelo que nós tivemos a oportunidade de conhecer é o melhor que temos para diminuirmos o tão sobrecarregado modelo hospitalar no qual as pessoas crêem que seja o que irá resolver melhor seu problema. Além disso, nosso colega Arnaldo foi muito feliz ao citar que os preconceitos à respeito do SUS foram rompidos, já que o comprometimento dos profissionais perante tantos entraves existentes e a forma como esse serviço é prestado me parece ser imprenscindível para os seus usuários (fato esse visto até mesmo pelo olhar das pessoas que felizmente me surpreendeu e que difere muito do que já visto por mim em serviços até mesmo particulares). Isso nos mostra o quanto é fundamental que exista esse modelo que é bastante interessante e signficativo por nos permitir o que nós nos propomos a sempre buscar: o auxílio à vida.

    FELLIPE SÁ MENEZES


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  34. http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/visualizar_texto.cfm?idtxt=28345http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/visualizar_texto.cfm?idtxt=28345
    bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_estrutura_ubs.pdf
    http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/ateprisau.html

    FELLIPE SÁ MENEZES

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  35. Parte I

    À guisa de um início, poderíamos colocar em pauta os termos que definem o primeiro nível de atenção à saúde. No Brasil, dois termos são mencionados quando se faz referência a esse primeiro nível de atenção: “Atenção Básica” oficializada pelo Governo Federal já nos contornos iniciais da gênese do SUS. E “Atenção Primária à Saúde”, usada mais hodiernamente, na maioria dos documentos oficiais da União (GIL, 2006). Porém, indo além, dessas questões nominológicas, e utilizando ambas as determinações como sinonímicas, voltamos a setembro de 1978, especificamente nas proposições da Alma-Ata (OMS, 1978), que propôs o entendimento da Atenção Primária à Saúde como uma função central dos sistemas de saúde, integrando um processo permanente de assistência, que incluísse desde a prevenção e promoção até a cura e reabilitação (GIOVANELLA, 2008). A partir desses delineamentos, ao pensarmos na UBS visitada, podemos compreender inicialmente o nível de importância materializado na Atenção Primária, especialmente no papel primordial das Unidades Básicas de Saúde.

    A UBS Francisco Fonseca, situada na Rua Álvaro Maciel, bairro 18 do Forte, conta com 4 equipes do Programa de Saúde da Família (PSF), 2 equipes do Programa de Saúde Bucal, além de psicólogos e médicos especialistas em ginecologia, pediatria e psiquiatria, constituindo um modelo de UBS ampliada. Logo de inicio, ao primeiro contato com a UBS, cai por terra o conceito equivocado de que Atenção Primária no SUS é saúde barata e sem qualidade, para pessoas pobres. Pelo contrário, a medida que a funcionária da UBS, que nos recepcionou, discursava, o que ficava evidente era o caráter universal e integral daquela UBS, envolvendo ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, constituindo uma real porta de entrada preferencial dos cidadãos ao Sistema de Saúde.

    No Brasil, o Programa Saúde da Família (PSF), lançado em 1994, representa certamente a proposição de mais largo alcance para organização da Atenção Primária no país (BRASIL, 1997). Como dito, o Francisco Fonseca, conta com 4 equipes, que em consonância com a política da Atenção Primária, não apenas oferecem atendimento ambulatorial, circunscrito ao consultório, mas onde também existe um atendimento domiciliar em casos especiais como pacientes acamados, além de alguns grupos de trabalho com a população, formados por todos aqueles que participam da rotina da UBS. Esses grupos de trabalho voltam-se para algumas realidades focais da comunidade a fim de trabalhá-las melhor, como grupos de Saúde Mental, Diabetes, Tabagismo e Planejamento Familiar.

    Vale ressaltar, que a partir dos relatos da funcionária que nos recebeu na UBS, tem-se a sensação, talvez até a certeza, da vital importância dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) no processo da atenção básica de saúde, sendo eles a base de todo o sistema. São os ACS que colhem os dados primários das famílias assistidas, as cadastra nos sistemas de informação, e estão em relação primeira e direta com essas famílias nas visitas domiciliares. Segundo informado, a Unidade consegue ter uma boa resolutividade nas suas ações, tanto no que se refere à promoção, prevenção e recuperação da saúde, o que assinala para a importância estratégica da Saúde da Família, na missão de resolver no mínimo 80% dos problemas de saúde da sua população.

    André Filipe dos Santos Leite

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  36. Parte II

    Foi interessante também entender a lógica estrutural física das unidades, apontando para uma estilística espacial do lugar, no qual um fluxo contínuo de serviços de saúde é instaurado, apontando para onde as salas serão colocadas. Percebe-se um cuidado desde o formato e material usado nos pisos, nas paredes, até a disposição lógica das salas, construindo um fluxo de saúde, um encadeamento coerente de modo a evitar contaminações. Temos no primeiro corredor a seguinte ordem: recepção, arquivo, administração, acolhimento, imunização, observação, nebulização, curativo, esterelização e expurgo. No segundo corredor, observam-se os consultórios e a farmácia.

    Por fim, podemos constatar que apesar das críticas constantes e do estereótipo negativo da saúde pública produzido essencialmente pelas mídias, a UBS Fernando Sampaio, encontra-se em completa consonância e simbiose, no que tange aos objetivos de promoção da saúde, a prevenção de agravos, tratamento e a reabilitação (MATTOS, 2009), ajudando a desmistificar mitos e desfazer preconceitos contra o SUS. Ainda falta muito, é fato, mas muito já foi feito.


    Referências:

    BRASIL, Secretaria de Assistência à Saúde, Ministério da Saúde. Saúde da Família: uma estratégia para a reorientação do modelo assistencial. Brasília: DF, 1997.

    GIL, Célia Regina Rodrigues. Atenção primária, atenção básica e saúde da família: sinergias e singularidades do contexto brasileiro. Cad. Saúde Pública. 2006, vol.22, n.6, pp. 1171-1181.

    GIOVANELLA, Ligia. Atenção Primária à Saúde seletiva ou abrangente? Cad. Saúde Pública. 2008, vol.24, sup.1, pp. 21-23.

    MATTOS, Ruben Araujo de. Princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) e a humanização das práticas de saúde. Interface (Botucatu). 2009, vol.13, sup.1, pp. 771-780.

    OMS, Alma-Ata, 1978, disponível em http://www.who.int/en/ Acessado em 06 de março de 2013.


    André Filipe dos Santos Leite

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  37. Visita à Unidade de Saùde Francisco Fonseca

    A Unidade Básica de Saúde é a porta de entrada para a inclusão e início de tratamento do SUS. A partir do conceito de Atenção Básica pode-se considerar que a missão da Unidade Básica de Saúde (UBS), independentemente da estratégia de sua organização, é desenvolver ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde, de modo a intervir no processo de saúde doença da população respeitando os princípios de integralidade, equidade e universalidade, ampliando a participação e o controle social com vistas à Vigilância à Saúde na defesa da qualidade de vida.
    Essa unidade é caracterizada como uma unidade ampliada devido à presença de outras especialidades médicas além do clínico geral, como ginecologista e psiquiatra. Existem quatro equipes de Saúde da família que fazem o trabalho dentro e fora da unidade, com seus devidos agentes comunitários. Conta com quatro equipes de Saúde da família. Distribui medicamentos e preservativos.
    O acesso ás consultas se dá a partir de uma triagem feita por algum profissional da unidade. Á esse processo chamamos de Acolhimento. Ou seja, a pessoa chega querendo uma consulta. Conversa com algum profissional e este vai fazendo uma fila de prioridades das consultas, então marca-se a consulta. Essa forma de atendimento veio, no Brasil, para quebrar a antiga forma em que a prioridade era a ordem de chegada. Devido a esse e a outros problemas houve uma urgência de mudanças e de novos rumo, culminando com a construção da Política Nacional de Humanização da Gestão e da Atenção à Saúde (PNH), também conhecida como HumanizaSUS, elaborada em 2004, como uma resposta a vários problemas e limitações identificados no processo de consolidação do Sistema Único de Saúde. (BRASIL, 2004a). O acolhimento seria, então, uma estratégia para promover reorganização do serviço de saúde, mudança do foco de trabalho da doença para a pessoa, valorização do potencial da equipe multiprofissional, garantia do acesso universal e equânime aos serviços de saúde, alcance de resolutividade dos problemas ou necessidades de saúde, promoção da Humanização na assistência e estímulo à capacitação dos profissionais, fazendo com que estes assumam uma postura acolhedora. (SILVA; ALVES, 2008). Nesse sentido o acolhimento teria o significado de colocar-se no lugar do usuário para sentir quais são suas necessidades e, na medida do possível, atendê-las ou direcioná-las para o setor da rede de saúde que seja capaz de responder àquelas demandas.
    Um outro aspecto que pode ser visualizado durante a visita foi a estrutura física da unidade. Com pisos, paredes, disposição das salas de consultas, vacinas, expurgo e etc, seguindo o estabelecido pelo Manual de estrutura física das unidades básicas de saúde da família. Segue um trecho do manual: “Para um ambiente confortável, em uma unidade básica de saúde, existem componentes que atuam como modificadores e qualificadores do espaço como, por exemplo:recepção sem grades, para que não intimide ou dificulte a comunicação e garanta privacidade ao usuário (...) Os materiais de revestimentos das paredes, tetos e pisos devem ser todos laváveis e de superfície lisa.”

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  38. CONTINUAÇÂO

    Visto que a unidade seguem uma padronização regida pelas normas do Ministério da Saúde, como a estrutura , regida pela RDC-50, e o acolhimento, regido pelo Humaniza SUS, que foi a coisa que mais me surpreendeu na visita, pois eu não sabia que funcionava desta forma, pode-se inferir que nem tudo fica só no papel como é de praxe no senso comum. A unidade, apesar de pequena, me pareceu ter uma “vontade” de estar sempre fazendo o melhor para a população que esta atende. E concordo com o último trecho da postagem do colega José Eduardo Hasman quando ele diz que, conhecer essa base do atendimento, a atenção primária, é essencial para o bom funcionamento e a boa prática da função, pois assim como não dá para criticar o que não se conhece, não dá para fazer um trabalho bem feito dentro de uma instituição à qual tem seus princípios e regimentos desconhecidos pelo profissional.



    http://www.sas-seconci.org.br/index.php/onde-atuamos/ubs-unidade-basica-de-saude

    WERNECK, A. F. V.; Implantação do acolhimento na Unidade Básica de Saúde Rita de Cássia Oliveira Eugênio em Caucaia- Ceará, Fortaleza, 2009.

    http://pt.scribd.com/doc/40154647/Manual-de-estrutura-fisica-das-UBS-saude-da-familia


    DULCILENE SANTOS AZEVEDO

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    1. meu texto ficou divido em quatro partes professora, visto que eu não consegui anexar de uma só vez. só esta assinado a primeira parte, no entanto, as demais foram postadas por wellington santana, e tem o nome continuação.

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  40. Jose Wellington Santana da silva, (Atividade I – Visita à Unidade Básica de Saúde Dr. Francisco Fonseca). Esta visita à Unidade de saúde esclareceu muito sobre como é a Unidade de saúde e, assim, podermos ter uma ideia de como a estrutura e o funcionamento desta Unidade Básica de Saúde e das demais que oferecem serviços básicos de saúde semelhantes, isto é, funcionamento da Atenção Básica no Estado de Sergipe e, portanto, poder construir uma crítica ao SUS. Tendo em vista que as Unidades Básicas são as portas de entrada ao usuário SUS, ou deveria ser, visto muitas vezes não é isto que acontece. Outra boa maneira de avaliar esse sistema é olhar seu funcionamento e estrutura na sua forma mais abrangente, as UBS estão de acordo com aquilo idealizado pela legislação do SUS. Com esse conhecimento podemos olhar de forma diferente do que é tido como consonância sobre o SUS. Ele não é perfeito, porém, é uma maneira de atender as necessidades em Saúde da população. por mais que pareça ser consensual dos estudantes de medicina sobre a saúde pública pode não passar de uma análise simplista de quem nunca a usou ou buscou conhecê. É de praxe as pessoas avaliarem o SUS por falarem que este é desarranjado e por isso não oferece um serviço lícito aos seus usuários. Porém, para fazer esse tipo de ponderação sem antes tê-lo conhecido, não sendo, portanto, coerente? Quem sabe por isso, a visitação à Unidade de Saúde Dr. Francisco Fonseca tenha sido muito proveitosa.

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  41. Airton Lima Noronha Junior

    Neste relatório trataremos da visita que foi feita à Unidade de Saúde da Família Francisco Fonseca, a qual ocorreu no dia 21 de fevereiro de 2013. Esta é uma unidade de saúde ampliada, o que significa que além dos integrantes de uma unidade básica de saúde (o médico generalista, o enfermeiro, o dentista, auxiliar de enfermagem, agente de saúde) temos também especialidades como psiquiatria e ginecologia, o que significa que pacientes de outras áreas são encaminhados para cá para realizar o atendimento por esses especialistas. Nele também são realizados procedimentos que noutras unidades não são, como cauterização, retirada de pólipos, etc. Esse posto é responsável por uma população de mais ou menos 22.000 moradores de áreas próximas, é supervisionado pelo SIAB e o agendamento dos pacientes é feito semanalmente. Existem quatro equipes na unidade e cada equipe cuida de uma área, sendo que esta é dividida ainda em micro áreas para facilitar a identificação e controle dos pacientes. As visitas são feitas (teoricamente) por médicos, enfermeiros e auxiliares e quanto mais necessitado e crítico for o paciente, mais visitas são feitas a ele. É importante ressaltar que mesmo pessoas que não fazem parte das áreas do posto, podem solicitar atendimento, tenta-se primeiramente encaminha-lo para o local correto, mas se não for possível e o paciente estiver necessitando de atendimento rápido, este pode ser realizado.
    Nós fizemos um tour pelo estabelecimento, para podermos conhecer melhor a estrutura física de um posto de saúde desses e tentar entender seu funcionamento. Primeiramente passamos pela recepção na qual é feita o agendamento de consultas e exames, além de possuir arquivos contendo os dados de todos pacientes que ali são atendidos. A sala de espera é ampla e confortável, com cadeiras suficientes para a demanda e televisão. As salas de atendimento são bem estruturadas e climatizadas. Existe ainda uma sala de reuniões, importante para reunir os usuários do posto com os agentes e estes entre si para debater o andamento e carências no atendimento. Há salas para enfermeiros, agentes de saúde, médicos generalistas, dentistas e, é claro, para as especialidades do sistema ampliado que conta com ginecologia e psiquiatria leve. É também um posto de vacinação, função de grande importância e presente em grande parte das UBS’s. Importante também é a sala de observação a qual possui dois leitos e onde são feitos alguns atendimentos iniciais de urgência, procedimentos básicos, observar pacientes descompensados diabéticos e hipertensos e manter os pacientes que à espera do SAMU. Na sala de curativos drenam-se abcessos, faz-se curativos, etc. A unidade é estruturada no sentido de diminuir ao máximo qualquer risco de contaminação, por isso a sala de imunização fica no começo e mais afastada fica a sala de expurgo, para onde é levado o material contaminado que é lavado e passado para sala de esterilização. É importante lembrar que existem prioridades dentro da unidade, por exemplo a imunização é a de maior prioridade, portanto se houver uma falta de funcionários em massa, os presentes serão desviados para esta, a sala de observação é outra sala que também tem prioridade.

    Continua----

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  42. continuação:
    Visitar a Unidade nos auxiliou não apenas na formação acadêmica, mas também na construção de uma opinião crítica sobre o Sistema Público de Saúde. Primeiro, porque pudemos conhecer sua estrutura e, segundo, porque pudemos ver seu funcionamento essa Unidade atende as exigências do SUS, apresentando adequada estrutura física segundo as normas sanitárias e tendo como referência o manual de infraestrutura do Departamento de Atenção Básica/SAS/ MS, da cor das paredes à disposição das salas. A sala de entrada ampla, de recepção, de espera, de reuniões, de observação e longos corredores nos quais os consultórios ficam dispostos (mais próximos à sala em que ocorre a observação do paciente) e as salas de curativo e expurgo que ficam mais distantes (em direção à área externa), sendo que esta última necessita de um horário bem definido de funcionamento para evitar o fluxo de materiais contaminados nas outras áreas que necessitam de adequada higienização, salas de nebulização, esterilização, imunização e de acolhimento. Pelo fato de ter alguns especialistas, trabalha como PSF ampliada atendendo a mais de 20 mil pessoas. A unidade Dr. Francisco é um PSF ampliado, nela há um assistente social acoplado a equipe de PSF que contém 3 pediatras, 3 ginecologistas, 1 obstetra, psicólogo e psiquiatra, 2 dentistas do PSF e 1 dentista de apoio. O trabalho do PSF não deve esquecer de ir a comunidade fazer a educação preventiva da população com o objetivo de reduzir os casos de agudos. O bom trabalho da Atenção Primária é de extrema importância para a saúde de uma forma geral, pois os sistemas que seguem os princípios da Atenção Primária à Saúde alcançam melhores resultados em saúde, maior satisfação dos usuários, maior equidade em saúde e menores custos. Quanto ao funcionamento, a unidade segue o padrão SUS. Assim, para o usuário marcar consulta basta levar o cartão SUS e a pasta família na própria unidade de saúde através de fichas. A unidade de PSF que possui quatro equipes organizadas por cores (rosa, azul, verde e cinza). Nessa unidade também são feitas pequenas cirurgias como: colocação de DIU. O atendimento a população é dividida em áreas e a marcação da consulta é dividida em um dia para cada área, por cores, realizada na própria unidade durante quatro dias da semana, a consulta ocorre em um prazo de 15 dias, tanto para o clínico como para o especialista. São 32 agentes de saúde, sendo 8 por equipe. O Programa de Saúde da Família (PSF) teve início em 1994 como uma estratégia de reorganização do modelo assistencial primário em saúde. Equipes multiprofissionais em Unidades Básicas de Saúde (UBS) acompanham um número determinado de famílias distribuídas em uma área geográfica delimitada. Essas equipes trabalham com ações de promoção de saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais frequentes, e na manutenção da saúde da comunidade assistida. Hoje o PSF é definido como Estratégia de Saúde da Família, dado o fato de que um programa tem metas de início, desenvolvimento e finalização, e a estratégia não prevê um tempo para finalizar essa reorganização da atenção primária. É positivo, já que fomos acompanhados e assistidos sempre que precisamos pela nossa professora e pela gerente da unidade. A alta resolutividade (alguns dizem 80% dos casos) pela atenção primária bem estruturada mostra o quão importante é a vivência na atenção primária, como pudemos ter agora na disciplina.

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  43. Airton Lima Noronha Junior

    O Programa de Saúde da Família (PSF) foi criado no intuito de mudar o sistema de atendimento à família no Brasil, criando o preceito de “médico na comunidade, não no ambulatório”. Porém não é isso que acontece na pratica, sendo que temos mais médicos hoje no ambulatório do que atendendo a família na sua casa. Quem vai às casas são os agentes de saúde, os quais já foram incorporados na unidade básica de atendimento. Eles reportam ao sistema sobre a situação de cada família sobre as quais eles são responsáveis, trazendo, por exemplo, dados sobre casos de hipertensão e diabetes na família, condições que são priorizadas no atendimento. Portanto cada integrante dentro da unidade de atendimento tem sua devida importância, com papéis maiores e menores, que juntos fazem com que esse programa seja relativamente eficiente.
    A Atenção básica à saúde (ABS) é uma estratégia usada no SUS para tentar minimizar gastos e maximizar a eficiência e o uso de recursos em saúde. Podemos dizer que é muito eficiente no que se propõem a fazer, pois retira dos grandes hospitais a responsabilidade de tratar doenças que podem ser facilmente resolvidas e medicadas, e permite que sobre mais recursos e que seja diminuída a lotação desses, fazendo com que pacientes mais graves e agudos sejam melhor atendidos e tratados. No Brasil a principal configuração da ABS é a saúde da família. Além do aspecto financeiro, o paciente do programa saúde da família teoricamente também recebe melhor tratamento, pois tem uma equipe à sua disposição e, teoricamente, é sempre atendido pelo mesmo médico o que permite uma melhor relação entre estes. Para pacientes crônico esse acompanhamento é importantíssimo, pois permite uma melhor avaliação da sua evolução. A visita pode ser também eficaz, pois permite uma avaliação das condições de vida do doente e sua família que podem influenciar na prevalência de certas doenças. A prevenção de doenças é onde esse sistema atua de forma mais eficaz. Existem também falhas no sitemas que precisam ser corrigidas. Por exemplo, qualquer pessoa de qualquer localidade pode se cadastrar em qualquer posto de saúde, basta ter um comprovante de residência, o que não é difícil de conseguir e não necessita comprovação, fazendo com que pessoas inclusive de outras cidades se cadastrem e consumam os recursos de outros locais. O que vemos também nas UBS’s é uma falta de poder resulivo muito grande por parte dos generalistas, os quais muitas vezes precisam encaminhar os pacientes para especialistas, muitas vezes sem necessidade, o que gera uma fila enorme para tais médicos, trazendo um outro problema. O que acontece é que a ABS no Brasil se especializou em prevenção e acompanhamento, mas esqueceu de dar valor parte diagnóstica e de tratamento (com algumas exceções como na diabets e hipertensão). Outro problema que podemos ver é o pedido exagerado de exames que também são muitas vezes equivocados ou por pura displicência do médico que os pede, o que gera também filas enormes para esses exames, apesar de alguns exames, como de glicemia, ultrassom, etc. não tem fila grande de espera. A falta de médico ou a troca constante de médicos também é um dos problemas, culpa muitas vezes dos baixos salários ou más condições de trabalho, também ajuda a quebrar os objetivos propostos pela ABS. Para concluir gostaria de dizer que ABS é um sistema que podemos dizer que cumpre seu papel, retirando a demanda dos centros de alta complexidade e jogando para atenção primária, mas ainda da para notar que está em fase de estruturação e precisa ser melhorado em vários aspectos, citados acima alguns.
    Referencia-
    Gérvas, Juan; Pérez Fernándes, Mercedes. Uma Atenção Primária Forte no Brasil: Relatório sobre como fortalecer os acertos e corrigir as fragilidades da estratégia de saúde da família
    Corrêan Matta, Gustavo; Morosini, Márcia. Atenção primária à saúde.

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  44. continuação:
    Essa divisão resulta numa maior organização das marcações de consultas e um melhor acompanhamento médico, agilizando o atendimento do usuário SUS para no máximo 15 dias, dando prioridades para alguns pacientes como gestantes, hipertensos e diabéticos. Os casos agudos, em contra partida, não são classificados por cor e podem ser atendidos qualquer dia pelo clínico presente. Quando necessário, o clínico geral pode solicitar a avaliação de um especialista, os pacientes que são encaminhados para especialidades que não tem na unidade pode ter sua consulta marcada através do SISREG ou via regulação. O Sisreg é um sistema de informações on-line, disponibilizado pelo DATASUS, para o gerenciamento e operação das Centrais de Regulação tanto de exames como de consultas em todo o município.
    Apesar de ter dificuldade em oferecer atendimento para algumas especialidades a Unidade em questão é referencia para uma serie de outros serviços: em saúde mental atendem a demanda de mais dez outras unidades; Em ginecológica de mais cinco outras unidades. Por ter um grande contingente de serviços e utilitários (chega a atender mais de 22000 pessoas), entretanto, a Unidade acaba se sobrecarregando e se não fosse a boa estrutura e a organização, tal atendimento seria impossível. Uma estratégia útil que é adotada (porém, poderia ser utilizada ainda mais) pela unidade para reduzir a demanda (principalmente de casos agudos) é o desenvolvimento de atividades na própria comunidade como campanhas educativas e assistência domiciliar. A unidade, ainda, é referencia farmacêutica em psicotrópicos na região de Aracaju, basta apresentar o cartão SUS e a respectiva receita médica. Assim acabam ocorrendo alguns problemas, pois muitas pessoas fazem cartões SUS em Aracaju mesmo não pertencendo à região para ter atendimento médico na regiam e poder usufruir dos medicamentos.

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  45. continuação
    A insatisfação da população, como um todo, com o sistema de saúde tem sentido. O SUS ainda tem muito a melhorar (não só na cobertura quantitativa, mas, principalmente na cobertura qualitativa). Entretanto, essa visita esclareceu quanto à organização da dinâmica dos postos de saúde. 3 pontos merecem destaque: o primeiro é que não devemos, nunca, fechar os olhos para os grandes problemas que o SUS tem para resolver, principalmente, na área da atenção primária; o segundo é que a população deve ser esclarecida acerca da dinâmica de funcionamento do sistema visto que a sociedade civil tem parcela de responsabilidade e deve contribuir para que essa dinâmica seja eficiente; e o terceiro portanto, apesar das críticas, não devemos, desconhecer a complexidade de uma USF e a eficácia que esta unidade representa para aquela comunidade.
    Do ponto de vista político mais geral, o desafio vai além da capacidade de mobilização do MS , devendo mobilizar as organizações da sociedade civil empenhada na busca de alternativas ao modelo vigente. Esse processo, heterogêneo em função das especificidades de cada estado e região, pode recolocar o debate político da área de saúde no contexto mais geral de busca de estratégias de desenvolvimento econômico e social, que contribuam para o que Boaventura Santos denomina "globalização alternativa (...) mais justa e eqüitativa que permita uma vida digna e decente à população mundial, e não apenas a um terço dela, como acontece hoje" (Santos, 2000:3). Considerando, ademais, as complexas relações estabelecidas entre o global e o local, vale a pena enfatizar o envolvimento dos dirigentes, trabalhadores de saúde e a população organizada politicamente em torno das suas demandas sociais, nesse debate, enquanto uma forma continuamente renovada de construção dos sujeitos da saúde coletiva (Minayo, 2001).

    portanto, a problematizarão continua do significado da saúde, não apenas enquanto uma área de política, um serviço, um modelo de atenção, todavia, sobretudo um modo de vida e um valor social, podem fazer parte do debate político e do processo de "apoderamento" (empowerment) que possibilite o incremento de práticas voltadas à construção de uma "sociedade de bem-estar social" (Dreifuss, 1997), utopia tanto mais necessária quanto mais distante, em tempos de inflexibilidade.
    Referencias
    1. MENDES, E.V. As redes de atenção à saúde. Organização Pan-Americana da
    Saúde, 2011.
    2. LILACS, MedLine, Biblioteca Cochrane, SciELO; e institucionais: Coleciona SUS, LILDBI, BVS MS.

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  46. Dimas Fernandes Vasconcelos Júnior

    Inicio o relatório sobre a visita a Unidade Básica de Saúde (UBS) Dr. Francisco Fonseca falando sobre a estrutura física que externamente tem um visual acolhedor, ao entrarmos tem-se a recepção, um espaço acolhedor e amplo, favorável ao fluxo, com uma boa identificação de serviços, boa iluminação e ventilação, material de piso e paredes que não favorecem a infecção, e uma boa sinalização dos serviços como se recomenda o manual de estrutura física das unidades básicas de saúde e a ANVISA.¹
    A equipe de profissionais composta por médicos (clínico geral, ginecologista, pediatra e psiquiatra), enfermeira e auxiliares de enfermagem, odontólogos, psicólogos e agentes comunitários, dando o aspecto multidisciplinar no qual é pregado para a saúde da família.
    A UBS é um dos meios no qual se acessa o Sistema Único de Saúde (SUS), sendo a UBS por teoria regional, o contato inicial com o SUS, sendo esse universal e integral, onde se tem por base a prevenção e promoção a saúde, um primeiro ponto em que se tem que prestar bastante atenção, já que por ter um aspecto regional, diversas vezes a unidade se depara com situações locais que lhe são peculiares e que a educação da população interfere no funcionamento da UBS. Pode-se inferir disso um aspecto negativo, fazendo com que a resolutividade dos problemas fique um tanto quanto defasada já que aumenta-se o número de encaminhamentos, talvez porque falte tecnologia já que se prega a prevenção e essa “não necessita” de tanto recurso ou talvez por falta de compromisso dos médicos nos postos, assim sobrecarregando algumas especialidades, já que 90% dos casos deveriam ser gerais, e resolvidos na saúde primária. Logo, isso implica no problema do conceito de integralidade, pregado pelo SUS, fazendo com que a teoria fique longe da prática. Outro problema é relatado na visita, é a redução da jornada de trabalho pelos médicos, e isso compromete o coletivo, afetando dessa maneira a população.²

    Porém, pode-se justificar alguns problemas encontrados nessa USB pela sobrecarga , talvez por ter serviços especializados, que favorecem ao encaminhamento para essa unidade de casos psiquiátricos e ginecológicos.
    A visita foi interessante para se observar a diferença teórica e prática do SUS, em que é normal em qualquer outro meio. Nota-se uma complexidade no sistema, em que num primeiro contato fica difícil entender o seu funcionamento, porém com a coleta de dados, tem-se uma noção do perfil da região, facilitando programas de promoção para a população em questão, tais dados colhidos pelo SIAB. O SUS apesar dos aspectos negativos que eu trouxe no meu relatório, tem o seu lado bom, principalmente ao atendimento da classe menos favorecida, que precisa primariamente de uma atenção preventiva, tratando a doença no seu estado pré-clínico através do programa saúde da família, trazendo os moldes generalista para o médico, afastando a cura e aproximando da prevenção que é o modo mas eficaz de se combater qualquer doença.²

    Referências:
    1-http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_estrutura_ubs.pdf
    2-Gérvas, J. Fernández, M. P. Relatório sobre Como Fortalecer os Acertos e Corrigir as Fragilidades da Estratégia de Saúde da Família, 2011.

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  47. Jordão Santana de Oliveira

    Na sexta-feira, 22 de fevereiro, os alunos da disciplina de Saúde Coletiva III visitaram a Unidade Básica de Saúde(UBS) Dr. Francisco Fonseca, localizada no bairro 18 do Forte, sob a orientação da prof. Ana Débora e da gerente da unidade, Jennifer Gomes.
    Esta unidade, apresenta em torno de 22 mil pessoas cadastradas no SIAB (Sistema de Informações sobre Ações Básicas), realiza o agendamento de consultas semanalmente, dando prioridade aos hipertensos e diabéticos, além da reserva de duas vagas extras para casos agudos. A liberação de exames e consultas ocorre na própria recepção através do SISREG. O acolhimento é realizado pelo psicólogo e assistente social, que escutam todos os pacientes com base no princípio da Equidade(priorizar casos emergênciais). A Unidade é referência em saúde mental, uma vez que realiza atendimento psiquiátricos, e sua farmácia distribui medicamentos controlados, inclusive, ginecológicos.
    Na sala de reunião, ocorreu uma explanação geral sobre a rotina da unidade, além da troca de experiência entre os alunos,professor e gerente. Jennifer citou diversas atividades que são desenvolvidas entre as diferentes faixas etárias e conforme a demanda da comunidade, como Educação em Saúde; Atendimento ao Hipertenso e Diabético; Saúde do Trabalhador; Saúde da Mulher, Saúde do Homem; Saúde do Idoso/Visita domiciliar; além de ações de Vigilância Epidemiológica; Saúde Mental e Saúde Bucal.
    A unidade é formada por quartro equipes de saúde da família(composta pelo médico generalista, enfermeiro, auxiliar de enfermagem, e agentes comunitários de saúde) e funciona de segunda a sexta pelos turnos da manhã e tarde. Essas equipes irão atuar em ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e manutenção da saúde, acompanhando integralmente a saúde da criança, do adulto, da mulher, dos idosos, enfim, de todas as pessoas que vivem no território sob sua responsabilidade.
    O Ministério da Saúde não recomenda que trabalhem numa mesma UBS mais que três ESF, devido às dificuldades de organização de agenda e dos fluxos operacionais que garantam as práticas de saúde necessárias ao modelo de atenção proposto pela estratégia de Saúde da Família. Entretanto, em realidades que já dispõe de uma rede física instalada para comportar um número maior de equipes; que a população a ser atendida apresente características de alta densidade, e que as distâncias para o acesso de toda população adiscrita a unidade seja faciliatado( viabilidade de acesso a pé), é possível prever mais que três equipes desde que se assegurem de áreas de recepção e salas em número adequado à realização das atividades, especialmente, quanto ao número de consultórios e equipamentos odontológicos.
    Cada Equipe de Saúde da Família é responsável por um número determinado de famílias. Recomenda-se que cada ESF acompanhe entre 600 e 1000 famílias, não ultrapassando o limite máximo de 4500 pessoas. Porém, alguma Equipes da Unidade Francisco Fônseca ultrapassam o valor máximo.

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  48. Jordão Santana de Oliveira

    continuação...

    O PSF é, antes de tudo, uma estratégia cujo principal objetivo é reorientar as práticas de atenção à saúde através da mudança do foco de atuação - do indivíduo para a família e para o ambiente onde ela vive. As principais mudanças esperadas com a implantação da estratégia de Saúde da Família presentes no modelo de assistência do PSF são mudança de enfoque, que ao invés de dar atenção à doença, a preocupação estará centrada na atenção à saúde; e atenção a todos os aspectos da saúde do indivíduo e de sua família - tanto os que merecem ações preventivas (tabagistas) como os que necessitam de ações de promoção da saúde (gestantes) ou curativas (pacientes em pós-operatório), através de contato à unidade básica de saúde da família e encaminhamento às unidades de referência, quando necessário.
    Através SIAB, pode-se avaliar os resultados obtidos com o desenvolvimento de atividades das equipes do PSF; estudar as características das pessoas, dos domicílios, e das condições de saneamento em que vivem as famílias sob responsabilidade das equipes. A avaliação das atividades do programa considera, ainda, os indicadores de saúde produzidos, o alcance das metas programadas, a satisfação da ESF e dos usuários, além de alterações efetivas no modelo assistencial.
    Com a Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS-SUS 01/02), foi criado o Piso de Atenção Básica Ampliado (PAB-A), que amplia mais 22 novos procedimentos da Atenção Básica, como ações de odontologia especializada e de apoio diagnóstico (glicemia capilar, teste de gravidez, eletrocardiograma e coleta para exame preventivo de câncer de colo de útero), que complementam a resolutividade desse nível de Atenção. Esta norma também define sete áreas de atuação estratégicas mínimas da Atenção Básica, que devem ser assumidas por todos os municípios brasileiros, respeitando o seu perfil epidemiológico, sendo elas, controle da tuberculose, eliminação da hanseníase, controle da hipertensão arterial, controle do diabetes mellitus,saúde da criança, saúde da mulher e saúde bucal.

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  49. Jordão Santana de Oliveira

    continuação...

    O Ministério da Saúde sugere que o espaço físico para uma Unidade, com até três ESF, seja composto de: sala de espera para paciente e acompanhantes; recepção; área para arquivo de prontuários; dois consultórios com sanitários; três consultórios; salas de vacina, de nebulização, de procedimentos, de utilidades; farmácia; almoxarifado; consultório odontológico; escovário; três sanitários; gerência e administração; depósito de lixo; depósito de material de limpeza; copa; sala de reuniões e educação em saúde; salas de lavagem e esterilização; e abrigo de resíduos sólidos. A Unidades Francisco Fônseca, apesar de atender grande parte dos requisitos sugeridos, não tem a devida capacidade de comportar as quarto ESF. Porém, já existe um requerimento de reforma, para que a Unidade possa oferecer um melhor serviço aos clientes.
    Através de uma breve entrevista com alguns usuários, foi possível perceber o grau de satisfação com o trabalho desenvolvido na comunidade e adjacências. Uma vez que, por se tratar de uma Unidade de Saúde Ampliada, a população é beneficiada com diferentes especialidades médicas (Clínico Geral, Ginecologistas, Pediatras e Psiquiatra), serviços de saúde bucal, além de Psicólogos e Assistentes Socias.
    A visita foi bastante importante para ampliar nossos conhecimentos a respeito de Saúde Pública, pois permitiu nos aproximar da realidade. E a partir daí reunir e organizar os conhecimentos provenientes da literatura, da explanação em sala de aula, e do contato com a comunidade, para que se possa solidificar uma visão crítica das políticas de saúde.

    Referências:

    1- http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_estrutura_ubs.pdf

    2-
    BRASIL, Secretaria de Assistência à Saúde, Ministério da Saúde. Saúde da Família: uma estratégia para a reorientação do modelo assistencial. Brasília: DF, 1997.

    3- http://dab.saude.gov.br/atencaobasica.php

    4-Gérvas, J. Fernández, M. P. Relatório sobre Como Fortalecer os Acertos e Corrigir as Fragilidades da Estratégia de Saúde da Família, 2011.

    4- http://enfermagemcefotej.blogspot.com.br/2010/03/programas-de-atencao-basica-saude.html

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  50. Raisa de Oliveira Pereira

    I Relatório de aula prática de Saúde Coletiva III:

    A aula prática realizada no dia 22/02/2012 teve como objetivo conhecer a unidade de atenção básica Francisco Fonseca e debater sobre os benefícios prestados por ela à sociedade, assim como, as intercorrências  que prejudicam o sistema.  
    Unidade Básica de Saúde é a porta de entrada para a inclusão e início de tratamento do SUS. A partir do conceito de Atenção Básica pode-se considerar que a missão da Unidade Básica de Saúde (UBS), independentemente da estratégia de sua organização, é desenvolver ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde, de modo a intervir no processo de saúde doença da população respeitando os princípios de integralidade, equidade e universalidade, ampliando a participação e o controle social com vistas à Vigilância à Saúde na defesa da qualidade de vida.  
    No primeiro momento da aula, nós fomos apresentados a estrutura física do Francisco Fonseca. Sua estrutura segue as normas recomendadas para um posto de saúde modelo, que vai desde um piso de alta resistência e sem reentrâncias até uma organização das salas de acordo com um mapa de fluxo formado por dois corredores, em que um deles estão dispostas as salas de atendimento clínico, enquanto no outro estão as salas de procedimentos (seguindo a ordem dos mais limpos aos mais potencialmente contaminados).
    Em um segundo momento, nós debatemos, na sala de reunião, a respeito da prestação de serviço que o Francisco Fonseca tem para sua comunidade. Trata-se de um posto que possui 4 equipes de PSF (em que cada uma delas possui 1 médico, 1 enfermeiro, 1 auxiliar de enfermagem e 8 agentes de saúde). E, além disso, tem a equipe ampliada com quatro ginecologistas, dois pediatras, dois psicólogos, um psiquiatra e um assistente social, sendo assim centro de referência de 6 unidades para saúde mental e de 5 unidades no atendimento a mulher. Foi esclarecido também que para uma maior organização e disponibilidade do serviço, as marcações de consultas ocorrem semanalmente, em que por dia são atendidas as pessoas já agendadas e ficam duas vagas para algum caso agudo que porventura apareça.
    No entanto, o sistema do posto continua sem abranger toda a população da comunidade. Quais são os problemas enfrentados pela APS? No Francisco Fonseca, notamos a existência de quatro grandes desafios: 1) Fortalecer a política de gestão de pessoas, 2) Resolver o problema da infra-estrutura para garantir que exista um consultório adequado para cada médico realizar suas atividades, 3) Efetivar o cumprimento da carga horária de 40h estabelecida pelo PNAB e 4) Agregar mais agentes de saúde para mapear áreas novas que estão a margem desse sistema. Ainda assim, o posto em questão consegue atender a mais de 85% dos procedimentos que são cabíveis a atenção primária de sua comunidade.  
    Foi muito importante essa nossa visita, para conhecer um pouco mais sobre as ofertas que o sistema único de saúde está proporcionando com êxito para nós e formar nossa opinião crítica acerca dos problemas que ainda persistem.

    Referência:
    http://www.sas-seconci.org.br/index.php/onde-atuamos/ubs-unidade-bas

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  51. Thayane Sobral Cardoso

    Em 22 de fevereiro de 2013, fizemos uma breve visita à Unidade de Saúde Básica Francisco Fonseca, localizada no Bairro Sanatório. Primeiramente, deve-se recordar o conceito de Atenção Básica ou Atenção Primária, a qual é um conjunto de intervenções de saúde no âmbito individual e coletivo que envolve: promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação; é desenvolvida sob a forma de trabalho em equipe, dirigida a populações de territórios bem delimitados, das quais assumem responsabilidades; utiliza tecnologia de elevada complexidade e baixa densidade, que devem resolver os problemas de saúde de maior freqüência e relevância das populações; é o contato preferencial dos usuários com o sistema de saúde; orienta-se pelos princípios da universalidade, acessibilidade (ao sistema), continuidade, integralidade, responsabilização, humanização, vínculo, eqüidade e participação social (SEMINÁRIO DO CONASS PARA CONSTRUÇÃO DE CONSENSOS, 2004). De acordo com o site http://www.aracaju.se.gov.br, Aracaju tem 43 unidades básicas de Saúde e cada unidade dispõe de equipes do Programa de Saúde da Família (PSF) de acordo com a população cadastrada. Na unidade em questão, percorremos o estabelecimento e recebemos algumas informações sobre como funciona aquela unidade específica. De modo geral, pode-se dizer que há um corredor de consultas e um outro de procedimentos. Neste último, a primeira sala é a da imunização, depois vem a sala de observação, e por fim, a última sala do corredor deve ser sempre o expurgo, isso é, e UBS estava de acordo. Esta exigência faz total sentido, pois o expurgo é onde as seringas, agulhas, gazes, enfim, onde o material contaminante utilizado na Unidade vai pra o lixo. Vimos também o consultório padrão, o qual contém balança, maca, mesa, otoscópio, e, nos consultórios ginecológicos, há também um banheiro para a paciente se trocar com privacidade. O piso e as paredes desse consultório têm que seguir um padrão, de forma a facilitar e otimizar a limpeza, evitando focos de bactérias no rejunte. Notei que as paredes, em alguns pontos, tinham infiltração e a tinta estava com um aspecto desgastado. Em alguns locais, como por exemplo, na Amazônia, há as chamadas salas multiuso, as quais dão imunização, drenam acessos, etc. Nesses casos, é necessário fazer uma escala para ocupação da sala, o que, a meu ver, pode se tornar difícil, tanto pela questão do compromisso dos profissionais (horário, frequência) , quanto pela questão da limpeza devida da sala.
    Em relação ao pessoal, a equipe de saúde da família é formada por um médico, enfermeiro, auxiliar e agente de saúde. A unidade possui 4 equipes de PSF completas, com 8 agentes de saúde em cada equipe. Além disso, a unidade possui 4 ginecologistas, 2 pediatras, 1 psiquiatra e 2 psicólogos, sendo, portanto, referência em saúde da mulher e mental. Um assunto discutido foi a questão do agendamento das consultas. Recentemente foi feita uma alteração no agendamento, sendo agora semanal, 1 dia por equipe. A coordenadora da Unidade nos informou que essa é uma nova tentativa, pois já ocorreram muitos problemas de paciente só conseguir vaga 2 meses depois. Atualmente, ela disse que a mudança está funcionando relativamente bem, apesar de que nem todo mundo que chega no dia consegue vaga. Todas as pessoas, de qualquer forma, são ouvidas por um profissional da Unidade, para que sua necessidade seja escutada, e, a depender, pode sim ser encaixado no dia (casos agudos, por exemplo). Achei interessante essa iniciativa, pois o paciente mesmo que não consiga o atendimento para aquela semana, pelo menos tem seu problema ouvido. Acredito que o profissional deve ser bem instruído para realmente explicar ao paciente porque que ele não vai conseguir vaga aquela semana, de modo a diminuir um pouco essa péssima imagem que o SUS possui.

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  52. Este comentário foi removido pelo autor.

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  53. (continuação)
    Hoje em dia, 22.300 pessoas estão cadastradas na área da Unidade,além dos pacientes que vêem referendados na saúde da mulher e mental, porém a coordenadora acredita que esse número está subestimado, e o que a Unidade atende é um número muito maior, sendo necessária, portanto, uma estrutura física melhor. Ela comentou que as mudanças devem ocorrer em breve, e essa deve ser uma das maiores dificuldades do SUS. Quanto se trata de dinheiro público, além da questão do desvio das verbas, há que se pensar numa distribuição justa do orçamento, pois vários estabelecimentos requerem uma reforma e um maior investimento, e há de se fazer uma lista de prioridade dos problemas e da unidade que está em situação de maior urgência. Foi discutido também um assunto que é polêmico, que é a questão do comprometimento dos profissionais das equipes. É de conhecimento que muitos médicos não cumprem a carga horária estabelecida, e diversos argumentos podem ser dados para tal conduta. Uns justificam que o salário não é justo, que as condições de trabalho são indignas, etc. Mas independente do argumento que se dê, acredito que a forma de mudar uma situação desfavorável não é faltando ao trabalho e deixando de atender paciente. A partir do momento que se assume um cargo, se assumem as responsabilidades morais e éticas, e esse tipo de atitude desviante só faz aumentar ainda mais as dificuldades enfrentadas pelo SUS. De acordo com o PARECER TÉCNICO JURÍDICO Nº 005/2010 do Ministério Público de Minas Gerais , independentemente do cargo ou função, todo e qualquer servidor (efetivo, função pública, contratado) deve fiel observância à sua carga horária. Nesse parecer, se discorre sobre a "dificuldade de implantação efetiva do Programa Saúde da Família ante a ausência de comprometimento dos profissionais, que não cumprem horário e fazem da atividade um 'bico', sobretudo médicos e odontólogos.'' (Belo Horizonte, 2010). Por fim, a Coordenadora da Francisco Fonseca fez um pedido a nós estudantes e futuros profissionais para que nós olhemos com mais carinho a Atenção Básica à Saúde, pois esta precisa urgentemente de profissionais preparados e dedicados ao trabalho.

    Referência bibliográfica
    http://www.aracaju.se.gov.br

    http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/conassdocumenta4.pdf

    https://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:cQ5uan6CflYJ:www.mp.mg.gov.br/portal/public/interno/arquivo/id/17302+PARECER+T%C3%89CNICO+JUR%C3%8DDICO+N%C2%BA+005/2010+do+Minist%C3%A9rio+P%C3%BAblico+de+Minas+Gerais&hl=pt-BR&pid=bl&srcid=ADGEESiD4CKWDzo_vqPjG162HA-T6oOhc9bWrRx_I-0rNr0HIAQ_-HIh_KA0tsRe3kil3bqRsKESrcRYAVkBw605AnSh7zBP9fqhAddz3UHl_4UJcFgRq0oj5b7ooQFA4eVyOV6MKNZD&sig=AHIEtbQ63XHiHK4vv3GjoRHUVhN76jYDew

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  54. Daniella Pereira Marques
    A Atenção Básica baseia-se num conjunto de ações coletivas para promover a saúde, detectar diagnósticos, prevenir doenças e promover educação em saúde. As ações são desenvolvidas em equipes de saúde em territórios bem delimitados, e baseiam-se nos princípios da universalidade, da acessibilidade, da integralidade, da humanização, da equidade e da participação social. A unidade tem a estrutura básica de uma USB, quatro equipes de saúde da família divididas em cores e sem classificação de risco. É um PSF ampliado, pois há especialistas, como ginecologista, pediatra, psiquiatra e psicólogo. É referência em ginecologia e saúde mental. Em relação à ginecologia, é referência para cinco unidades, assim como a psiquiatria. Os atendimentos feitos pela equipe de saúde mental são aqueles considerados leves; os demais são encaminhados para o CAPS. O acolhimento sempre é feito pelos psicólogos e o atendimento ocorre três vezes por semana. As consultas em geral são agendadas semanalmente. Há duas vagas para atendimento emergencial diariamente. Atualmente, 22 mil pessoas estão cadastradas no SIAB, mas a unidade atende uma quantidade muito maior, pois há paciente extra-área. Segundo a gerente Jenifer, a unidade está precisando de um remapeamento devido à construção de novos condomínios na região. Isto é importante, pois irá garantir os princípios básicos do SUS, que é a equidade e a integralidade. Algumas justificativas para a sobrecarga foram a estrutura física do posto e a quantidade de médicos. Foi questionada a sobrecarga das urgências hospitalares com casos que devem ser tratados na saúde primária. Acredito que isso resulta da falta de salas para atendimento ou má estrutura, médicos que atendem sem compromisso (até mesmo por favores políticos), pouco interesse dos recém-formados em seguir a carreira de generalista, não conhecimento das vagas de urgência nos postos de saúde,etc. A diferença díspare entre a quantidade de médicos do setor privado e do público foi explicitada no estudo “Demografia Médica no Brasil” feita pelo CFM associada com o CREMESP. O estudo comprovou que o setor público tem quatro vezes mais médicos que o privado. Esse mesmo estudo mostrou que, em Sergipe, 60.4% dos médicos são especialistas contra 39.6% de generalistas. Além disso, a maioria dos médicos jovens (29 anos ou menos) atuam como generalistas (81% não tem título de especialista), mas essa porcentagem começa a variar a partir dos 30-34 anos (58,2% especialistas) e acima de 35 anos 70% dos médicos brasileiros são especialistas. Acredito que muitos estudantes de medicina não são atraídos para a atenção primária pelo pouco contato com os profissionais generalistas, e vivência com os pacientes que frequentam os postos de saúde. Achei a estrutura física do posto muito agradável, com muitas cadeiras na sala de espera, equipamentos nos consultórios, farmácia bem equipada, higiene adequada, funcionários solícitos e educados. Qualquer pessoa que chega à recepção é escutada (isso nos foi falado pela gerente, e pude perceber na prática). A visita ao posto de saúde foi bastante proveitosa. É muito bom ver como grande parte dos trabalhadores do SUS, mesmo não conseguindo atender a todos no momento desejado, se esforçam ao máximo para suprir as necessidades dos pacientes, principalmente dos mais necessitados. Ainda devem ser feitas muitas melhorias nas unidades básicas de saúde, como melhorar a estrutura, agilidade em alguns exames, maior compromisso de alguns profissionais; mas também não se pode esquecer dos motivos de orgulho dos serviços oferecidos pela unidade básica, como vacinação ampla e gratuita, entrega de remédios (desde os mais simples até o tratamento completo da AIDS), acompanhamento contínuo de doenças como HAS e diabetes, pré natal, etc. http://www.cremesp.org.br/pdfs/demografia_2_dezembro.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_atencao_basica_2006.pdf Atenção Primária à Saúde (Gustavo Corrêa Matta, Márcia Valéria Guimarães Morosoni)

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  55. Na manhã do dia 22 de fevereiro, a prática de Saúde Coletiva foi a visita à Unidade de Saúde da Família Ampliada Francisco Fonseca, que fica ao lado do Hospital Universitário. A visita foi realizada com a supervisão da professora Ana Débora
    No local, fomos atendidos pela auxiliar de enfermagem dona Gomes, a qual nos recepcionou de forma prestativa e deu alguns esclarecimentos: Ela falou que a Unidade de Saúde da Família Francisco Fonseca é Ampliada porque tem outras especialidades como Psiquiatria, Psicologia, Ginecologia, Pediatria.
    Ressaltou a composição da Unidade: São 4 equipes de PSF que atende 22 mil pessoas na região. Para cada equipe há uma assistente social, e para cada 2 equipes de PSF há 1 equipe de saúde bucal. Cada PSF tem: 1 médico, 1 enfermeiro, 1 auxiliar de enfermagem, 1 Agente Comunitário de Saúde. A Unidade visitada possui: Sala de Observação, Sala de Imunização, Consultórios, Sala de Curativo, Sala de Nebulização, Sala de Esterilização, Sala da Enfermeira, Sala de Dispensário, Sala de Odontologia.
    Interessante destacar também a estrutura da unidade de saúde, a qual não é aleatória e tudo tem um sentido. Segundo a professora, ela segue uma resolução da ANVISA. A RDC-50 exige que o piso seja de cimento de alta resistência e de fácil higiene pra diminuir a contaminação; que as paredes sejam revestidas até a metade, por volta de 01 metro e 10 centímetros por azulejo pra fazer a limpeza; e que haja banheiros nos consultórios ginecológicos.
    Com relação aos médicos da unidade, ela revelou o sistema de trabalho: Quanto aos médicos, todos devem estar na unidade pela manhã. Já pelas tardes, duas delas eles têm que estar lá e as outras tardes são para atividades educativas, atividades direcionadas para algumas doenças, visitas e uma tarde de estudo. Essas visitas são voltadas principalmente a usuários que não podem ir ao posto, porque estão acamados.
    A impressão que eu tive foi que há uma lógica na formação das UBS, tudo há um sentido, a disposição das salas construindo um fluxo coerente de modo a evitar a contaminação. Tem-se a seguinte disposição : recepção, arquivo, administração, acolhimento, imunização, acolhimento, imunização, observação, nebulização, curativo, esterilização e expurgo.
    Esse modelo que conhecemos nessa visita é o melhor que temos dentro de nossa capacidade para diminuirmos a demanda do modelo hospitalar. Ainda existem muito a ser feito, mas muita coisa também já foi feita o que indica que esse modelo de atenção primária idealizado pelo SUS está dando certo, dentro de suas limitações
    REFERÊNCIAS
    http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_estrutura_ubs.pdf

    Nailson Alves

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  56. José Marcel Jhone Farias Lima

    As Unidades Básicas de Saúde (UBS) são a porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo desses postos é atender até 80% dos problemas de saúde da população, sem que haja a necessidade de encaminhamento para hospitais.
    Até setembro de 2011, o país contava com 38 mil UBSs. Nelas, os usuários do SUS podem realizar consultas médicas, curativos, tratamento odontológico, tomar vacinas e coletar exames laboratoriais. Além disso, há fornecimento de medicação básica e também encaminhamentos para especialidades dependendo do que o paciente apresentar.
    Em 2011, já foram selecionados 1.219 projetos para construção de UBS. Essas unidades serão construídas em cidades extremamente pobres. Até 2014, estão previstas mais de 25.520 UBS construídas, ampliadas ou reformadas, a partir do censo de infraestrutura da Atenção Básica. Terão prioridade os municípios do Programa Brasil Sem Miséria que ainda não foram contemplados pelos equipamentos.
    A expansão das Unidades Básicas de Saúde tem o objetivo de descentralizar o atendimento, dar proximidade à população ao acesso aos serviços de saúde e desafogar os hospitais.
    Pela Política Nacional de Atenção Básica, 2006, fica estabelecido que a Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios bem delimitados, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas populações. Utiliza tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade, que devem resolver os problemas de saúde de maior frequência e relevância em seu território. É o contato preferencial dos usuários com os sistemas de saúde. Orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social.

    A Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA) estabelece normas por meio da Resolução-RDC 50. A RDC-50 é um regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos dos estabelecimentos assistenciais de saúde. A RDC-50 exige uma estrutura que favorece o atendimento na UBS como piso de alta resistência e fácil higienização, azulejos até a metade da parede, banheiros pelo menos nos consultórios ginecológicos, e etc. É uma forma de padronizar a estrutura e consequentemente organizar a UBS.

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  57. Continuação....
    José Marcel Jhone Farias Lima

    A partir da visita à UBS Francisco Fonseca pude perceber que toda essa teoria faz sentido e pode ser aplicada na prática. É claro que existem problemas físicos como a falta de ar condicionado citada pela gestora que acarreta a perda de salas de atendimento pela impossibilidade de realização de consultas. Quero destacar que tive uma boa impressão geral da unidade visitada, pareceu-me muito organizada, pareceu-me também que atende aos padrões preconizados pelo SUS e pela RDC-50, é de acesso universal, conta com uma estrutura mínima e organizada para atendimentos além de ser referência para outras UBSs da região.

    A Unidade é composta por quatro equipes de saúde da família, que são divididas em cores, de acordo com o tipo de atendimentos. Além da presença em tempo integral de médicos na unidade, a unidade ainda conta com atendimentos especializados em ginecologia, pediatria e psiquiatria. Serve inclusive de referência destas especialidades para outras unidades, fato que aumenta o número de atendimentos, o que leva a uma sobrecarga da unidade, apesar disso em virtude da organização e do comprometimento dos funcionários isso não tem se mostrado como um problema.
    Referências:
    1- http://www.brasil.gov.br/sobre/saude/atendimento/unidades-basicas-de-saude
    2-http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_estrutura_ubs.pdf

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  58. A visita à Unidade Básica de Saúde (UBS) Dr. Francisco Fonseca, situada no bairro 18 do Forte, foi supervisionada por Ana Débora, professora da disciplina Saúde Coletiva III, com o objetivo de mostrar as atividades desenvolvidas pelas Equipes de Atenção Básica/Saúde da Família nas UBS, a estrutura da UBS de acordo com o número de equipes implantadas e a cobertura populacional, as características estruturais a serem observadas e as considerações de cada ambiente que integra a UBS.
    São algumas características do processo de trabalho das Equipes de Atenção Básica/Saúde da Família: definição do território de atuação das UBS; solucionar os problemas de saúde mais frequentes, considerando a demanda; interferir no processo de saúde-doença da população e ampliar o controle social na defesa da qualidade de vida; prevenir o aparecimento ou a manutenção de doenças e danos evitáveis; garantir o acesso ao apoio diagnóstico e laboratorial; realização de primeiro atendimento às urgências médicas e odontológicas.
    Apesar de todo o esforço das equipes, existem áreas que não estão cobertas pela UBS devido ao mapeamento inadequado do território. Assim, a população que se encontra à margem deste mapeamento aumenta a demanda da UBS visto que ela tem um limite de atendimentos baseado nos cadastros de sua área correspondente. Além disso, uma estrutura física inadequada e a sobrecarga das equipes retardam os atendimentos, prejudicando o controle dos problemas de saúde. A UBS Dr. Francisco Fonseca, por exemplo, possui apenas quatro equipes para atender entorno de 21 mil pessoas, enquanto o Ministério da Saúde recomenda cinco equipes para cobrir uma população de até 20 mil. Embora a rede física instalada desta mesma UBS não comporte o presente número de equipes, a gerente da unidade Jennifer Gomes garantiu que o estabelecimento passará por reformas estruturais para atender melhor a população.
    Quanto ao ambiente, a UBS Dr. Francisco Fonseca possui: recepção; sala de espera; gerência; sala de reuniões; consultórios; sala de procedimentos; sala de vacinas; sala de curativo; central de esterilização; expurgo. Esta UBS é referência por ter atendimento ginecológico, pediátrico, psiquiátrico e odontológico. No entanto, ela carece de sinalização para deficientes visuais e auditivos.
    A UBS Dr. Francisco Fonseca demonstrou ser uma unidade de referência apesar de suas deficiências. O mais importante é que as equipes estão dispostas a buscar alternativas que contornem as dificuldades, melhorando o atendimento à população e o funcionamento do sistema público de saúde. A visita, de maneira geral, foi bastante proveitosa principalmente por esclarecer a parte burocrática do sistema.
    Referências:
    http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/manual_estrutura_ubs.pdf
    http://bdtd.ufs.br/tde_arquivos/10/TDE-2010-02-10T081416Z-220/Publico/ROSANA_MARQUES_MENEZES.pdf
    Jéssica Lorena Prado Marques

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  59. Pedro Guimarães Santana

    Antes de tudo vamos ter em mente o que a mídia, o sensacionalismo, as redes sociais, enfim, o que grande parte, senão a maioria, da sociedade pensa a respeito do SUS, e consequentemente das UBSs. A idéia, como muitos devem saber,é de que o SUS é ineficiente, desorganizado, descompromissado,sendo objetivo, o SUS não presta. Guardemos essa idéia, pelo menos por enquanto.
    A Política de Atenção Básica (2006) consiste em um conjunto de ações de saúde no Âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. É importante frisar que para atingir esse objetivo, o trabalo não é realizado exclusivamente por médicos e nefermeiros como muitos pensam. Muito pelo contrário, há um trabalho multidsiciplinar, complexo, no qual os agentes de saúde tem importância fundamental (responsáveis pelo cadastramento dos usuários). Há portanto um verdadeiro trabalho em equipe, sendo este importantíssimo para o sucesso e evolução da atenção básica/primária. Além disso, deve-se mencionar que as unidades básicas de saúde funcionam a partir da fragmentação dos diferentes territórios, ou seja, cada unidade básica cuida de uma determinada população residente em uma certa área (pelo menos na teoria).é nesse cenário que entra os agentes de saúde, importantes na identificação e cadastro de tais usuários, além do acompanhamento como o decorrer do tempo.
    Fizemos uma visita à Unidade Básica de Saúde Dr. Francisco Fonseca, ao longo da qual percebemos que a mesma, tanto no aspecto físico, como no aspecto do trabalho humano, visava a atender as normas e ao padrão proposto pela Política de Atenção Básica e pelo Programa Saúde da Família (PSF). No que se refere à estrutura física, vimos que havia toda uma arquitetura voltada para os fins objetivados pela UBS,que aliás deve estar presente também em todas as outras UBSs. A UBS era espaçosa, seguindo as normas orientadas pela Anvisa (piso que evitava contaminação, paredes revstidas de azulejo até a metade), contava com consultórios e sala de procedimentos. Havia a recepção (onde se faz o agendamento de consultas e exames), a sala de espera ( com diversas cadeiras para o conforto dos usuários ainda não atendidos), a sala de reuniões (onde há os debates para a melhora e evolução do atendimento), as salas de enfermagem, dpos agentes de saúde, dos generalistas, dos especialistas, além das salas de vacinação (para imunização), de curativos ( drenagem de abcessos, curativos) e a sala de observação ( atendimentos iniciais de urgência, procedimentos básicos, observação dos pacientes diabéticos e hipertensos descompensados)
    Quanto ao aspecto do trabalho humano, deve-se mencionar que havia 4 equipes de saúde da família, que atendia à área, ao território atribuído às mesmas (de cada uma). Há o pessoal do atendimento clínicos (generalistas), odontológico, da enfermagem, os agentes sociais, além dos especialistas (ginecologistas e psiquiatras), uma vez que a unidade é referância no tratamento psiquiátrico e ginecológico ( há procedimentos inexistentes em outras UBS, como cauterização e retirada de pólipos). É importante ressaltar que há visistas regulares realizadas por médicos, enfermeiros e agentes de saúde.
    Continua...

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  60. Continuando...

    Como vimos há toda uma lógica, uma organização, uma estruturação por detrás do trabalho desempenhado pela UBS, o que nos permite relativizar aquela idéia inicialmente concebida no primeiro parágrafo. Pensamento este que é oriundo muito provavelmente de pessoas que não conhecem ou memso nuca viram ou participaram do sistema. Não quero dizer que não há falhas, uma vez que existem diversas. Como exemplo posso citar no caso do posto Francisco Fonseca a alta demanda, que sobrecarrega seus profissionais, muito provavelmente oriunda do crescimento populacional (surgimento de prédios, expansão do território)e de usuários de outras localidades em busca de atendimento especializado (lembrar que a ginecologia e a psiquiatria são referências nessa UBS). Outros problemas constantes, não só nessa unidade como em diversas outras são o descompromisso profissional, além da falat de manutenção adequada à estrutura física (equipamento, por exemplo).
    Portanto devemos abrir os olhos para as informações que nos são passada a respeito das UBS, uma vez que elas são de suma importância para o bom e adequado funcionamento do SUS, sendo a porta de entrada para esse sistema.


    Referências bibliográficas:
    http://dab.saude.gov.br/atencaobasica.php
    http://pt.scribd.com/doc/40154647/Manual-de-estrutura-fisica-das-UBS-saude-da-familia
    Política Nacional de Atenção Básica http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_atencao_basica_2006.pdf
    Corrêan Matta, Gustavo; Morosini, Márcia. Atenção primária à saúde



    Pedro Guimarães Santana

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  61. Anne Carolyne Lelis Oliveira

    A primeira visita correspondente á parte prática da matéria Saúde Coletiva III deu-se na Unidade Básica de Saúde (UBS) Dr. Francisco Fonseca (bairro 18 do Forte). Guiados pela professora da matéria, Ana Débora, fomos agraciados por conhecer a estrutura e o funcionamento da Unidade, de maneira íntima e sensata.

    Assim que chegamos, fomos conhecer as instalações da entidade. Conduzidos por Ana Débora, pudemos ter uma idéia de como é arquitetado fisicamente o espaço. Após a familiarização com a estrutura da Unidade, nos concentramos na sala de reuniões. Lá recebemos as informações funcionais da entidade, por meio de duas gestoras.

    Quanto à estrutura do local, percebe-se um ambiente organizado, limpo, bem dividido, arejado, com salas climatizadas. Apesar de os consultórios serem um pouco pequenos, possuem os equipamentos essenciais para uma atenção básica. No tocante à funcionalidade, a unidade está bem a frente de muitas outras entidades com o mesmo propósito. Digo isto pois trata-se de um PSF ampliado pois há especialistas, como ginecologista, pediatra, psiquiatra e psicólogo, subdivididos em 4 equipes. É referência em ginecologia e saúde mental. Além de que possui 2 vagas diárias para atendimentos de emergências.

    O grande problema atual que a UBS Francisco Fonseca enfrenta é a alta demanda populacional. É sabido que a equipe Saúde da Família da UBS deve se constituir tanto como o primeiro contato, como o contato longitudinal e perene do usuário com o SUS. Não é um local de triagem onde a maior parte dos casos é encaminhada para os serviços especializados. As UBS devem resolver cerca de 85% dos problemas de saúde da comunidade. Portanto, é necessário dispor de recursos estruturais e equipamentos compatíveis com a demanda que possibilitem a ação dos profissionais de saúde em relação a esse compromisso.

    Como citado por muitos colegas acima, a visita de unidade nos proporcionou um contato íntimo com a realidade da saúde pública da nossa cidade. Quebrou muitos paradigmas pre-existentes, e nos fez olhar o SUS com visão mais positiva e menos preconceituosa.

    Referências

    BRASIL, Secretaria de Assistência à Saúde, Ministério da Saúde. Saúde da Família: uma estratégia para a reorientação do modelo assistencial. Brasília: DF, 1997.

    http://www.ensp.fiocruz.br/radis/revista-radis/104/reportagens/o-sus-que-nao-se-ve (Adriano De Lavor, Bruno Dominguez e Katia Machado)


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  62. Raquel Mazzotti Cavalcanti da Silva

    Relatório de visita à UBS Francisco Fonseca (Atenção Primária)

    Assim como a colega Maria Augusta, esse não foi o primeiro contato que tive com uma unidade da atenção primária. Já tive a oportunidade de vivenciar o funcionamento de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) tanto como usuária quanto pelo PET. E, em todas as ocasiões, minhas expectativas foram superadas, seja por causa da estrutura física e organização, ou do poder de resolução das queixas dos pacientes.
    Na visita do dia 21 de fevereiro, conhecemos mais sobre a estrutura e o funcionamento da UBS e o seu papel na atenção primária. Uma UBS é porta de entrada de um sistema hierarquizado e regionalizado de saúde e tem um território de atuação definido, com uma determinada população sob sua responsabilidade. Nessa unidade, busca-se intervir sobre os fatores de risco aos quais a comunidade está exposta, além de prestar assistência integral, permanente e de qualidade e realizar atividades de educação e promoção da saúde. Para realizar suas funções, a UBS conta com sistemas de informação computadorizados para o monitoramento e a tomada de decisões, de modo a atuar de forma intersetorial.
    A UBS Francisco Fonseca conta com quatro equipes de saúde da família para atender a população local. Cada uma delas é formada por um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e seis agentes comunitários de saúde, e atende mais de 6000 usuários. Apesar de sobrecarregada, essa unidade é referência no estado de Sergipe e, além de promover a saúde, prevenir, recuperar, reabilitar doenças e agravos frequentes e manter a saúde das comunidades, ela oferece também serviços de Odontologia, Pediatria, Ginecologia e Psiquiatria à comunidade.
    Sua estrutura física é padronizada pela RDC-50. Desde a planta da UBS até os pisos foram pensados e planejados cuidadosamente para melhor cumprir sua função. Isso demonstra um alto nível de organização e facilita a implantação de novas unidades, ao manter um padrão mínimo de qualidade, no que se refere à arquitetura. A UBS Francisco Fonseca possui recepção com sala de espera, sala de reuniões, sala da gerente, banheiros, consultório de Odontologia, farmácia básica e dois corredores. No primeiro corredor, existem salas para acolhimento, imunização, observação, nebulização, esterilização, medição de pressão arterial e glicemia e expurgo. Já no segundo corredor, estão localizados os consultórios médicos.
    Ao apresentar o cartão do SUS na recepção o usuário pode marcar uma consulta, ou, se o caso for agudo, ele é acolhido e, se necessário, encaminhado para o médico. Todos os dias, a agenda conta com consultas marcadas e com consultas destinadas a casos agudos, o que é muito bom, pois contribui para não sobrecarregar prontos socorros. O tempo de espera costuma ser de uma ou duas semanas, o que também julgo ser formidável.
    Dessa forma, a visita a UBS Francisco Fonseca serviu para mostrar na prática o que vimos na teoria e desconstruir a ideia negativa divulgada pela mídia. Claro que existem problemas como sobrecarga, má remuneração e falta de alguns recursos, até porque nenhum sistema é perfeito. No entanto, mesmo com certas dificuldades, a UBS tem um grande poder de resolver os problemas da população já na atenção primária e isso deve ser reconhecido não só por nós, futuros profissionais, mas pela sociedade como um todo.

    Referências:
    1. http://www.saude.se.gov.br/cidadao/index.php?act=interna&secao=114 Acesso em 08 de março de 2013 às 10h
    2. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_estrutura_ubs.pdf
    Acesso em 08 de março de 2013 às 10h
    3. http://www.scielo.br/pdf/csc/v14n3/14.pdf
    Acesso em 08 de março de 2013 às 10h
    4. http://www.scielo.br/pdf/csp/v24s1/02.pdf
    Acesso em 08 de março de 2013 às 10h

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  63. Itamar Meireles

    Realizamos no dia 22 de fevereiro uma visita à UBS Francisco Fonseca, com a finalidade de conhecermos a unidade e toda a sistemática que envolve o atendimento à população e seus principais objetivos. Esta unidade atende em média vinte e duas mil pessoas e atualmente é uma referência, sendo uma Unidade básica de saúde ampliada que possui serviços de atendimento na área de ginecologia, psiquiatria, psicologia odontologia, assistência social e fornecimento básico de medicamentos e pequenos procedimentos (curativo, sutura, etc.)
    No que diz respeito a estrutura e sistematização, ficamos impressionados com tamanha organização e comprometimento dos profissionais envolvidos. Aprendemos sobre os cuidados quanto ao material usado nos pisos e nas paredes e o planejamento infra-estrutural afim de separar as salas de consulta das salas de procedimento, evitando contaminação. As salas iniciais ficam as salas ditas "limpas" como a sala de vacinação, enquanto as "sujas" ficam ao final do corredor onde se realiza os procedimentos de curativo, sutura... A UBS Francisco Fonseca é referência em saúde da mulher e em saúde mental, sendo assim além da zona coberta, esta recebe encaminhamento de outras cinco unidades básicas. No caso da saúde da mulher, há atualmente três ginecologistas, estes atendem além da capacidade pré-estabelecida. Na saúde mentaldestaca-se a equipe de psicólogos e psiquiatra no acompanhamento de casos psiquiátricos da região. Igualmente, grupos de pacientes como os hipertensos, diabéticos, gestantes e crianças são bem atendidos na unidade.
    É importante salientar que a unidade também é referência na farmácia para medicamentos psicotrópicos, e na farmácia em geral. Entretanto, esse atendimento não é só para 22 mil pessoas, esse número é ainda maior porque o atendimento é feito para qualquer pessoa que tenha o cartão do SUS e muitas vezes não ocorre à verificação do endereço para saber se aquele paciente pertence mesmo à região.
    O PSF é um programa, que possui em uma das suas principais funções, a aproximação do profissional de saúde não só para com a comunidade, mas sim a família, voltando ao conceito de outrora, em que era o médico quem se deslocava aos domicílios, e não os pacientes aos consultórios. Ponto de crítica importante, deixado pela diretora, à Unidade Francisco Fonseca, é que a instituição ainda age muito como ponto fixo de atendimento, sendo a traseuntividade do grupo bastante diminuta, e como já foi dito, são quatro os grupos de PSF, sendo que pela manhã todos são encontrados na unidade, e pelo turno vespertino, há um rodízio, em que dois grupos permanecem, enquanto os outros dois deslocam-se na visita a domicilio, item bastante relevante em termo de qualidade de atendimento.

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  64. Itamar Meireles - Continuação...

    No Brasil a origem do PSF remonta criação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) em 1991, como parte do processo de reforma do setor da saúde, desde a constituição, com intenção de aumentar a acessibilidade ao sistema de saúde e incrementar as ações de prevenção e promoção da saúde. Em 1994 o Ministério da saúde, lançou o PSF como política nacional de atenção básica, com caráter organizativo e substitutivo, fazendo frente ao modelo tradicional de assistência primária baseada em profissionais médicos especialistas focais.
    Percebendo a expansão do Programa Saúde da Família que se consolidou como estratégia prioritária para a reorganização da atenção básica no Brasil, o governo emitiu a Portaria Nº 648, de 28 de março de 2006, onde ficava estabelecido que o PSF é a estratégia prioritária do Ministério da Saúde para organizar a atenção básica que tem como um dos seus fundamentos possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade, reafirmando os princípios básicos do SUS: universalização, equidade, descentralização, integralidade e participação da comunidade - mediante o cadastramento e a vinculação dos usuários.
    Como consequência de um processo de des-hospitalização e humanização do Sistema Único de Saúde, o programa tem como ponto positivo a valorização dos aspectos que influenciam a saúde das pessoas fora do ambiente hospitalar. de acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde no programa nacional de humanização - HumanizaSUS , todo usuário do serviços de saúde merece uma escuta qualificada a fim de garantir que todos sejam atendidos conforme as prioridades a partir da avaliação de vulnerabilidade, gravidade e risco.

    Referências:
    1 - http://www.sas-seconci.org.br/index.php/onde-atuamos/ubs-unidade-bas
    2 - LILACS, MedLine, Biblioteca Cochrane, SciELO; e institucionais: Coleciona SUS, LILDBI, BVS MS.
    3 - BRASIL, Secretaria de Assistência à Saúde, Ministério da Saúde. Saúde da Família: uma estratégia para a reorientação do modelo assistencial. Brasília: DF, 1997.

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  65. REBECA ZELICE DA CRUZ DE MORAES

    O Programa de Saúde da Família (PSF), implantado em 1994, como estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS), caracteriza-se como uma estratégia de reorientação do modelo assistencial e tem por base a implantação de equipes multiprofissionais, que atuam em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e são responsáveis por um número predeterminado de famílias localizadas numa área delimitada. (BRASIL, 2001)
    Esse relatório trata da visita à UBS Francisco Fonseca que ocorreu no dia 21 de fevereiro de 2013, uma unidade que funciona com o modelo de PSF ampliado (só existem 6 em Aracaju) que além da equipe usual de todas UBSs (médico, um enfermeiro, um ou dois auxiliares de enfermagem, um técnico de enfermagem e entre 4 à 6 (ou no máximo 12) agentes comunitários de saúde), é uma unidade referenciada pelo serviço de psiquiatria, ginecologia e psicologia.
    Cada equipe de saúde da família é responsável por uma área que corresponde de 600 a 1000 famílias num total que varia de 2400 a 4500 pessoas divididas em micro áreas onde cada agente de saúde fica responsável em média por 400 a 750 pessoas (BRASIL, 1998).
    Infelizmente, essa não é bem a realidade da UBS Francisco Fonseca, devido à grande área que essa unidade abrange o número de pessoas por micro área supera a casa das 5000 pessoas. Essa grande demanda de usuários talvez interfira no processo de acolhimento preconizado pelo SUS, como foi exposto na visita: “Infelizmente, o acolhimento não é mais o forte dessa unidade”.
    "Acolher" não significa a resolução completa dos problemas referidos pelos usuários, mas a atenção dispensada na relação, envolvendo a escuta, a valorização de suas queixas e a identificação das necessidades, sejam estas individuais ou coletivas. O acolhimento tem se mostrado, no PSF, uma instância potente para a organização do serviço, quando articulado a outras práticas que busquem a definição e o reconhecimento das necessidades de saúde da população/área de responsabilidade da unidade. (MEDEIROS, 2010)
    Dessa forma, acolher não é só uma forma de resolução de queixas, significa humanizar as relações entre trabalhadores da UBS e usuários, sendo assim, é imprescindível que se priorize o acolhimento como estratégia para a eficácia do funcionamento da atenção básica.
    A unidade funciona bem no que diz respeito a sua organização (essa unidade possui sala de reuniões onde são discutidos temas acerca do curso da UBS) e também programação diária de visitas (feita por médicos, enfermeiros, auxiliares e agentes nas casas dos usuários progamáticos), agendamento de consultas, sendo preconizado o livre acesso e livre demanda de usuários - os casos agudos são reajustados nas agendas diárias conforme a necessidade, sendo idosos e gestantes prioridades. No entanto, a UBS não tem uma assistência para urgência e emergência, tanto pelo fato de vários profissionais se recusarem a atender esses casos, quanto pela quantidade diminuta de profissionais em determinados horários.
    Em resumo, a UBS Francisco Fonseca é uma unidade referencia, mas que apesar da sua eficácia e dos bons profissionais que ela possui, ainda existem vários pontos que precisam ser melhorados e corrigidos para beneficiar os usuários do sistema que tem todo direito a um serviço de saúde completo e humanizado como preconiza o SUS.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

    BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da família: uma estratégia para reorientação do modelo assistencial. Brasília, 1998.
    BRASIL, Ministério da Saúde. Guia Prático do Programa de Saúde da Família. Brasília, 2001.
    Medeiros FA, Souza GCA, Barbosa AAA, Costa ICC. Acolhimento em uma Unidade Básica de Saúde: a satisfação do usuário em foco. Rev. salud pública. 12 (3): 402-413, 2010.

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  66. A aula prática da disciplina de Saúde Coletiva III ministra da pela professora Ana Débora consistiu em uma visita à UBS Franciso Fonseca localizada no bairro Santo Antônio tendo como objetivo colher melhores informações a respeito do funcionamento de uma Unidade Básica de Saúde. Ante de fazermos pauta a respeito da visita em si, torna-se necessário salientar algumas informações a respeito do histórico e do objetivo de uma UBS. As Unidades Básica de Saúde (UBS) são locais onde você pode receber atendimentos básicos e gratuitos em Pediatria, Ginecologia, Clínica Geral, Enfermagem e Odontologia. Os principais serviços oferecidos pelas UBS são consultas médicas, inalações, injeções, curativos, vacinas, coleta de exames laboratoriais, tratamento odontológico, encaminhamentos para especialidades e fornecimento de medicação básica. As UBS fazem parte do contexto de na Política Nacional de Urgência e Emergência, lançado pelo Ministério da Saúde em 2003 a fim de estruturar e organizar a rede de urgência e emergência no país. A atenção primária é constituída pelas UBS e pelas equipes do PSF (Programa de Saúde da Família). O nível intermediário dessa estrutura fica sob responsabilidade do SAMU 192 (Serviço de Atendimento Móvel as Urgências), das Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Os atendimentos de média e alta complexidade ficam sob encargo dos hospitais. Pela própria estrutura, já podemos perceber que um dos grandes objetivos das UBS é gerar uma descentralização da saúde pública, permitindo que casos básicos sejam resolvidos sem a necessidade de os pacientes dirigirem-se aos hospitais. Isso evita uma superlotação e gera mais rapidez e segurança no diagnóstico e tratamento.
    A respeito da visita, logo no início podemos perceber em sua estrutura física que a mesma obedecia aos critérios estabelecidos pelos SUS tais como: piso que possibilita uma fácil limpeza e azulejos que vão até a metade das paredes para propiciar uma melhor higienização de minimizar a proliferação de microorganismos. A UBS Francisco Fonseca é constituída por dois corredores, um destinado aos consultórios e o outro, aos procedimentos. De fato, a UBS ainda apresenta alguns problemas como, por exemplo, a falta de ar-condicionados em algumas salas citado pela gestora. Isso impossibilita a utilização de algumas salas para realizar algum procedimento. No entanto, de uma maneira geral, a estrutura física da UBS é até certo ponto boa, o que derruba por terra, pelo menos uma parte, o conceito de que as estruturas públicas são sucateadas de uma maneira geral. Posteriormente, podemos perceber, em termos de estrutura administrativa, que a unidade é formada por 4 (quatro) equipes de saúde da família, separada por cores. A unidade conta com atendimento de uma maneira geral e especialidades como na área de pediatria, ginecologia e psiquiatria.

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  67. CONTINUAÇÃO

    Por fim, a visita foi muito proveitosa no sentido de colocar-nos, futuros profissionais da saúde, em contato com mais um pedacinho de toda essa engrenagem que é a saúde pública brasileira. Podemos perceber que apesar de todas as dificuldades, todos se esforçam no sentido de contribuir para um melhor funcionamento da unidade. Creio que, com um pouco mais de tempo e de boa vontade, os objetivos das UBSs sejam de fato alcançados minimizando um pouco mais os problemas no tocante à saúde. Um fato que nos deixa otimista em relação a isso é que o PAC 2 prevê a construção de mais 3 mil UBS e ampliar mais de 10 mil já existentes. Tudo isso visa ampliar a oferta de atenção básica e integral, criar apoio às equipes de saúde da família e melhorar a qualidade de equipamentos com o objetivo final de melhorar a qualidade de vida no tocante à saúde dos brasileiros.

    Referências Bibliográficas

    1. http://www.saude.se.gov.br/cidadao/index.php?act=interna&secao=114 Acesso em 08 de março de 2013 às 10h

    2. Política Nacional de Atenção Básica http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_atencao_basica_2006.pdf

    3. MENDES, E.V. As redes de atenção à saúde. Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.


    Lucas Augusto Barreto

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  68. MARIO MATIOTTI NETO

    Uma UBS representa o pilar básico da atenção primária não emergencial do SUS, sendo responsável pelo atendimento de baixa (e as vezes média) complexidade. É nessa etapa onde são feitas as consultas de primeiro atendimento, acompanhamento e controle de doenças crônicas, ou seja, é o local de acolhimento para toda uma comunidade que deseja buscar auxílio para sua condição de saúde. É na atenção primária onde também é feita a triagem dos casos que necessitam de um acompanhamento mais especializado ou de um exame ( imagem, laboratorial, anatomo-patológico etc). É, portanto, a base do SUS no que se refere a atendimento médico ambulatorial.

    Como forma de conhecermos melhor a organização da atenção primária, visitamos a UBS Francisco Fonseca. Nela, pudemos observar desde de uma macro organização no que se refere à marcação de consultas, ao cadastramento da população no SIAB, e o fluxo de pacientes que normalmente se encontra naquela unidade; até detalhes mínimos de sua organização, como as escolha do piso e do azulejo para melhor limpeza e também como a organização das salas, obedecendo uma gradação de contaminação - as salas limpas no início do corredor e as com maior grau de contaminação no final, em conexão com o expurgo e a sala de esterelização. Além disso, esta é uma unidade ampliada, o que significa que além da equipe usual (médico, enfermeiro, auxiliares de enfermagem, técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde), possui também os serviços de psiquiatria, ginecologia e psicologia. Dentro desse contexto, esta UBS possui seus lados positivos e os seus defeitos, que de maneira geral são comuns à grande maioria das UBS, por isso irei tratar destas questões de forma generalizada, em vez de me ater apenas a esta unidade.

    No contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), as ações e serviços de saúde constituem um direito social que deve ser assegurado pelo Estado e gerido sob responsabilidade das três esferas autônomas de governo (VIEGAS et al). Além disso o SUS é regido por 3 premissas básicas - universalidade, equidade e integralidade. E logo de início, enfretamos uma dificuldade em aplicar essa teoria, que é o fato de nossa ação ser regulada por meio de cotas, ou seja, existem vagas a serem preenchidas e muitas vezes a demanda é muito maior que a oferta de vagas, existindo assim uma dificuldade de acesso desde do atendimento primário até aos demais níveis de complexidade, o que torna necessário uma regulação, como forma de melhor distribuir essa questão, ou seja, não tem para todos, tem para os que mais precisam. Além disso, existe também uma hiperlotação dos setores de urgência, devido à um vício cultural, no qual a população acredita que os setores de média e alta complexidade são mais resolutivos, desacreditam na própria eficácia do PSF, isso não significa dizer que as UBSs possuem pouca demanda, muito pelo contrário, entretanto essa não se compara à de uma urgência hospitalar. É necessario uma mudança nesa cultura, e não basta informação nesse caso, exige-se dos profissionais da saúde uma atenção para todo o paciente em sua integralidade, de tal modo que ele passe a crer na eficácia do sistema, e entender o quão resolutivo ele pode ser.

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  69. CONTINUAÇÃO...

    Pode parecer então que a Estratégia de Saúde da Famíla é precária e não funciona como deveria, entretanto não é isso que os estudos mostram. É bem verdade que o ESF possui suas mazelas, mas ele representa grandes avanços no quesito Saúde Pública. Primeiro a sua implantação e manutenção por mais de duas decadas e a permanência de uma atuanção generalista eficaz associada com agentes comunitários e enfermeiros, a capacidade de descentralziação de maneira a reduzir a burocratização e a melhor diligência dessa estratégia para cada unidade básica de saúde, tudo isso representa um avanço em termos de saúde pública para a população usuário-dependente, visto a facilidade e a praticidade de acesso à saúde. Além disso, apesar de o sistema não atender a toda demanda que lhe é requisita, nós somos capazes de observar uma crescente no que diz respeito à eficácia do atendimento e, consequentemente, ao número de atendimentos, tal como pode ser demonstrado no trabalho de FACCHINI et al, na qual é avaliado o desempenho do PSF em 41 unidades básicas de saúde, desde o sul do país até o nordeste, observando o crescimento do PSF e a correlação positiva que se pôde obter entre a instalação do modelo PSF e a oferta de ações para a Saúde.

    Algumas sugestões são adressadas à atenção básica, entre elas se destacam uma maior expansão da atuação do ESF de modo a atingir 100% da população ( o que pode até parecer utópico), capacitar melhor os profissionais de modo que 90% dos problemas possam ser resolvidos nessa etapa, além de novas implementações tecnológicas e um melhor estudo da ciência por trás do processo, entre outros recomendações que eu considero menos urgentes. É obvio, que nenhuma dessas sugestões podem ser implantadas de caráter imediato, todas elas envolvem alto custo e tempo para sua implantação e é nesse ponto que o Governo Federal deve se manter firme na sua atuação e fornecimento de recursos e tais recursos não devem sofrer flutuações devido a disputas partidárias ou de forma edionda.

    Referências Bibliográficas


    GÉRVAS, Juan; PÉREZ FERNANDEZ, Mercedes. Relatório sobre COMO FORTALECER OS ACERTOS E CORRIGIR AS FRAGILIDADES DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA.

    FACCHINI, Luiz Augusto et al . Desempenho do PSF no Sul e no Nordeste do Brasil: avaliação institucional e epidemiológica da Atenção Básica à Saúde. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 11, n. 3, Sept. 2006

    VIEGAS, Selma Maria da Fonseca; PENNA, Cláudia Maria de Mattos. O SUS é universal, mas vivemos de cotas. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 18, n. 1, Jan. 2013 .

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  70. Leyla Manoella Maurício Rodrigues de Lima

    O Programa Saúde da Família (PSF), criado em 1994, é a principal estratégia de organização da atenção básica à saúde no país [1], sendo cada equipe de PSF responsável pela atenção integral continuada à saúde da população de seu território de abrangência [2]. Para desempenhar bem esse papel, as Unidades Básicas de Saúde (UBS), que centralizam as ações das equipes de PSF, precisam apresentar uma infraestrutura física compatível com as atividades que serão realizadas, quais sejam, a prestação de serviços de promoção, prevenção e recuperação da saúde dos cidadãos.

    Em visita à UBS Dr. Francisco Fonseca, localizada no bairro 18 do forte, buscou-se avaliar a adequação física e de funcionamento desta unidade, de forma a analisar se elas estão compatíveis com o preconizado pelo governo federal. Primeiramente, foi observado que, no que concerne à estrutura física, a unidade visitada é de fácil acesso, tem identificação clara e é composta por: uma recepção, uma sala de reunião, uma pequena sala de administração, um ambiente de espera, com cadeiras para mais de 50 pessoas, uma farmácia, um corredor com consultórios médicos, um corredor com salas para a realização de procedimentos, entre os quais, curativos, nebulizações e imunização. Cada consultório médico é equipado com maca, balança de adulto e de criança, tensiômetro, estetoscópio, otoscópio e fitas métricas. O consultório da ginecologia apresenta ainda um banheiro, para a privacidade das pacientes. Além disso, o piso é de cimento de alta resistência, de forma a ser mais fácil de limpar e acumular menos dejetos e rachaduras, diminuindo assim a proliferação de bactérias.

    Do ponto de vista funcional, trata-se de uma unidade ampliada, contando com quatro equipes de PSF, e alguns especialistas, entre eles: pediatra, psiquiatra e ginecologista, além de psicólogo e odontólogo. Cada equipe de PSF é composta por um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e oito agentes comunitários de saúde. A farmácia dispõe de medicamentos para condições de alta prevalência como hipertensão arterial sistêmica, diabetes e cardiopatias. Medicamentos de alto custo e de uso contínuo são fornecidos por estabelecimentos mais adequados, como o CEMAR, o CASE e os próprios hospitais. Nesta unidade estão cadastradas 22.300 pessoas, distribuídas entre as quatro equipes de PSF, porém por ser uma unidade ampliada e também referência em psiquiatria, a demanda atendida é bem maior que a das famílias cadastradas, sendo que a delimitação das áreas de abrangência se refere exclusivamente às ações de vigilância à saúde.

    De acordo com a gerente, Jeniffer Gomes, a unidade desempenha adequadamente as funções de acolhimento, recepção, registro e marcação de consultas e exames, além de realizar os procedimentos médicos e de enfermagem. Ressaltando apenas a sobrecarga de demanda a que a unidade está submetida, contribuindo para isso o número insuficiente de consultórios médicos. Porém, algo que chamou atenção foi que não houve muita referência às ações de promoção de saúde desenvolvidas nesta unidade.

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  71. CONTINUAÇÃO:

    Considerando-se os dados citados e as recomendações do Manual de Estrutura Física das UBS elaborado pelo Ministério da Saúde, podemos concluir que se trata de uma UBS com uma boa estrutura e que satisfaz às condições mínimas exigidas pelo governo federal, mas que realmente está sobrecarregada pela grande demanda. Principalmente se consideramos que o Ministério da Saúde não recomenda que trabalhem numa mesma UBS mais que três equipes de PSF, devido às dificuldades de organização da agenda e dos fluxos operacionais que garantam as mudanças de práticas de saúde necessárias ao modelo de atenção proposto [2], embora ele admita que isso possa ocorrer a depender da densidade populacional e se a estrutura instalada comporta esse número maior de equipes. Além disso, recomenda-se que uma equipe de PSF deve ser responsável por uma população de 2.400 a 4.000 pessoas em seu território de abrangência. Na UBS visitada pudemos notar que as equipes são responsáveis por mais de 5.000 pessoas cadastradas, além das que vem de outras regiões e procuram o serviço.

    Mas, considerando-se também que o PSF tem como incumbência conhecer a realidade das famílias pelas quais é responsável, identificar os principais problemas de saúde e situações de risco às quais a população que ela atende está exposta e propor ações para melhorar a condição de vida da população, vemos que a avaliação da adequação de uma UBS envolve muito mais do que verificar a disponibilização de profissionais de saúde em espaços físicos adequados de prestação de serviços. Envolve também o acompanhamento das atividades extramuros das equipes, além de outros fatores como a avaliação de acessibilidade, do grau em que os serviços se constituem como porta de entrada para outros níveis de atenção, da orientação comunitária e da formação continuada dos profissionais [1]. E tais questões não podem ser avaliadas em uma única visita.

    Referências:
    [1] ELIAS, PE et al. Atenção Básica em Saúde: comparação entre PSF e UBS por estrato de exclusão social no município de São Paulo. Ciência & Saúde Coletiva, 11(3):633-641, 2006.

    [2] Manual de Estrutura Física das Unidades Básicas de Saúde. Ministério da
    Saúde, Brasília-DF, 2006.

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  72. Evelyn Lima,Suzana Cendón,Mônica Rodrigues,Nathalie Serejo,Manuela Sena,Itamar Meireles e Tércio Oliveira.

    Lendo os relatórios de visita de vocês com as considerações críticas que cada um ,a seu modo, colocou, me pergunto: - Por que não fiz meu trabalho antes?Nessa circunstância ,acredito que contribuiria mais comentando algum texto já exposto e abrir um ou outro enfoque.
    Quando a maioria dos países de primeiro mundo iniciava um processo de desmonte do Estado de bem-estar social,seguindo a cartilha neoliberal,o Brasil apostou num sistema público de saúde fundado na universalidade e na equidade do acesso aos recursos necessários a uma saúde integral.Essa opção nacional foi fruto de um pacto construído durante anos, com muita eficiência política e social pelo movimento sanitarista brasileiro.Aproveitando a Constituinte e com apoio dos partidos de esquerda e pressão dos movimentos sociais,tivemos em 1988 a promulgação de uma das mais modernas Constituições do mundo.A idéia do SUS já estava implícita como resultado da VIII Conferência Nacional da Saúde,mas faltava o suporte jurídico e estrutural.
    Muito caminho foi percorrido,muitas batalhas travadas ,para que se chegasse à UBS Francisco Fonseca,no 18 do Forte.Para que os serviços de saúde e prevenção fizessem parte da proximidade da população em geral,para que um prédio de estilo padronizado não só fizesse parte de um mero artifício arquitetônico mas sim de uma casa de acolhimento e troca de saberes,muitos interesses foram contrariados e a garantia de sustentabilidade e aprimoramento desses serviços dependem muito também de nós.
    A Política Nacional de Atenção Básica foi aprovada na Portaria nº 648/Março 2006, que estabelece a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção(ABS),Programa de Saúde da Família(PSF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde(PACS).Considera os princípios e as diretrizes propostos nos Pactos pela Vida,em Defesa do SUS e de Gestão e que inclui a desfragmentação do financiamento da ABS.
    A atuação no território da UBS Francisco Fonseca é a de realizar cadastramento domiciliar,diagnóstico situacional,ações dirigidas aos problemas de saúde de maneira compactuada com a comunidade.Só para enfocar o aspecto de atendimento infantil ,que sempre são preocupantes em qualquer população,destacamos :
    - Redução das doenças infecciosas,principalmente as imunopreviníveis.
    - Redução das diarreias e infecções respiratórias agudas como causa de óbito,com implantação de ações preventivas eficazes.
    - Acompanhamento efetivo de crianças pelos profissionais que compõem a Estratégia Saúde da Família.
    - Aumento da adesão ao Programa de Aleitamento Materno.
    O acolhimento como postura e prática nas ações de atenção e gestão nas unidades de saúde ,como referiu Arthur Santana,favorece a construção de uma relação de confiança e compromisso dos usuários com as equipes e os serviços, contribuindo para a promoção da cultura de solidariedade e para a legitimação do sistema público de saúde.É de se esperar que com o aumento da conscientização política da comunidade as exigências por melhores e mais eficientes serviços,inclusive os de Saúde,sejam também elevadas.As respostas têm que vir à velocidade da luz,ainda que alguns pessimistas duvidem ou percam para sempre o bonde da História.


    Referências:
    JUNGES,José Roque.Direito à Saúde:Biopoder e Bioética.Junho/2009.
    OLIVEIRA RIBEIRO,Eleonora Ramos de
    ANDRADE,Joseilze Santos
    NERY GUIMARÃES,Alzira Maria d'Ávila.Política e Gestão em Saúde-Reflexões e Estudos.
    MONTEIRO DE BARROS,Fábio Batalha.História e Legislação do SUS e Saúde da Família-Problematizando a Realidade da Saúde Pública.
    MONTEIRO DE ANDRADE,Luiz Odorico.
    CUNHA BARRETO,Ivana Cristina-SUS Passo a Passo.

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  73. Níris Stéfany Barbosa dos Santos

    Relatório de Visita à Unidade de Saúde da Família Francisco Fonseca

    Dentre os vários objetivos da visita já citados pelos colegas, a atividade se mostrou eficaz em fornecer-nos o conhecimento prático da estrutura física e funcionamento de uma unidade básica de saúde, ampliando a nossa visão a respeito do nível primário de atenção à saúde e sua configuração atual com a Estratégia Saúde da Família (ESF). Podemos também ver de modo prático alguns dos princípios norteadores da ESF, e principalmente, algumas das dificuldades encontradas, não só na sua consolidação, no âmbito da atenção primária, como na estruturação dos outros níveis de atenção, uma vez que aquela funciona como porta de entrada e base de todo sistema.

    Como já descrito, a estrutura física da unidade é formada por uma ampla sala de espera, com recepção, em torno da qual se articulam várias outras salas e dois corredores, um deles com consultórios médicos e outro com mais algumas salas. Este último, como destacado na visita e também já mencionado por vários colegas, tem suas salas dispostas de modo a garantir um fluxo de materiais que evite contaminações, sendo as primeiras ditas salas limpas (imunização, acolhimento e observação) e as últimas salas sujas (sala de curativos, esterilização e expurgo). A organização das salas neste corredor é apenas um dos aspectos da estrutura da unidade que obedecem aos princípios da Resolução – RDC nº 50/ANVISA/fevereiro/2002, que regulamenta a estrutura física das unidades de saúde¹ (do fluxo de pessoas e materiais, pisos e revestimentos das paredes a toda a ambiência das unidades) ao qual a referida unidade se mostrou, no geral, em consonância. Entretanto, como também verificado por Everlyn, o espaço físico da unidade tem sido pequeno para os serviços oferecidos, onde há, por exemplo, um número insuficiente de consultórios médicos, limitando o atendimento.

    Quanto ao funcionamento da unidade, também já bem descrito por vários colegas, nela funciona uma rede de PSF ampliado, onde além de 4 equipes de saúde da família, possui dentistas e auxiliares de consultório dentário, ginecologistas, pediatras, psiquiatras e psicólogos, fazendo dela referência em saúde da mulher e saúde mental para outras unidades. Nesse ponto podemos constatar a sobrecarga da unidade, uma vez que cada equipe possui em média 5.500 habitantes cadastrados, quando a média recomendada pelo ministério da saúde é de 3.000, preconizando um número máximo de 4.000 habitantes por equipe².

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  74. Continuação

    Como bem ressaltado por André Leite, o papel fundamental dos agentes comunitários de saúde (ACS) nos desperta a atenção no relato da funcionária que nos recebeu. A unidade possui 32 ACS, sendo eles, os profissionais responsáveis pela integração entre a equipe de saúde e a população adscrita à unidade, peças chave dentro da estratégia saúde da família¹. Outra peça muito importante na estratégia em vigor e discutida na visita é o princípio do acolhimento, sendo este fundamental para resolutividade da atenção primária. Pude notar, assim como a colega Rebeca, que a unidade vem encontrando dificuldades para colocar este princípio em prática, seja pela demanda excessiva de usuários que o posto atende como levantado pela colega, seja pela não adesão de alguns profissionais, pelo que pude inferir também no relato da funcionária que nos guiou na visita.

    Em âmbito nacional o modelo ESF ainda encontra dificuldades de implantação, com problemas de coordenação, acessibilidade e integralidade, apresentando grande variação de acordo com o município. Porém mesmo não cobrindo toda a demanda da população, com ele foram conquistados grandes avanços em termos de saúde pública para a população usuário-dependente³.

    Na unidade visitada, assim como em todo o município de Aracaju pelo que posso perceber, apesar das dificuldades enfrentadas, a Estratégia Saúde da Família apresenta boa implantação, servindo como referência no estado. Por fim, é concesso na literatura e nos relatos dos colegas o quanto um nível primário de atenção forte e resolutivo é a chave para a consolidação do sistema. Por maiores que sejam os entraves para alcança-lo o exemplo da unidade aponta-nos um caminho onde isso é possível.

    1. Manual de Estrutura Física das Unidades Básicas de Saúde. Ministério da
    Saúde, Brasília-DF, 2006. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_estrutura_ubs.pdf

    2. Ministério da Saúde & CONASEMS. SUS de A a Z, Garantindo Saúde nos Municípios. 3ª ed. Brasília-DF, 2009.

    3. GÉRVAS, Juan; PÉREZ FERNANDEZ, Mercedes. Relatório sobre como fortalecer os acertos e corrigir as fragilidades da estratégia de saúde da família.

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  75. Relatório de Visita à UBS Dr. Francisco Fonseca – Lucas Teixeira Vieira

    No dia 21 de fevereiro de 2013, às 09:00, visitamos a UBS Dr. Francisco Fonseca, localizada na rua Álvaro Maciel, Bairro 18 do Forte. No dia em questão, a gerente da unidade não estava presente, sendo que a mesma nos foi apresentada pela prof.ª Dr.ª Ana Débora.
    Conhecemos toda a estrutura física da unidade, de modo que alguns pontos sobre essa estrutura merecem entrar em consideração: a UBS atende a uma padronização estabelecida pela resolução RDC-50. Dessa forma, o piso, as paredes e a estruturação dos corredores atendem a uma norma, sendo bastante semelhantes a outros postos de saúde já visitados. Conforme as colegas Maria Augusta e Mayza Costa já comentaram, existir tal padronização é um fator positivo para a organização do serviço de atenção primária. Além disso, a UBS conta com quatro equipes de saúde da família e em cada equipe há um médico generalista, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e 8 agentes comunitários. Sendo uma unidade de saúde da família ampliada, ela ainda conta com alguns especialistas (ginecologista, psiquiatra e pediatra) e é referência em psicotrópicos.
    Convém ressaltar que a UBS Francisco Fonseca faz parte da chamada Atenção Primária à Saúde que, segundo MATTA & MOROSINI, é “uma estratégia de organização da atenção à saúde voltada para responder de forma regionalizada, contínua e sistematizada à maior parte das necessidades de saúde de uma população, integrando ações preventivas e curativas, bem como a atenção a indivíduos e comunidades.” As UBS possuem o objetivo de atender cerca de 80% dos problemas de saúde de uma população, sem que haja necessidade de intervenções de média ou alta complexidade.
    No final da visita, discutimos alguns pontos relevantes para um melhor atendimento à população: a questão da ambiência precisa ser melhorada e o acolhimento (ao diminuir a ansiedade da população e organizar o serviço, visto que ele assemelha-se a uma triagem) precisa ser posto em prática de forma contundente. Além disso, há uma sobrecarga em relação à quantidade de pessoas atendidas (oficialmente, cerca de 22 mil), sendo essa sobrecarga multicausal. Outro ponto discutido foi em relação a não disponibilidade de alguns médicos nos dois turnos, o que dificulta um bom atendimento e seguimento à população.
    Não foi a primeira vez que visitamos a UBS Francisco Fonseca. Desse modo, um segundo olhar corrobora a primeira impressão que tivemos: há uma espantosa organização da unidade, muito distante do nosso pensamento pré-formado de caos, implantado pela mídia sensacionalista (conforme já citaram vários colegas, entre eles Arnaldo Alves e Pedro Teles). Conforme GÉRVAS & FERNÁNDEZ, a Estratégia de Saúde da Família (ESF) do Brasil tem sido uma Estratégia acertada, porém, com luzes e sombras. Nós, como estudantes de Medicina, precisamos, então, reconhecer que fazemos parte do sistema e que contribuir para a sua melhoria, ao exigir e realizar futuramente um trabalho eficiente, é o caminho acertado para iluminar todas as sombras.

    REFERÊNCIAS

    GÉRVAS, Juan; FERNÁNDEZ, Mercedes Pérez. Uma atenção primária forte no Brasil. Relatório sobre COMO FORTALECER OS ACERTOS E CORRIGIR AS FRAGILIDADES DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA, 2011.

    MATTA, Gustavo Corrêa. MOROSINI, Márcia Valéria Guimarães. Atenção Primária à Saúde. Fonte:. Acesso em: 09 de março de 2013.

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  76. Vinicius Rafael Souza Santos

    Nós, alunos da disciplina de saúde coletiva III da UFS iniciamos o ciclo de visitas no dia 21 de fevereiro de 2013, dia em que visitamos uma unidade de saúde básica (UBS). Essa UBS localiza-se, próximo ao HU no Bairro 18 do Forte e chama-se Dr. Francisco Fonseca. A prof.ª Dr.ª Ana Débora com a ajuda de uma coordenadora da gestão da UBS explicou o funcionamento da unidade, e nos mostrou como os usuários do SUS podem ter acesso aos serviços prestados pela unidade. A UBS segue normas que são estabelecidas pela Agência de Vigilância Sanitária por meio da Resolução-RDC 50, que é um regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos dos estabelecimentos assistenciais de saúde e pelo Manual de Estrutura Física das Unidades Básicas de Saúde oferecido pelo Ministério da Saúde. Foi nos passado que a UBS Francisco Fonseca é composta por: sala de reunião, sala da gerente, farmácia, odontologia, corredor de consultórios, salas de vacinação, curativos, higienização e expurgo. Um fato que a apresentadora se orgulhava muito de dizer era que aquela unidade era referência nas especialidades de ginecologia e psiquiatria. Mas o que isso quer dizer? Isso quer dizer que a unidade além de atender os pacientes da sua zona com a clinica geral ela atende tantos os pacientes da sua região quanto pacientes de outras que foram encaminhados pelo médico que atende nas suas respectivas regiões para essas especialidades, ou seja, pacientes que são atendidos em outras UBS são redirecionados para a unidade Dr. Francisco Fonseca quando precisam ser acompanhados por um ginecologista ou psiquiatra. Durante a visita nós conhecemos as várias partes que compões o todo de uma UBS e foi nos passado que a construção e a disposição das salas, visa não apenas a estética, mas a prioridade é a funcionalidade na disposição de cada sala. Então, por exemplo, a sala de sutura e o expurgo ficam o mais afastado possível da entrada e recepção da unidade. Nós aprendemos também que cada agente de saúde é responsável por uma área de uma zona da região que a UBS atende e ele deve acompanhar cada família que morar nessa região fazendo visitas periódicas para analisar o estado de saúde dos residentes. Uma informação interessante é que cada médico que atende no posto além de atender a clínica geral, eles se dividem no atendimento de tal modo que cada um se responsabiliza também pelo acompanhamento dos pacientes que têm determinada patologia, como por exemplo uma equipe do posto fica responsável só pelos pacientes com hipertensão arterial. Essa organização facilita o manejo e o acompanhamento mais de perto do paciente. Já que falei sobre as equipes de uma UBS, vou comentar sobre o que eu entendi da composição de uma equipe da UBS. Cada equipe é composta por médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem e agentes comunitários de saúde. A unidade que visitamos tem 4 equipes, sendo que elas cobrem uma determinada área e cada agente de saúde é responsável por uma microárea. Vale ressaltar que a nossa tutora frisou muito que a unidade está sobrecarregada, sendo que cada equipe atende a um maior número de famílias do que deveria. Trabalham na unidade assistentes sociais, 3 pediatras, 3 ginecologistas, 1 obstetra,1 psiquiatra, 2 psicólogos, 2 dentistas e agentes de saúde. O posto além de atender os pacientes ele também oferta medicamentos, sendo referência em alguns, a exemplos os psicotrópicos. A partir do conhecimento que obtivemos na visita à unidade de saúde adquirimos embasamento para criar uma opinião critica em relação à importância que o programa saúde da família tem para essas pessoas, e aprendemos a valorizar um programa de saúde que é muito mal visto pela massa e criticado de forma maciça pelos meios de comunicação, mas que, embora tenha muitas coisas para melhorar, é uma forma de atenção à saúde muito eficiente, quando funciona de maneira otimizada.


    http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/
    http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_estrutura_ubs.pdf

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  77. Janaína Pereira Moraes

    Visita a Unidade de atenção Básica Francisco Fonseca (Rua Álvaro Maciel, 18 do Forte), no dia 22 de Fevereiro de 2013, para observarmos e discutirmos sobre a estrutura no local, funcionamento e entender mais a fundo como funciona a atenção primária em nosso estado.
    Quanto à estrutura física, a UBS dispõe de salas de espera, de reunião, de curativos, de observação e nebulização, farmácia, copa, expurgo, salas de acolhimento, imunização e de tratamento odontológico, além de consultórios climatizados para oferecer ambiente adequado para os usuários, atendendo aos critérios de infraestrutura preconizados pelo ministério da saúde. A unidade também trabalha com média complexidade, ou seja, além do Programa de Saúde da Família, temos os serviços especializados de Psiquiatria, Ginecologia e Pediatria (PSF ampliado), sendo unidade de referência para estes serviços, e por esta característica, existe sobrecarga por grande demanda. Interessante observar no local uma área de cultivo de plantas medicinais o que por um lado muito me admira, devido à iniciativa em tentar resolver com medidas simples e naturais os problemas de saúde da população local, mas por outro lado me preocupa, pois deve haver muito cuidado no manuseio de plantas medicinais que devem ter seus efeitos muito bem estabelecidos, utilizando-os de forma criteriosa, já que podem ser potencialmente hepatotóxicas, dependendo da dose utilizada. Recomendo que haja um profissional especializado nesta área, como um farmacêutico, que possa orientar a população quanto ao uso correto destes compostos ativos. Há também no local toda uma logística que se preocupa em separar regiões potencialmente contaminadas de regiões limpas, visto que na UBS entram pessoas das mais diversas origens, devendo assim o cuidado quanto a infecções potenciais ser redobrado, não só protegendo os outros usuários, mas também os profissionais da saúde, classe sob grande risco biológico. A unidade conta com 4 equipes, cada uma sendo formada por médico, enfermeiro, auxiliares de enfermagem e agentes de saúde. Trata-se de uma unidade de saúde portas abertas, no qual não é necessário que o paciente marque consultas via internet, mas apenas a presença do usuário com cartão SUS. A unidade possui uma boa farmácia que inclusive conta com o fornecimento de fármacos psicotrópicos, contudo a grande procura esgota os estoques no local, visto que existem mais cartões SUS do que reais usuários em Aracaju (demanda do interior).

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  78. Continuação:
    Acredito que diante da grande demanda do local é necessário investimentos para a ampliação da estrutura da UBS, para dispor de um adequado atendimento aos usuários. Deve haver também, um comprometimento maior dos profissionais, principalmente médicos, com a população assistida. Frisar também no local medidas preventivas, pois devemos nos lembrar que antes de tudo a atenção primária deve buscar a promoção da saúde, a PREVENÇÃO, tratamento de doenças e a reabilitação. Assim evitamos gastos públicos adicionais tratando problemas de saúde que podiam ter sido prevenidos e evitados.
    Concordo com os colegas que aqui se manifestaram que, a visita foi realmente essencial no tocante a desmistificar algumas visões negativas que tínhamos quando ao sistema único de saúde, vimos ali que a população tem o privilégio de ter um sistema de saúde público que garante, de certa forma, os princípios da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social. Um sistema tão bem planejado e que foi adquirido com tanta luta, mas que infelizmente possui muitos problemas, não porque foi uma péssima ideia, mas porque os indivíduos que organizam essa ideia são corruptos e incapazes. “Nós temos um sistema de saúde que não existe igual na América do Sul. Você não tem um sistema universal, que atenda a todo mundo, e não tem um sistema integral, que tenha praticamente todos os procedimentos. Aqui se investe sim muito pouco em saúde. Os Estados Unidos são um dos países que mais investem em saúde e lá existem 50 milhões de excluídos. O problema não é só ter dinheiro. Dinheiro é um dos problemas, mas temos outros leques de problemas que se nós não resolvermos podem colocar o dinheiro todo do mundo que não melhora. Para mim, o principal problema é a impunidade. Porque se o problema da impunidade fosse resolvido, se as pessoas que obstruem o sistema fossem punidas, os outros problemas estruturais não existiriam. (trecho de entrevista dada pelo Presidente do Conselho Nacional de Saúde, Francisco Batista Júnior, Março de 2013).
    • http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/volume_4_completo.pdf
    • http://www.fenafar.org.br/portal/sus/64-sus/331-entrevista-o-problema-do-sus-nao-e-so-dinheiro-.html

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  79. Genilson Ribeiro Santos

    As Unidades Básicas de Saúde são a porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde com intuito de descentralizar o atendimento, dar proximidade à população ao acesso aos serviços de saúde e desafogar os hospitais. O objetivo desses postos é atender a maioria dos problemas de saúde da população, sem que haja a necessidade de encaminhamento para hospitais. Nessas unidades, os usuários do SUS podem realizar consultas médicas, curativos, tratamento odontológico, tomar vacinas e coletar exames laboratoriais. Além disso, há fornecimento de medicação básica e também encaminhamentos para especialidades dependendo do que o paciente apresentar.
    O objetivo da visita ao Posto de Saúde da Família Dr. Francisco Fonseca foi mostrar aos alunos como é organizado o programa de atenção básica de saúde da família e de que forma a comunidade local é assistida por toda a equipe da unidade, desde o acompanhamento pelo grupo de agentes de saúde até a assistência médica e psicológica.
    Durante a visita pudemos constatar que a unidade possui 32 agentes de saúde, que são responsáveis pelo cadastramento das famílias, além de manter atualizados os dados do Sistema de Informação da Atenção Básica SIAB. Esses dados são supervisionados mensalmente, geralmente pelas enfermeiras, mas isso pode ser feito por qualquer outro profissional e são de extrema importância, pois dá o diagnostico da saúde e situação social da comunidade. Embora os números do SIAB nem sempre sejam reais por conta de distorções no cadastramento, eles são importante para a compra de medicamentos e contratação de profissionais para atender a demanda local. De acordo com os dados, a unidade atende em média 22.000 pessoas da comunidade do bairro Santo Antônio e áreas vizinhas.
    A unidade é referência por ser um Posto de Saúde da família ampliado, já que conta com quatro equipes de atenção de saúde da família. Além do acompanhamento de assistentes sociais, a população conta ainda com serviço de ginecologia, psiquiatria, dois psicólogos e três pediatras. Os atendimentos são realizados tanto no posto de saúde como também são feitas visitas residenciais por equipes de saúde da família. A unidade conta também com alunos de internato do curso de medicina.
    Para o atendimento de serviço psicológico o paciente geralmente vem encaminhado por outro médico. Na unidade são tratados apenas casos de psiquiatria leve. Casos mais graves são encaminhados a outros centros com atendimento especializado. A equipe promove também grupos de artesanato e outras atividades sociais voltadas para a comunidade local.
    Ao final foi apresentada aos alunos a estrutura local, onde tivemos a oportunidade de conhecer o arquivo de prontuários, sala de enfermagem, sala de imunização onde são realizadas as vacinas, sala de observação, sala de curativos onde exige uma maior assepsia, sala de nebulização e por fim a farmácia que é uma das quatro referências do município em psicotrópicos.
    A visita à unidade Básica de Saúde Dr. Francisco Fonseca, foi de grande proveito para os alunos do curso de medicina, pois cumpriu o objetivo de pôr os mesmos em contato com uma parte da realidade do sistema de saúde público e despertar o interesse em buscar conhecer melhor a organização do SUS e o que pode ser feito para que ele realmente funcione, já que, como foi visto, na teoria os programas de saúde são tão bem estruturados e na prática a realidade é bem diferente em várias comunidades.

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  80. A turma foi à Unidade Básica de Saúde (UBS) Francisco Fonseca, no 18 do Forte, com finalidade de conhecer como funciona a unidade e sua dimensão física.
    Lá pudemos falar com Jennifer que nos mostrou a unidade e explicou algumas dúvidas que a turma tinha como, por exemplo, quais os profissionais que trabalham na unidade, os quais são pediatras, dentistas, psicólogos, enfermeiros entre outros. Também que horas esses profissionais trabalham. Ela nos mostrou a estrutura física da unidade que é composta por dois corredores nos quais tem várias salas como sala de curativo, sala de espera, sala de reunião, sala de vacinação, sala de observação e nebulização, o consultório do dentista e os consultórios onde os pediatras, o psicólogo e os outros médicos atendem as pessoas, os quais são climatizados e humanizados com o objetivo de fornecer um ambiente acolhedor aos usuários da Unidade. Logo quando a pessoa chega tem uma recepção onde à pessoa deve apresentar seu cartão que informa que essa pessoa faz parte da área de atendimento, se a pessoa for de outra área ela não pode ser atendida nessa então deve ir para sua área para que possa ser atendida.
    Tal unidade de Saúde trabalha com o PSF avançado, ou seja, além do Programa de Saúde da Família, temos os serviços de Psiquiatria, Ginecologia e Pediatria. A presença de uma Farmácia Viva com cultivo de plantas medicinais me chamou muita atenção, pois demonstrou o cuidado da equipe de saúde com seus usuários. Esta Unidade de Saúde é responsável por atender cerca de 22mil usuários e possui 32 agentes de saúde distribuídos em quatro áreas. A marcação de consultas ocorre semanalmente. Caso o paciente necessite de um atendimento por especialista a marcação é feita pelo SISREG e então o paciente é direcionado para a Unidade de Saúde que fornece tal serviço. Em relação ao atendimento, 10 pacientes são consultados pela manhã e 5 pela tarde, sendo o tempo máximo de espera de 15 dias. Além das consultas, são realizados procedimentos específicos pela Ginecologia, como colocação de DIU, biópsia de colo uterino. Vale ressaltar que a unidade é um centro de portas abertas aos moradores da região, ou seja, não precisa de encaminhamento para marcação de consultas e que qualquer pessoa tem acesso aos medicamentos, basta ser morador da cidade de Aracaju.
    A visita foi de grande valia, pois pudemos verdadeiramente ver como o SUS funciona e, assim, criamos uma opinião crítica a seu respeito. Percebemos que o SUS não tem somente sua parte negativa como é sempre realçada por várias pessoas, as quais provavelmente nem se quer conhecem uma UBS, porém mesmo não sendo perfeito o SUS atende prontamente as necessidades da nossa população.
    Referência:
    http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/visualizar_texto.cfm?idtxt=28345

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  81. A visita à Unidade Básica de Saúde Francisco Fonseca, localizada no bairro 18 do Forte, foi realizada no dia 14 de fevereiro de 2013.
    O objetivo da visita foi conhecer o funcionamento de uma unidade básica. Fomos monitorados pela professora de Saúde Coletiva III, Ana Débora em nossa primeira aula prática.
    Na unidade, fomos recepcionados por uma auxiliar de enfermagem que explicou-nos sobre o funcionamento local, que conta com quarto equips de saúde da família.
    Fisicamente temos na estrutura uma sala de espera, consultórios médico, inclusive ginecológico e odontológico, sala de curativo, sala de expurgo. As paredes e o piso estão dentro dos padrões exigidos para diminuir os riscos de infecção.
    Cada equipe é formada por um medico, um enfermeito,um auxiliar de enfermagem e oito agentes comunitários.
    A Francisco Fonseca é UBS estendida, ou seja, é referencia em ginecologia e saúde mental.
    A UBS faz parte de um conjunto de ações da Atenção Básica em Saúde do SUS e mais que isso, é onde de maneira descentralizada são condenadas ações em saúde de uma região e suas microrregiões.
    Além das consultas realizadas dentro da unidade, há o individual, em que as equipes de saúde da família atendem cada individuo na sua microrregião, o que fortalece o vinculo medico- paciente e favorece a coleta de dados sobre a família.
    Assim como todo sistema, há problemas na funcionalidade, como por exemplo o não preenchimento de toda carga horária pelos médicos, grande demanda, maior que a oferta.
    A visita foi importante pois é necessário conhecer o funcionamento básico de uma unidade de saúde, afinal é um benefício que pode ser utilizado inclusive por nós. Ou seja, vale ressaltar a importiancia do conhecimento também como cidadãos e não apenas como médicos.

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